8.4.11

Resíduo de guaraná é transformado em papel


O guaraná, planta nativa da Amazônia, pode ter seus resíduos transformados em papel a partir da casca e do casquilho do fruto. Idealizada pela empresária Maria Salete Rocha, a empresa Refiam (Reciclagem de Fibras da Amazônia), o projeto tem no guaraná sua fonte de matéria-prima.


A escolha de se trabalhar com o fruto se deu pela percepção da possibilidade de reaproveitamento e apelo ambiental do guaraná. Segundo a empresária 100% dos resíduos do guaraná são utilizados no processo (casca e casquilho), e  deixaram de ser entulhados no meio ambiente e jogados nos rios por não possuírem uma destinação certa.
Atualmente, de acordo com Salete Rocha, a captação de resíduos é feita por meio da empresa Agrorisa Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Naturais, que tem nas comunidades ribeirinhas e associações indígenas do município de Maués (a 260 quilômetros de Manaus), a principal fonte de matéria-prima.
“Assim como a maioria, não comecei com uma visão ambiental. Estive algum tempo inserida no corre-corre comum do sistema capitalista, até que um dia abracei a causa ecológica e decidi que poderia adentrar no mercado de reciclagem para contribuir com a limpeza do planeta”, ressaltou.
Participante do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Subvenção), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), a Refiam começou a funcionar de forma artesanal na casa da fundadora, até ser incubada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide) e, mais tarde, adentrar o Distrito Industrial da Micro e Pequena Empresa (Dimpe).

Reciclagem
Há 15 anos atuando no mercado da reciclagem de papel, a nordestina Maria Salete desembarcou em Manaus no ano de 2004 trazendo as ferramentas de seu trabalho em quatro caixas de papelão.
Hoje, ela reconhece que o contato com a Amazônia despertou a sua sensibilidade para as causas ambientais e modificou os rumos da empresa, fundada em 2007, no bairro Petrópolis, zona sul da capital.
Entre os objetivos da empresa, apresentados ao Pappe Subvenção, estão a geração de um novo tipo de papel reciclado e outros produtos ecologicamente corretos, aumentando o portfólio da Refiam.
São kits para treinamentos, eventos corporativos, embalagens e caixas utilizando papel reciclado do guaraná e seu pigmento.
Com a entrada no Programa e o fomento de R$ 106,2 mil, a empresária pretende divulgar o produto nacionalmente e aumentar o faturamento. “No momento, a produção de papel está sendo realizada para a verificação da pesquisa”, disse.


Fonte: acritica.com


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