9.10.10

Etanol de Celulose é nova alternativa energética


A solução atrai interesse da indústria de celulose e papel no Brasil.


Por motivos econômicos, geopolíticos e ambientais, as atenções do mundo têm-se voltado cada vez mais ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia. O setor de celulose e papel, considerado como um dos pioneiros na utilização sustentável de recursos naturais – 100% da produção nacional provêm de florestas plantadas – está orientando seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento de projetos relacionados à produção de etanol de celulose, a partir do reaproveitamento da biomassa empregada pela indústria de celulose e papel.
Num conceito análogo ao das refinarias de petróleo, a construção de biorrefinarias integradas às fábricas de celulose e papel pode representar um importante diferencial competitivo para as empresas do setor, além de fomentar a geração de toda uma nova cadeia de negócios para a indústria.
Neste contexto, o ABTCP-TAPPI 2010 – 43º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, que acontece até esta quarta-feira, 6 de outubro, em São Paulo, trará como um dos destaques de sua programação técnica o Seminário Internacional sobre Biorrefinaria, que vai debater as possibilidades de reaproveitamento da biomassa pelo setor. O seminário tem início às 9h30 e terá uma palestra de abertura com Peter Axegard, da Innventia. Na sequencia Per Tomani, da mesma organização, fala sobre A lignina forma de extração do licor negro. O seminário acontece até o final da tarde e discutirá temas como “Extração da hemicelulose da madeira e licor negro”, “Melhor Pellets”, “Biocombustíveis em forma de cal” e termina com a palestra “Produtos químicos e matérias de biorrefinaria”, com debate.
De acordo com o CEO da ANL Consultants, Alexander Koukoulas, – que apresentará a palestra Desenvolvimento de Biorrefinaria: Desafios e Oportunidades durante o ABTCP 2010 –, há um interesse considerável da indústria de celulose e papel em expandir sua atual capacidade de produção de energia elétrica e grandes players do mercado já estão acompanhando de perto os avanços da tecnologia para a conversão da celulose.
“Os estudos estão avançando nessa direção e o setor de celulose e papel deve começar a investir na fabricação de combustível a partir da biomassa. Contudo, para que haja uma efetiva participação de toda a indústria, o principal pré-requisito é que a demanda do mercado por produtos de base biológica permaneça robusta e a economia para a conversão da biomassa florestal continue atraente”, destaca Koukoulas.
Com todas as características para se tornar ainda mais competitivo, ecoeficiente e sustentável, além de melhor aceito nos mercados e também pela sociedade global, o setor já começa a avaliar propostas relacionadas a projetos integrados de biorrefinaria.
“Os principais desafios para galgar os primeiros passos nessa direção dizem respeito a barreiras técnicas relacionadas à conversão da celulose e ao baixo fluxo para o modelo de negócios”, afirma Koukoulas, ao enfatizar que “o potencial para os projetos de biorrefinaria é pelo menos tão grande quanto o número de fábricas existentes, apesar de existir uma preocupação predominante sobre como o aumento da demanda por madeira irá impactar a estrutura global dos custos”.
Pela primeira vez, a ABTCP incluiu no programa do congresso um seminário internacional exclusivamente dedicado à biorrefinaria na indústria de celulose. O evento reúne técnicos e executivos para discutir e compartilhar informações sobre oportunidades de negócio e novas tecnologias relacionadas ao uso de biomassa para a produção de biocombustíveis.


Fonte: Celulose Online

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