3.10.09

Benefícios da Floresta

As florestas são uma fonte infinita de recursos para o homem. Possuem uma série de produtos que muitas vezes não são percebidos por nós, seres humanos. Esses produtos são divididos em benefícios diretos e indiretos.



Os benefícios diretos são mais fáceis de serem percebidos do que os indiretos, já que, na maioria das vezes, são de fácil valoração. Os benefícios diretos são considerados bens e se dividem em: produtos madeireiros, produtos não- madeireiros, recreação e turismo, fontes de plantas medicinais, áreas de pesquisa e educação e, fonte de recursos genéticos.

Juntamente com a produção de madeira (produção de bens materiais), a floresta produz bens imateriais, que são conceituados como benefícios indiretos. Alguns destes benefícios indiretos são: manutenção da fertilidade do solo e reciclagem de nutrientes, proteção de bacias hidrográficas, redução da poluição do ar, regulações climáticas, fixações de carbono e manutenção da biodiversidade.

Benefícios diretos

A madeira é um dos bens que mais utilizamos no dia-a-dia; ela está presente nos móveis, bem como nos artigos de cozinha, além de ser matéria-prima para as fábricas de celulose, produção de carvão e móveis. Segundo a Food Agriculture Organization – FAO, o consumo mundial de madeira vem crescendo a uma taxa de 0,3% ao ano, porém, o comércio nacional vem crescendo a uma taxa média de 6,6% ao ano.

Os produtos florestais não-madeireiros são produtos derivados de florestas que são utilizadas tanto para a subsistência como para a comercialização. Geralmente, são consumidos a nível local e podem apresentar um valor por hectare maior que o da madeira. Os produtos não-madeireiros mais comuns são: látex, óleo de dendê, frutos, como côco, cupuaçu, cacau, dentre outros. Muitos produtos não madeireiros são produzidos e consumidos pelas comunidades locais e não entram nas estatísticas oficiais, portanto a importância econômica destes produtos superam os dados oficiais.
A forma mais utilizada da floresta como recreação e diversão é através do ecoturismo, um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural. A valoração do ecoturismo é feita pelo valor pago pelos visitantes dividido pela área conservada visitada. Assim, o ecoturismo incentiva a conservação das florestas promovendo o bem-estar das populações envolvidas.



A floresta é uma grande farmácia que ainda não foi totalmente descoberta, cheia de princípios ativos que algum dia serão utilizados pela humanidade. Cerca de 25% dos remédios dos países desenvolvidos e 75% dos remédios dos paises em desenvolvimento são feitos com plantas medicinais. A partir desses dados vê-se como é importante a conservação deste patrimônio que pode ser muito explorado sem ser devastado.

Áreas protegidas podem ser utilizadas com propósito de pesquisa e educação promovendo a sua valorização. A partir destas pesquisas, obtém-se novas tecnologias para conservação das mesmas, descobertas de novos produtos, inclusive das plantas medicinais.

Quando a floresta é preservada, ocorre também uma preservação de seu banco genético, que pode futuramente ser utilizado em novas tecnologias. Como, por exemplo, fonte de genes para o melhoramento de espécies florestais e para aumento da qualidade e da produtividade.

Benefícios indiretos

A primeira característica dos benefícios indiretos é a falta de valor de mercado. Os efeitos e as produções são entregues e consumidas sem um preço de mercado, ou seja, eles são um bem público: nenhuma rivalidade existe entre os usuários e nenhuma exclusão é possível.

No contexto da avaliação dos benefícios indiretos da floresta há problemas principais. Para avaliar os benefícios indiretos é necessário conhecê-los. Como nem todos os benefícios são plenamente conhecidos, torna-se um problema, pois, não se pode opinar ou fazer julgamento daquilo que não se tem conhecimento. Por isto, só determinados benefícios indiretos são conhecidos. Um exemplo disto é a importância das florestas do mundo no "efeito estufa" e nas mudanças climáticas. Com o uso insustentável de madeira e queimadas anuais ocorre uma redução da fertilidade do solo e da umidade, bem como o aumento da evaporação. Com a preservação das florestas esses benefícios são mantidos, além de aumentarem no caso de novos plantios.

Quando ocorrem alterações muito bruscas em locais adjacentes a rios, estas podem causar erosão do solo, alterações dos fluxos de água, estiagens e enchentes. Dessa forma várias atividades podem ser afetadas como: agricultura, pesca, armazenamento de água, geração de eletricidade, etc.

As florestas quando plantadas em pequenas escalas influenciam no microclima local, melhorando o sombreamento, alterando a direção dos ventos, deixando o local mais fresco. Florestas maiores como as da Amazônia causam influências no macroclima, como diminuição das ondas de calor, já que ela age como moderadora da amplitude térmica diurna e mantém elevada a umidade do ar.

As florestas armazenam grande quantidade de carbono, porém o desmatamento e as queimadas liberam este carbono para a atmosfera, contribuindo com cerca de 25% das emissões mundiais. Alteração de uso do solo também libera carbono; por exemplo a mudança de uma floresta primária para agricultura libera cerca de 200 toneladas de carbono por hectare.

Biodiversidade é o termo utilizado para descrever o número, variedade e variabilidade de organismos vivos em um certo local. Declínios na biodiversidade incluem todas as alterações que reduzem ou simplificam a heterogeneidade biológica, desde indivíduos até regiões. As florestas tropicais possuem uma importante função de conservar a biodiversidade com cerca de 70% de animais e vegetais existentes no mundo. A perda da biodiversidade estimada para o século XXI foi entre 20% e 50% do total.

Um dos principais motivos que leva à destruição das florestas são os procedimentos tradicionais de avaliação econômica que não incorporam fatores ambientais e sociais associados aos diferentes usos das florestas. A conservação e regeneração das florestas podem reverter o processo generalizado de degradação ambiental em pequenas diversas escalas por contribuir de diversas formas para a manutenção das condições ambientais necessárias a sobrevivência do homem.

Hoje nota-se uma maior percepção e compreensão relativa às implicações de práticas florestais destrutivas. Incentivando assim a busca por melhores métodos de condução das florestas. Nos dias atuais também existe uma escassez crescente de florestas primárias. Isto vem aumentando a percepção mundial de que as florestas apresentam ótimas oportunidades de desenvolvimento econômico que não devem ser desperdiçados.

Bibliografía:

Kenny Tanizaki Fonseca. As florestas tropicais, carbono e a sociedade.
Joesio D. Pierin Siquiera. Importancia da floresta no desenvolvimento sustentável.
Irene Seling e Peter Spathelf. Benefícios indiretos da floresta.

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