A palavra sustentabilidade está atrelada hoje a
uma visão moderna, consciente e vitoriosa de grandes empresas. Esse conceito
está embasado em ações muito mais profundas do que a boa saúde financeira de uma
organização. A crise ambiental existe e possui uma dimensão imensa, que traz ao
mundo incertezas e novos desafios relacionados à nossa própria
sobrevivência.
Apesar de ser uma questão muito complexa, as
empresas precisam incorporar esse conceito dentro do seu DNA, transformando as
ações sustentáveis como parte de sua cultura organizacional, abrangendo missão,
visão, valores e estratégia em todos os níveis hierárquicos.
Seguindo esse conceito, empresas do bem estão no
mercado e garantem: o marketing ecológico além de beneficiar o mundo traz bons
resultados para os negócios.
Segundo dados do Departamento de Meio Ambiente
(DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, 46% das corporações
brasileiras só contratam fornecedores que seguem procedimentos de gestão
ambiental.
A Monavie, empresa americana de forte atuação no
Brasil, que produz uma bebida feita de frutas tipicamente brasileiras como açaí,
romã, cupuaçu, entre outras, estabeleceu uma regra para a fabricação de seus
produtos: todos seus fornecedores devem seguir rigorosamente as leis do meio
ambiente e ainda ter total comprometimento com a sustentabilidade. “Essa é uma
das prioridades da empresa, em respeito e admiração pelo Brasil, aliados ao
comprometimento socioambiental com o país”, afirma Maurício Patrocínio, diretor
geral da Monavie no Brasil.
Todo açaí utilizado mundialmente é proveniente da
Amazônia e processado por parceiros locais. A empresa não possui terras ou
fábricas próprias no Brasil. Ela estimula a colheita sustentável dos frutos e a
parceria com cooperativas da região, buscando oferecer oportunidades à população
local.
Ainda de acordo com o DMA, 48% das empresas
dispõem de projetos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, e 42% já
utilizam fontes renováveis de energia.
Exemplo é a Sanavita, indústria que se destaca no
segmento de alimentos funcionais, há 25 anos no mercado e como projeto principal
para 2010 está o investimento em ações para beneficiar o meio ambiente.
A empresa, que pretende faturar R$15 milhões este
ano, investiu mais de R$1,5 milhão no planejamento de comunicação e marketing e
como principal ação modificou todos os rótulos e embalagens de plástico para
lata de aço, 100% sustentável, em benefício ao meio ambiente.
A lata de aço é o material mais reciclado do
mundo, e tem o tempo de decomposição de cerca de 10 anos. Por isso hoje é a
melhor opção para embalagem. Ela é reciclável, reutilizável, possui menos tempo
de decomposição se comparado ao alumínio, vidro e plástico e ainda emite nível
menor de gás carbônico no seu processo de fabricação.
“Investir apenas na alimentação correta não
basta. Como nossa principal missão é promover bem estar e qualidade de vida,
nada mais coerente do que incluir em nosso planejamento mudanças em benefício à
natureza”, afirma Thiago Salgado, diretor da Sanavita.
Com o objetivo de desenvolver uma atividade
econômica ecologicamente sustentável a Nativ Pescados, localizada na região de
Sorriso – MT, inaugurou em abril deste ano a Fundação Nativ Amazônia
Sustentável.
A cada pacote da linha de produtos vendida ao
consumidor brasileiro a fundação recebe R$0,05 (cinco centavos de real). Segundo
o presidente executivo da empresa, Pedro Furlan Uchôa Cavalcanti, os principais
objetivos com essa iniciativa são viabilizar a produção industrial sustentável
das espécies de peixes amazônicos visando o desenvolvimento econômico da região,
gerar riqueza, emprego e renda, desenvolver uma atividade que evite o
desmatamento, produzir um custo de produção competitivo e finalmente aproveitar
o grande potencial hípico da região. A expectativa é que no primeiro ano a
Fundação receba cerca de R$ 34 milhões, além de reflorestar 1250 hectares e
plantar mais de 1.400.000 mudas.
A Nativ Pescados está no mercado desde outubro de
2008 e comercializa peixes de alto padrão congelados, entre eles o Tambaqui,
Pintado da Amazônia, Surubim, Tilápia e o Camarão. “Compreender a complexidade
da sustentabilidade será o principal fator de sucesso do século XXI para todas
as organizações”, finaliza o presidente.
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