16.6.10

O Valor Dos Serviços Ambientais em Propriedades Rurais

Milhões de produtores rurais garantem a provisão de serviços ambientais que ainda não são reconhecidos pela sociedade. A legislação vigente não incentiva o produtor rural a manter áreas de vegetação nativa importantes para a garantia desses serviços e, ainda pune os agricultores através de uma política de controle, que se mostra pouco eficiente. Para estimar o valor econômico dos serviços ambientais prestados em propriedades rurais, uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Viçosa avaliou dez propriedades rurais da Bacia Hidrográfica do Rio Turvo Limpo, na região de Viçosa – MG. Foram estimados os estoques de carbono da biomassa no entorno de nascentes e também a produção líquida de água das nascentes localizadas nas propriedades rurais. Aos serviços ambientais relacionados à qualidade do ar e da água, conservação do solo e manutenção da biodiversidade foram atribuídos quantificadores, visto que estes serviços não possuem valor de mercado. O estoque de carbono médio estimado foi de 59,72 toneladas por hectare na vegetação arbórea em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes consideradas conservadas. Em áreas de preservação em processo de recuperação, o estoque de carbono estimado em gramíneas foi de 3,87 toneladas por hectare. As nascentes localizadas nas dez propriedades rurais avaliadas produzem em média 65.375,16 m³ de água por ano e consomem em média 1.635,59 m³ por ano, ou seja, são grandes produtoras de água para a Bacia Hidrográfica do Rio Turvo Limpo. Para atribuição de valor econômico aos serviços ambientais prestados nas propriedades rurais estudadas utilizou-se a Matriz de Valoração de Benefícios Ambientais que foi ponderada após consulta a especialistas da área. O valor estimado dos serviços ambientais das florestas estudadas foi de R$517,78 por hectare ao ano, Este valor pode balizar a tomada de decisões referente à implantação de sistemas de Pagamento por Serviços Ambientais aos proprietários rurais. A pesquisa fez parte da dissertação de mestrado em Ciência Florestal de Mariana Barbosa Vilar, orientada pelo professor Laércio Antônio Gonçalves Jacovine, do Departamento de Engenharia Florestal da UFV. Fonte: Cleverson de Mello Sant’Anna em 10/06/2010.

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