22.6.11

Convivência Social : A Questão Da Ética, Cidadania E Meio Ambiente


Autor: DANIELY'>http://www.artigonal.com/authors/385914">DANIELY LOPES

Ao iniciar um trabalho que envolve ética, cidadania e meio ambiente como objeto de estudo, consideramos importante dizer que são valores que devem estar sempre associados, na perspectiva da felicidade e do bem comum. Para Luis Carlos ludovikus : A ética cuida do nosso ser na vida.

Para os gregos a natureza era a medida de todas as coisas. O que não era bom para o meio ambiente não poderia ser bom para a humanidade. E a partir desse princípio, eram formuladas leis e regras de convivência, voltadas, principalmente para o bem da coletividade.

Muita coisa mudou nessa trajetória.

Os valores coletivos aos poucos foram cedendo lugar aos interesses individuais, e a natureza deixou de ser critério para o desenvolvimento da humanidade. Como resultado dessa mudança de valores, hoje o mundo vive uma situação de grande desigualdade social e desequilíbrio ambiental colocando em risco a qualidade de vida de toda a população, principalmente das gerações futuras.

A urgência destas questões deve-se à crise imediata que vive, seja em nível mundial, no relacionamento com os outros ou com a própria natureza. Há uma percepção cada vez maior que haverá transformação no plano global sem uma nova base de valores para serem vivenciados e que fazem parte de nossa natureza original. Valores que determinam a vida de cada ser na Terra.

A questão ambiental está permeada de valores éticos e espirituais que são, na essência, os princípios do espírito humano e da própria vida. A ausência de percepção destes valores gerou a crise, até mesmo na área científico-tecnológica, o filho pródigo da sociedade moderna tentou reduzir a humanidade à conquista de metas puramente materiais, algo que representaria a própria negação do homem. Porém, é possível mudar essa realidade.

O primeiro passo é refletir sobre o impacto das escolhas individuais sobre o meio ambiente e na sociedade. A partir daí, o segundo passo é propor e implementar ações que possam tornar o mundo melhor para todos. Segundo, Luis Carlos Ludovikus, professor da escola do Legislativo da Assembléia legislativa de Minas Gerais: essa é uma possível relação entre ética, cidadania e meio ambiente. A moral só vai pensar em certos valores, normas e regras, para a gente viver no nosso cotidiano. O que podemos fazer e o que não podemos: A ética vai questionar esses valores, esses princípios que regem essa moral. Se eles estão conduzindo bem. A ética poderá resolver, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos.

AÇÕES RUMO À CIDADANIA

Cidadania é exercício democrático de fazer escolhas. Seja de seus representantes, seja dos caminhos que se deseja para a sociedade. Toda comunidade – organizada em âmbito local, regional ou nacional trabalha na conquista de seus objetivos.

A legislação ambiental de um país, estado ou município é um poderoso instrumento de cidadania. Não apenas porque informa os direitos de cada um em relação ao meio ambiente, mas também porque, através do conhecimento dessas leis, é possível questioná-las, propor mudanças e até mesmo participar da elaboração de um nova lei ambiental.

A legislação brasileira garante o direito do cidadão ao meio ambiente hígido. O meio ambiente é um bem público de uso comum. Segundo o artigo 225 da Constituição Brasileira:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade da vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO, 225)

O meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito assegurado pela Constituição Federal, que definiu o meio ambiente como bem público de uso comum do povo, isto é, não pode ser objeto de apropriação privada ou estatal contrária ao interesse público. A utilização dos bens ambientais pelo Estado ou pelas empresas privadas não pode impedir que a coletividade use e desfrute desses bens.

A Constituição foi ainda mais longe ao impor ao Poder Público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente. Isto significa que se o governo por acaso cruza os braços e faz vista grossa à degradação ambiental, os cidadãos e suas associações têm meios legais de exigir a proteção ambiental.

Sabe-se bem que as leis nem sempre são cumpridas. É o que ocorre com a legislação ambiental. As empresas e o próprio governo são muitas vezes os primeiros a violar a lei ambiental, invadindo o espaço público para defender interesses econômicos privados. A luta pela defesa dos direitos ambientais é, assim, eticamente, uma luta para garantir o caráter público do meio ambiente.


CONSIDERAÇÕES GERAIS

Uma postura ética hoje diante das questões ambientais seria sair dessa lógica de que não estamos poluindo o meio ambiente. Ser ético é saber estar com o outro, mobilizar com o outro, buscar, trabalhar mudanças e reformas para que possamos ter um mundo habitável para todos e não só para um grupo.

Na verdade, indivíduos lutarão pela vida, independente de sistemas ideológicos e/ ou políticos, quando conscientes de uns valores intrínsecos, pertencentes a todos de forma indiscriminada: somos emergências organizadas do Universo, devemos a ele nossa permanência limitada no tempo e a permanência, mais duradoura, de uma Humanidade.

Só o que de alguma maneira consegue perceber isto é que pode, independentemente de Instituições educacionais, políticas, empresariais etc., arcar na solidão de suas individualidades com a responsabilidade de permitir outros seres humanos. E só a ética e a valorização do conhecimento é que podem forjar tais pessoas. Somente os que de alguma maneira chegaram a atingir esse nível de complexidade é que podem tentar, mesmo quando indivíduos, melhorar o meio ambiente com significado, tal que os demais processos sejam possíveis.

Retiraram suas forças da afetividade, se possuírem tal fonte,uma ética básica depende diretamente da capacidade de amar de alguns: embora isso ainda pareça demasiado frágil, é na verdade o que nos resta tentar efetivamente.

A ética concebida como o respeito ao meio ambiente não pode ser só um capricho individualista, mas, sim, um conjunto de regras e protocolos que geram atitudes em prol de toda a sociedade. Hoje, a velocidade com que as coisas acontecem e o acesso democrático à informação, frutos da globalização e do conhecimento, trouxeram mais liberdade e, com ela, maiores responsabilidades.

Cada empresário deve ter em vista a sua empresa como parte de um mundo não formado apenas pelo seu público alvo, mas por seres humanos que sabem claramente distinguir os que são honestos em seus propósitos dos que oferecem apenas ilusões. É necessário e urgente que as empresas "acordem" para o fato de que a mudança de mentalidade é inadiável e indispensável. Vamos de uma vez por todas abolir o conceito de que levar vantagem é o maior ganho do esperto, pois o lucro de hoje poderá ser o prejuízo de amanhã.

O direito do cidadão é inseparável da luta pelos seus direitos. O cidadão é o indivíduo que luta pelo reconhecimento de seus direitos, para fazer valer esses direitos quando eles não são respeitados. É necessário ter consciência do direito de cada um e de todos ao meio ambiente sadio. É preciso utilizar os instrumentos que a lei oferece ao cidadão e suas associações para fazer cumprir a lei e proteger o meio ambiente.

Foi mencionado que o meio ambiente é um bem coletivo, um bem de uso comum do povo. Não deve ser destruído para atender interesses econômicos privados que se chocam com o interesse público da coletividade, como por exemplo, poluição do ar, da água e dos alimentos. Não se pode admitir que alguns enriqueçam, enquanto a maioria é prejudicada com a degradação ambiental.

Com relação ao meio ambiente, é necessário sair do campo da mera retórica, para que a presença da ação do cidadão, enquanto propulsor da preservação ambiental seja algo efetivo. São pequenas coisas que podem ser feitas e que, muitas vezes, não são, porque não há a prática dos indivíduos, ou das instituições.

Cada um de nós tem um conhecimento. Quem mora no meio rural tem muito a ensinar sobre a natureza. O próprio GUIMARÃES ROSA, em sua grande obra, Grande Sertão Veredas, coloca na boca de um matuto: a gente quase somente faz o que a bobagem do mundo quer. Hoje estamos fazendo o que a economia está ditando, que a felicidade é comprar. Mas a felicidade é atuar na vida pública como cidadão. Sendo assim a função da ética explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes, torna-se uma ditadura do comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade.

Por outro lado, a realidade moral varia historicamente e, com ela, variam os seus princípios e as suas normas. A pretensão de formular princípios e normas universais, deixando de lado a experiência moral histórica, afastaria da teoria precisamente a realidade que deveria explicar. O sistema de normas e, com isso, o conteúdo da obrigação moral muda, historicamente, de uma sociedade para outra e, inclusive, no seio de uma mesma comunidade. O permitido hoje foi proibido ontem. O que atualmente se proíbe, talvez seja permitido amanhã.

Contudo, seja qual for à época ou a sociedade de que se trate, o homem sempre admitirá uma obrigatoriedade moral. Sempre existiu um sistema de normas que define os limites do obrigatório e do não obrigatório. A relação entre ética, cidadania e meio ambiente deve ser entendida como a prática para assegurar a conquista e o exercício de direitos que garantam uma natureza recriada pelas atividades humanas assegurando nossas condições de sobrevivência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BREDARIOL, Celso. Cidadania e política Ambiental, Liszt Vieira. Rio de Janeiro: Record, 1998.

2. Fórum de Educação Ambiental

3. HERKENHOFf, João Baptista

4. Meio Ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais. 2ª ed. – São Paulo, 1998

5. Revista Semeando,agenda 21 na prática:ética, cidadania e meio ambiente. Ed. anual-ano 3-MG, 2008.
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/convivencia-social-a-questao-da-etica-cidadania-e-meio-ambiente-1928647.html

Perfil do Autor

Graduada em PEDAGOGIA- Universidade de Santo Amaro

Capacitada em EDUCAÇÃO FISCAL

Qualificada em Administração e Informática.

Pós graduanda em Supervisão e Inspeção Escolar -Pedagogia  nos espaços não escolares :Pedgogia Empresarial  e Pedagogia Hospitalar- FUNORTE/SOEBRAS.   Montes Claros
   

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