18.9.09

Registro de reserva legal gera empregos

A preocupação dos agricultores com o registro de reserva legal das propriedades rurais está gerando empregos.

O prazo para registrar as áreas de reserva legal das propriedades rurais termina no fim do ano.

Isso preocupa muitos agricultores, mas, ao mesmo tempo, está gerando emprego para vários profissionais.

Os dias andam corridos para o agrônomo Rubens Basso e o engenheiro agrimensor, Edison Barbosa. O café da manhã da dupla é numa padaria. Um pãozinho na chapa e café com leite ajudam a forrar o estômago para mais uma jornada.

O trabalho da vez é em uma propriedade de 96 hectares no município de Sorocaba. Eles estão fazendo o levantamento topográfico da área para regulamentar a reserva legal.

O trabalho é acompanhado por uma platéia curiosa. O gado presta atenção em tudo o que está acontecendo, principalmente por causa da instalação de equipamentos como o GPS, que dá a localização exata da propriedade via satélite.

"A precisão dele é de zero até 50 centímetros em áreas grandes. Então é uma porcentagem mínima de erro", afirma Edison Barbosa.

Um pouquinho para direita, ou para a esquerda. Não demora e o ponto exato é registrado no equipamento.

A tarefa mais complicada talvez seja a dos assistentes de campo. Eles costumam encontrar muitos obstáculos pela frente. "Um obstáculo para mim é o mato, cobra, abelha e até vaca brava. Tem que entrar no brejo quando precisa", afirma o assistente de campo, Elias Pereira.

Tudo tem que ser identificado no levantamento. Por isso o trabalho envolve vários profissionais "Hoje você tem biólogos, especialista em fauna, engenheiros agrônomos. O custo por proprietário varia de R$ 100 a R$ 200 por hectare", explica o agrônomo Rubens Basso.

Além do pessoal de campo, o mapeamento de uma propriedade depende ainda de quem trabalha na cidade.

Eles fazem plantas que vão fazer parte do processo de regularização das áreas. "O nosso escritório duplicou de funcionários do ano passado para cá. Nos estamos tendo uma demanda muito grande, de dois a três processos por mês. Eu tive que contratar mais dois especialistas, temos uma bióloga no quadro e tem mais três consultores", diz o agricultor João Fernando.

Pela lei atual, a recomposição da reserva legal tem que obedecer aos seguintes limites. Nas áreas de floresta, dentro da Amazônia legal, as propriedades têm que deixar 80% da área para reserva. Nas regiões de Cerrado, ainda dentro da Amazônia legal 35%. No restante do país, 20%.

É o caso da propriedade do Sr. João Fernando Arcuri, onde nós acompanhamos o serviço dos técnicos. Ele vai gastar cerca de R$ 10 mil com esse trabalho. "É uma tendência que se começa a exigir na área de reserva legal: a área vedada. E preciso ter essa reserva legal para que se consiga os benefícios de financiamento bancário e qualquer plano de investimento que o governo lance".

Existem duas linhas de crédito do governo para financiar esse serviço. O agricultor pode se informar sobre elas no Banco do Brasil ou em bancos oficiais regionais.

Globo Rural

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