18.11.09

Política brasileira sobre clima tem boa repercussão, diz embaixador

O embaixador Sérgio Serra, responsável no Ministério das Relações Exteriores pelo tema da mudança do clima, disse há pouco que os números apresentados pelo Brasil estão sendo muito bem recebidos nas reuniões preparatórias para a Conferência do Clima (COP 15) de Copenhague (Dinamarca). A conferência será promovida no mês que vem pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para o embaixador, é fundamental a meta do governo de redução entre 36% e 39% das emissões de gases de efeito estufa. Essa meta foi anunciada após a aprovação, pela Câmara, da Política Nacional sobre Mudança do Clima.

Sérgio Serra também ressaltou que será criado um fundo para desenvolver ações de combate ao aquecimento global. "Um passo muito importante para essas ações foi tomado por essa Casa, ao aprovar a política nacional e o fundo para o clima. Estamos fazendo nosso dever", disse.

O embaixador lembrou, no entanto, que a reunião de Copenhague poderá terminar sem uma conclusão em termos de metas e ações para a redução de emissões. Ele disse que isso ocorreria, principalmente, por causa de um impasse no Congresso norte-americano, onde o presidente Barack Obama está tendo problemas para aprovar uma legislação semelhante à brasileira, embora mais complexa.

As declarações foram feitas em comissão geral sobre o tema, que ocorre neste momento no plenário da Câmara.

Indústria brasileira
Também no evento, o diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, afirmou que a indústria brasileira apoia a política nacional sobre clima e estará engajada no debate sobre a redução de emissões. Segundo ele, o Brasil tem condições inigualáveis de priorizar ações de menor custo.

Fernandes afirmou que o combate ao desmatamento deve ser a prioridade no País, já que se trata da principal fonte de emissões de gases no Brasil. Ele alertou também sobre a possibilidade da imposição de barreiras comerciais baseadas em ações contra o clima, que podem prejudicar o setor. "Devemos evitar medidas desvinculadas do conhecimento especializado", disse.

O diretor da CNI afirmou, ainda, que é necessário um diálogo com o setor empresarial sobre as medidas a serem implementadas, para que não haja impacto sobre o crescimento econômico.

Fonte:Agencia camara

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