16.5.10

Nova ferramenta digital aplicada ao mapeamento florestal

Para os engenheiros florestais envolvidos com o mapeamento florestal via sensoriamento remoto, as últimas duas décadas têm sido extremamente férteis em novidades tecnológicas, devidas, entre outros, aos avanços da eletrônica, microeletrônica e desenvolvimentos de hardware e software computacionais. Exemplos atuais dessas facilidades para o mapeamento, tanto no nível de detalhamento de árvores individuais como de talhão florestal, são as recentes imagens orbitais de alta resolução como o IKONOS 2 (resolução espacial de 1 m) e Quickbird 2 (resolução espacial 61 cm). Isso sem falar no avanço do mapeamento topográfico proporcionado pelas técnicas de DGPS. No ano passado, a Esteio, uma das maiores empresas de Aerofotogrametria do Brasil, adquiriu uma das mais recentes tecnologias digitais para uso aerotransportado: a câmara aerofotogramétrica digital Leica ADS40. O presente artigo, utilizando as imagens digitais provenientes de vôo realizado com a câmara ADS40, tem as seguintes finalidades: - apresentar a nova tecnologia digital; - destacar as principais diferenças entre as imagens digitais do ADS40 e as fotografias aéreas convencionais além dos procedimentos de análise; - mostrar exemplos da Floresta com Araucária com as imagens digitais. A câmara aerofotogramétrica digital ADS40, algumas vezes referenciada como sensor digital aerotransportado ADS40, baseia-se num sensor trilinear (três linhas paralelas de captadores), inventado em 1972, posteriormente aprimorado até a montagem da DPA (Digital Photogrammetric Assembly) em 1990. Nesta seqüência de pesquisas, o Centro Aeroespacial Alemão construiu uma série de sistemas que empregaram a técnica de varredura do terreno através de múltiplos sensores espectrais, utilizados inclusive na missão espacial de exploração de Marte em 1995. Após a missão espacial, por meio de acordos comerciais, este protótipo serviu de base para o desenvolvimento do Sensor Digital Aerotransportado ADS40 da empresa Leica Geosystems. O protótipo da câmara ADS40 foi lançado em 2000 (Amsterdã, Holanda) e em 2001, a ADS40 foi o primeiro Sensor Digital Aerotransportado entregue, em escala comercial, à comunidade cartográfica mundial. Esse sensor produz imagens digitais de qualidade similar às obtidas analogicamente, mas com resultado radiométrico superior e sem os custos laboratoriais de processamento do filme e das atividades subseqüentes à captação fotogramétrica inerentes ao tratamento analógico. Atualmente 41 câmaras ADS40 estão operacionais em 18 países. De acordo com a Photogrammetry Week (setembro, 2007), existem aproximadamente 145 câmaras digitais de grande formato ou pushbroom distribuídas entre os três principais fabricantes (Vexcell, Leica e Z/I). Características A câmara ADS40 incorpora simultaneamente as vantagens da câmara fotogramétrica aérea e dos sensores de varredura (pushbroom) utilizados em satélites orbitais. Por isso, a referida câmara é uma ferramenta de alto desempenho para a elaboração de mapas planimétricos assim como de mapas temáticos. O princípio básico de funcionamento do sensor ADS4 são os três receptores CCD em linha com resolução de 12.000 a 24.000 pixels que capturam a imagem continuamente no plano focal, observando o terreno adiante, na vertical e para trás da aeronave. A superfície do terreno é imageada três vezes em 100% de sua área (ver figura 1), portanto superior aos 60% do aerolevantamento fotogramétrico convencional. O sensor ADS40 captura dados de três bandas pancromáticas e quatro bandas multiespectrais simultaneamente, evitando a necessidade de escolha de apenas uma faixa espectral no aerolevantamento convencional. A câmara da Esteio pode captar simultaneamente e utilizar as inclinações de 14º ou de 28º. Atualmente, o ADS40 é o único sensor comercial capaz de obter imagens simultaneamente em estéreo no formato pancromático (preto e branco), colorido normal e infravermelho colorido e todas com a mesma resolução espacial. Isso resulta em uma significativa economia de tempo e de material (filme, etc) durante o aerolevantament Fonte: Attilio Antonio Disperati e Paulo Costa de Oliveira Filho - Unicentro Amauri Brandalize e Ângela Kugler - Esteio Engenharia e Aerolevantamentos

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