31.12.11

Desejamos à você Boas Festas e um próspero Ano Novo.

O nosso blog deseja a você os melhores votos de paz, saúde e boas festas.

Queremos que você continue sempre com essa alegria, com esse companheirismo e continue nos prestigiando com sua preferência e atenção, pois só assim, teremos motivos para buscar sempre o melhor.

Que nesse final de ano você possa somar todas as alegrias e dividir seu entusiasmo de ser feliz.

Somos privilegiados porque contamos com sua amizade, apoio e confiança.

A nossa meta é oferecer sempre o melhor.

Aos nossos visitantes, amigos e familiares elevamos o nosso carinho, nosso muito obrigado por tudo e tenham boas festas.

Feliz natal e próspero ano novo.
Com muito carinho

29.12.11

Fibria renegocia dívidas

Empresa espera elevar seus níveis de alavancagem para os períodos de 31 de dezembro de 2011, 31 de março e 30 de junho de 2012 27/12/2011 - A Fibria Celulose (FIBR3), divulgou ao mercado que realizou a renegociação das cláusulas contratuais junto às instituições financeiras para elevar seus limites máximos de alavancagem para os períodos de 31 de dezembro de 2011, 31 de março e 30 de junho de 2012. Segundo comunicado da companhia enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) "os novos patamares estabelecidos foram definidos em níveis resilientes à cenários de estresse" e sem a incidência de juros maiores. A companhia informou ainda que a renegociação foi realizada com o consenso de seus credores e sem taxa de inserção ou elevação de juros. Os detalhes sobre a operação serão apresentados nos resultados anuais referentes ao exercício fiscal de 2011, no dia 1º de fevereiro de 2012, após o fechamento do mercado. Fonte: CeluloseOnline

28.12.11

Semeadura direta mecanizada de árvores nativas chega a Bahia e apóia a recomposição de áreas-chave do Cerrado

A técnica foi utilizada em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, durante o Curso de Técnicas em Restauração Ecológica de Áreas Degradadas, ministrado pelo Instituto Socioambiental (ISA), e que integra a Campanha LEM APP 100% Legal
Pela primeira vez na Bahia foi promovido o plantio mecanizado de sementes nativas do Cerrado, que aconteceu durante o 2º módulo do Curso de Técnicas em Restauração Ecológica de Áreas Degradadas, realizado no início do mês em Luis Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. O experimento contempla a técnica da “muvuca”, que consiste na mistura de sementes nativas do Cerrado, como Baru, Ingá e Ipê, com sementes agrícolas, como feijão catador, guandu, crotalária e milheto, sendo uma alternativa ao plantio manual de mudas. A mistura das sementes das mais diferentes espécies garante a diversidade de uma floresta, visando estimular a sucessão ecológica natural com o mínimo de intervenção, além de enriquecer e proteger o solo para o efetivo desenvolvimento das espécies nativas. A ação aconteceu em uma Área de Preservação Permanente (APP) na Fazenda Liberdade, de propriedade dos irmãos Gatto, e faz parte do curso ministrado pelo Instituto Socioambiental (ISA)visando disseminar as técnicas de recuperação de áreas degradadas como forma de apoiar as ações da Campanha LEM APP 100% Legal, uma realização da Prefeitura de Luis Eduardo Magalhães, do Instituto Lina Galvani e da Conservação Internacional (CI-Brasil), com a parceria da Monsanto. O proprietário da Fazenda Liberdade, Vilson Gatto, que acompanhou o plantio mecanizado, revela-se entusiasmado com a técnica e já pensa em reservar uma outra área para restaurar. "Achei bem interessante essa prática na nossa propriedade porque, se der certo, poderá servir para outras fazendas fazerem o reflorestamento da APP". Os cerca de 30 profissionais que estão participando do curso modular - representantes do poder público, da iniciativa privada e de instituições de pesquisa do oeste da Bahia -, também acompanharam o processo e aprenderam sobre a técnica. O intuito é que eles se tornem potenciais multiplicadores desse mecanismo, que vem sendo implementado pelos técnicos do ISA na Bacia do Xingu, no Mato Grosso (MT), ajudando a restaurar cerca de 2,4 mil hectares de áreas degradadas em beiras de rios e nascentes em mais de 215 propriedades rurais daquela região. Vantagens – Mais barato e prático, o uso de maquinário agrícola como vincón e plantadeira de soja e milho para o plantio de sementes de espécies nativas viabiliza a plantação em grandes áreas que demorariam a ser recuperadas com o plantio manual de mudas. O técnico em restauração florestal do ISA, Eduardo Malta, entende que dentre as vantagens do plantio mecanizado está o baixo custo em comparação ao plantio de mudas, além de aproveitar o conhecimento agronômico já existente na propriedade. “Esta técnica vai trazer uma demanda por sementes, fortalecendo a rede de coletores do oeste baiano, que já está em formação”, afirma. Além do plantio mecanizado de sementes, durante o 2º módulo do curso foram também realizados outros experimentos como o plantio manual de mil mudas de espécies de Cerrado e o isolamento de uma área reservada para a regeneração natural. Os experimentos serão avaliados no terceiro e último módulo do curso, que acontecerá em maio de 2012. Segundo Georgina Cardinot, gerente do Programa Cerrado Pantanal da Conservação Internacional, o curso é uma forma de repassar aos profissionais locais o conhecimento sobre as principais e mais modernas técnicas de recuperação que podem ser utilizadas na região, além de criar uma metodologia própria, levando em consideração as condições de degradação, solo, clima, tamanho da área e principalmente os custos para a recuperação. “Isso traz benefícios de longo prazo tanto para a conservação quanto para a produção, em uma relação ‘ganha-ganha’. A escolha da metodologia errada é ruim, porque desestimula os produtores e espalha a idéia de que é muito difícil recuperar”, afirma, ao frisar a importância do planejamento no sucesso dos esforços de recuperação de uma dada área. Campanha APP Lem 100% Legal Lançada em 29/08/2011, com a participação da Associação dos Irrigantes e Agricultores da Bahia (AIBA), do Sindicato Rural dos Produtores Rurais de LEM e da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), a Campanha ajudará com apoio técnico e científico os produtores rurais e as comunidades tradicionais que voluntariamente queiram restaurar suas áreas degradadas. Depois das visitas aos produtores já cadastrados à Campanha, eles recebem um diagnóstico seguido de uma estratégia recomendada para a intervenção em prol da recuperação de sua área com espécies do Cerrado. Como forma de suprir a demanda de sementes nativas do Cerrado com as restaurações, a Campanha também mobiliza uma rede de coletores. Além de ser uma forma de geração de renda para os moradores das comunidades tradicionais, a rede também estimula e fortalece a valorização das espécies nativas do Cerrado local, levando à preservação do bioma. Com o foco na educação ambiental, a Campanha promoveu no dia 02/12/2011 a culminância do Festival das Sementes, que reuniu 150 estudantes e 15 professores de duas comunidades agrícolas – Bela Vista e Novo Paraná – de Luis Eduardo Magalhãespara o desenvolvimento de atividades relacionadas à preservação e à recuperação do Cerrado do oeste da Bahia. Sobre a Conservação Internacional: A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987 com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de unidades avançadas em Campo Grande-MS e Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org. ou nossa conta no twitter @CIBrasil e facebook. Fonte: portaldoagronegocio.com.br

26.12.11

Caixa assina os primeiros contratos de crédito de carbono

Negociação de três milhões de toneladas em crédito de carbono beneficiará o maior aterro sanitário da América do Sul A Caixa Econômica Federal assinou nesta semana os primeiros contratos de comercialização de Redução Certificada de Emissões (RCE), resultando na negociação de 3 milhões de toneladas em crédito de carbono. Um dos contratos, assinado com a empresa de Saneamento e Energia Renovável do Brasil (SERB), beneficiará o projeto do maior aterro sanitário da América do Sul: a Central de Tratamento de Resíduos Santa Rosa, no município de Seropédica (RJ), que deverá receber os resíduos do Rio de Janeiro, após o encerramento do aterro controlado no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ). Na ocasião, também foram assinados contratos com as empresas Ecopesa Ambiental, para o projeto da Central de Tratamento de Resíduos Candeias, no município de Jaboatão dos Guararapes (PE), e com a empresa CTR Alcântara, para o aterro Itaoca e a Central de Tratamento de Resíduos São Gonçalo, ambos no município de São Gonçalo (RJ). A negociação de contratos de RCE é fruto do acordo de compra e venda de Emissões Reduzidas, firmado entre a CAIXA, o fundo Carbon Partnership Facility (CPF) e o Banco Mundial, no dia 5 de dezembro. A partir deste acordo, a Caixa se tornou a única instituição, no Brasil, autorizada pelo Banco Mundial para intermediar recursos do CPF. Pela parceria, além de disponibilizar recursos para redução dos principais impactos sociais e ambientais, a Caixa passa também a fomentar operações de financiamento, por meio das receitas de crédito de carbono, e estimular o segmento de Resíduos Sólidos Urbanos, já que, para se obter a garantia do crédito, será necessária a preparação e entrega de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Fonte: CeluloseOnline

25.12.11

Código Florestal: uma vassourinha no velho e um recall no novo

Diante da última votação no Senado, em que o novo Código Florestal foi aprovado de forma avassaladora, tal como ocorreu nas três comissões desta mesma Casa e, anteriormente, na Câmara dos Deputados, não há menor dúvida de que este será sancionado plenamente pela Presidente Dilma. Esta aprovação, não significa apenas o fim de um Código antiquado e inócuo, mas a vitória da soberania e do bom senso sobre a soberba e o autoritarismo das minorias raivosas, barulhentas e alarmistas. Não condeno o Código atual tanto pela sua redação original que, para a Constituição da época, era até razoável. Condeno-o pelas alterações que sofreu a partir da década de 1980, especificamente pelas Leis nº. 7.511/86 e nº. 7.803/89, como também pelas inúmeras medidas provisórias de1996 a2002, que acabaram ampliando os limites e conceitos das áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL), fazendo-o de forma arbitrária e empírica, desconectadas das realidades cultural, social e econômica do mundo rural. Condeno também em virtude da falta de receptividade deste Código pela atual Constituição Federal (1988), sobretudo no que tange à falta de amparo constitucional no momento da confecção normativa, já que, ao contrário do que tem sido observado, ela apregoa que os Estados e Municípios devam legislar, concorrentemente, com a União sobre meio ambiente, cabendo a esta definir normas meramente gerais. Aprovação à parte ? fato tido como certo, aliás -, é provável que, infelizmente, esta proposta do novo Código, por apresentar os mesmos defeitos do atual ainda em vigor ? tal como as insistentes parametrizações, sobretudo nas APP e RL -, seja rediscutida tão breve seja sancionada. Mesmo assim, muitas lições podem ser tiradas deste processo que vem ocorrendo no Congresso Nacional. De fato, é perceptível o despertar dos parlamentares, independente de sua posição partidária, no sentido de assumir, para si, a responsabilidade da sua principal função que é a de legislar e, no caso específico, daquela função de legislar sobre o meio ambiente, papel que, indiscutivelmente, havia sido delegado para as ONGs. Vê-se que, à exceção dos partidos radicais, praticamente todos os demais partidos votaram e votarão a favor da mudança, embora no PT ela não seja defendida de forma tão ampla. De qualquer modo, tenho algo como certo: a reforma do Código Florestal ressuscitará os questionamentos de legislações infra-legais a posteriori que, antes mesmo de o afrontar, atacam a própria realidade econômica, social e ambiental pela qual ele deveria zelar. Neste sentido é que as resoluções do Conama, as alterações perpetradas pelas MPs, as instruções normativas, etc., serão revogadas tácita ou expressamente. Já não passava da hora de ser questionada a legitimidade destes instrumentos criados pelos órgãos consultivos e deliberativos ambientais, mas, sobretudo, a própria legitimidade dos órgãos em si considerados, haja vista terem sido criados sob o mantra da pluralidade e paridade, mas com atuações nada democráticas. Obviamente será ainda o fim de uma política constituída por um conjunto de instrumentos de comando e controle ineficientes para a proteção ambiental, conquanto suficientes para a criminalização de atos de todos aqueles que fazem da terra o berço da produção de alimentos para a humanidade. Praticamente, todos os produtores rurais no Brasil, desde os agricultores familiares até os grandes latifundiários, situavam-se na ilegalidade diante do moribundo Código Florestal de 1965. De fato, a sanção deste novo Código extirpará um corpo estranho no seio do processo produtivo rural e da proteção ambiental. Um estranho no ninho do processo democrático, que embora tenha sido, à época, aprovado pelo Poder Legislativo, foi gerado por uma comissão de cinco técnicos em ambiente fechado no Centro de São Paulo. Uma das últimas heranças de Jânio Quadros (?Presidente da vassourinha?) está sendo varrido para dar lugar a um Código que, com todos os seus defeitos, está sendo gerado e criado por quem de Direito, ou seja, pelos próprios parlamentares, sem subterfúgios e manipulações. Conquanto livres da vassoura, não o estaremos do ?recall?. Afinal, em que pesem os avanços no novo Código em relação ao atual, lamentavelmente ele já virá com defeito de fábrica e a sociedade, provavelmente, será chamada para se fazer uma revisão em sua redação para deixá-lo mais harmônico com a realidade que se pretende reger. O que alivia é que certamente isto acontecerá numa condição de maior maturidade do que aquela demonstrada no atual processo no qual se criou uma bipolarização inútil sob a rotulagem de ambientalista e ruralista. Não há dúvida que, num futuro breve, os parlamentares levarão mais a sério o que diz os artigos 23, 24 e 30 da CRFB/88 na condução deste recall. Que assim seja! Fonte: celuloseonline.com.br

18.12.11

Conselho aprova prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos

É a primeira atualização do plano, lançado em 2006, para fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou nessa quarta-feira (14/12) a revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos com 22 prioridades para o quadriênio 2012-2015. É a primeira atualização do plano, lançado em 2006, para fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e a atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh). O processo da primeira revisão do Plano objetiva avaliar os avanços e desafios dos primeiros 5 anos de sua implementação (2006-2010), com adequações e correções necessárias para o planejamento nacional da gestão dos recursos hídricos. O documento PNRH - Prioridades 2012-2015, aprovado por unanimidade pelos conselheiros, serviu de base para a elaboração do Plano Plurianual do Governo Federal do próximo quadriênio, definindo uma agenda transversal da água. A decisão do CNRH, de acordo com o gerente de Políticas e Planejamento do Ministério do Meio Ambiente, Franklin de Paula Jr, integra a agenda positiva do Brasil para ser apresentada na Rio+20, prevista para o próximo ano, pelo cumprimento da meta nº 26 da Conferência Rio+10, realizada em Joanesburgo, em 2002. O Brasil foi o primeiro país das Américas a ter um Plano Nacional de Recursos Hídricos que foi elaborado de forma participativa envolvendo mais de 7 mil pessoas que atuam na gestão hídrica no País. O plano brasileiro é destacado internacionalmente por considerar a água em vários aspectos, como sociais, ambientais, culturais, éticos, técnicos, econômicos, entre outros, diz o gerente do MMA. O documento traz informações sobre disponibilidade e qualidade das águas no país, até o ano de 2020, além de indicar meios para que os vários usos do recurso natural possam ser atendidos de forma satisfatória. O documento, que irá orientar a implementação do Plano nos próximos quatro anos, foi elaborado por um grupo de trabalho formado por gestores e técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA e da Agência Nacional de Águas (ANA), a partir das propostas das consultas públicas nas 12 Regiões Hidrográficas brasileiras, ocorridas em 2010, e das recomendações da Câmara Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos (CTPNRH). Fonte: abrampa.org.br

14.12.11

O Código Florestal e a produção de alimentos: era para tanto?

Por Bruno Varella Miranda, Depois de muito debate, um desfecho para a questão do Código Florestal parece próximo. É provável que a presidente Dilma Rousseff o sancione sem questionar as suas principais novidades, ainda que a decisão talvez fique para o ano que vem. A pergunta que não quer calar é a seguinte: o que esperar desse Código? Quem sai mais feliz ao final das discussões? A resposta para a segunda questão parece mais simples. Entre todos os que se manifestaram a opinião sobre o Código, as figuras mais ligadas aos “ruralistas” demonstram maior satisfação. Os “ambientalistas” continuam temerosos; muitos argumentam que as mudanças poderão aprofundar o problema do desmatamento. Já a primeira pergunta, é necessário reconhecer, pode levar às mais diversas conclusões. É a soma de diversos fatores, e não apenas a sanção de um Código, o que determinará o destino de nossas florestas. O que não podemos negar é que muito tempo precioso foi perdido com argumentos que pouco acrescentam ao nosso futuro. Uma questão mal encaminhada, em nossa opinião, diz respeito aos riscos para a produção de alimentos no futuro. Não raramente, ouvimos previsões apocalípticas acerca do avanço do agronegócio sobre as terras destinadas à produção de alimentos. Por outro lado, o argumento de que um Código Florestal mais estrito ameaçaria a produção de alimentos foi usado insistentemente por vozes ligadas ao grupo “ruralista”. Entende-se a opção por sublinhar a questão da produção de alimentos devido ao apelo desses argumentos junto à população; faz-se necessário deixar claro, porém, que esse debate não levará a lugar algum. Afinal, nunca é demais lembrar, o problema da fome é, em grande medida, resultante da desigualdade social. Maior produção de alimentos por si só não aliviará as mazelas de parte da população. Da mesma forma, um Código Florestal mais estrito poderia vir acompanhado de incentivos para o aumento da produtividade. Por fim, é simplista o raciocínio de que somente a agricultura familiar é responsável pela produção de alimentos, especialmente quando se tem em mente a visão romantizada da atividade detida pela maioria dos que repetem esse mantra. Se é para falarmos de risco, a produção de alimentos no futuro não parece ameaçada por qualquer legislação ambiental ou estrutura organizacional prevalecente, e sim pelo aquecimento global. Os custos e as dificuldades relativas à adaptação a temperaturas mais altas deveriam ser uma das principais preocupações daqueles que dependem da natureza para produzir. As negociações do Código Florestal, nesse sentido, poderiam ter sido usadas como parte de um debate mais amplo para propor uma rota brasileira em direção a uma economia de baixo carbono. Não foi isso o que vimos, porém. Ironicamente, é provável que um número crescente de produtores rurais veja as suas opções de prática produtiva limitadas por um dos inimigos favoritos do grupo favorável à aprovação do novo Código: os estrangeiros. Essa pressão, entretanto, não deve vir das ONGs, muitas vezes acusadas de prejudicar o interesse nacional. Aqueles que se opõem à influência externa sobre a soberania brasileira deveriam se preocupar com a opinião dos consumidores estrangeiros. É quem paga a conta que ajudará a determinar os rumos da produção de milhares de produtores brasileiros no futuro. É possível que, em alguns anos, vejamos na prática que a produção de alimentos em um contexto marcado pelo respeito a padrões ambientais superiores não constitui um paradoxo, e sim uma importante estratégia de inserção no mercado. Talvez isso não seja um problema para aqueles que venderem para mercados de países em desenvolvimento, como a China, por exemplo, aproveitando-se da enorme escala na produção. Deverá ser uma preocupação, porém, para os médios produtores destinados a explorar nichos de mercado a fim de garantir a sobrevivência na atividade. *Sylvia Saes - Professora do Departamento de Administração da USP e coordenadora do Center for Organization Studies (CORS) *Bruno Varella Miranda- Mestre em Administração pela USP Fonte = http://www.cafepoint.com.br

13.12.11

Suzano deve participar de construção de uma nova ferrovia no Piauí

Governador Wilson Martins se reuniu com diretor da empresa, no Palácio de Karnak 12/12/2011 - O governador Wilson Martins, do Piauí reuniu-se no dia 6 de dezembro, com Humberto Fregni, gerente executivo de infraestrutura e logística da Suzano. A reunião foi marcada para a discussão das possibilidades de traçado do ponto de vista técnico. O traçado do ramal ferroviário que será criado entre a cidade de Palmeirais e Teresina, possibilitará o escoamento da produção da unidade fabril que a empresa está instalando no Piauí. A obra será executada a partir de parceria entre o Governo do Estado, a Transnordestina Logística e a Suzano. O ramal deverá ter aproximadamente 80 quilômetros de extensão e segue de Palmeirais até o pátio da Rede Ferroviária Federal S/A (Refesa), em Teresina. A estimativa dos dirigentes da Suzano é de que a obra leve, incluindo as etapas de licenciamento ambiental e construção, cerca de quatro anos para ficar pronta. Durante a reunião com o governador Wilson Martins, foram apresentados três alternativas de traçado e uma deverá ser escolhida em novo encontro que acontecerá até o dia 20 de janeiro de 2012. “Queremos priorizar o trecho que possuir melhor topografia e que exigir menor interferência junto às comunidades próximas. Essa é uma obra essencial à operacionalização da nossa fábrica”, explicou Humberto Fregni, gerente executivo e de infraestrutura e logística da Suzano. A empresa pretende transportar duas toneladas por ano, através do ramal que se ligará à estrutura já existente da Transnordestina Logística em Teresina. “Quando estivermos em operação, trabalharemos com três trens por dia, com carga de 15 toneladas por eixo (por vagão)”, acrescentou o gerente. O governador Wilson Martins determinou que os técnicos da superintendência de acompanhamento de obras e da Secretaria Estadual de Transportes analisem os três traçados apresentados pela Suzano para que se chegue a um ramal que possa ser melhor aproveitado. “Temos a possibilidade, por exemplo, de construir um ramal terminal intermodal, casando o projeto desse ramal ferroviário ao da hidrovia do Rio Parnaíba, que é uma prioridade do Governo Federal”, exemplificou o governador. A hidrovia do Rio Parnaíba faz parte da Política Nacional de Logística Hidroviária e contará com investimento previsto em R$ 360 milhões por parte do Governo Federal. Segundo Humberto Fregni, ainda não há perspectiva de custo do ramal ferroviário entre Palmeirais e Teresina. “Após a definição do traçado é que passaremos ao estudo básico e poderemos definir essa parte de custos”, explicou. Segundo o gerente da Suzano, o Governo do Estado será o responsável pelas desapropriações e licenciamentos ambientais; a Transnordestina Logística ficará encarregada do investimento financeiro e execução da obra; a Suzano bancará parte do investimento da Transnordestina e repassará o restante em tarifas ferroviárias pagas após o início da operacionalização da ferrovia. Fonte: CeluloseOnline

12.12.11

Fibria recebe Prêmio Ecologia 2011

Premiação reconhece a iniciativa de restaurar cerca de 9 mil hectares de Mata Atlântica em 17 municípios capixabas 08/12/2011 - A Fibria acaba de conquistar o primeiro lugar na categoria Conservação de Recursos Naturais do Prêmio Ecologia 2011, com o projeto "Programa de Conservação e Restauração Ecológica dos Fragmentos Florestais Remanescentes do Estado do Espírito Santo". A premiação promovida pelo Governo do Estado reconhece a iniciativa de restaurar cerca de 9 mil hectares de Mata Atlântica em 17 municípios capixabas. Fonte: CeluloseOnline

11.12.11

Natal sustentável

Um pinheirinho que ajuda quem põe a mão na terra O Natal está se aproximando e com ele os preparativos para a festa, que simboliza o nascimento de Jesus Cristo. Segundo a tradição cristã, o dia correto para começar a montar a árvore é 30 de novembro. A tradição ainda diz que os enfeites devem ser colocados aos poucos, no decorrer das quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro. E, se você não gosta das opções artificiais, os pinheirinhos naturais são uma ótima solução. A boa notícia é o programa “Natal Sustentável” da Prefeitura de São Paulo. Trata-se de uma ação de economia solidária que, por um lado, remunera justamente o produtor; por outro, oferece ao consumidor um produto a um preço justo. É uma via de mão dupla, em que ambas as partes ganham. O “Natal Sustentável” está em sua terceira edição. A iniciativa surgiu em 2009, quando agrônomos do Departamento de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura de São Paulo constataram que os agricultores ficavam apenas com o trabalho. “Eles passavam cinco anos cuidando de um pinheirinho até atingir 1,5 metro e depois vendiam por R$ 5 a um atravessador, que revendia por até R$ 60 a unidade”, diz Paulo Vinícius da Silva, engenheiro agrônomo da equipe de coordenação do “Natal Sustentável”. Lia Goes de Moura, produtora de plantas ornamentais de Parelheiros, aderiu à iniciativa e aprovou. “Antes nós não sabíamos qual era o preço final do pinheiro”, diz. No entanto, o projeto fez os agricultores descobrirem o quanto eram passados para trás. No Ceasa, o preço é o dobro e há lugares onde a margem de lucro é de 100% a 300%. “Isso é judiar muito do produtor, que luta para se manter na terra”, afirma Lia. A maneira encontrada para ajudar quem realmente coloca a mão na terra foi o apoio à comercialização. A prefeitura cedeu aos agricultores espaços nos mercados municipais e sacolões para a venda direta ao consumidor. Além disso, nas primeiras edições, ajudou cedendo um caminhão para o transporte das plantas. “A ideia é que os produtores sejam cada vez mais independentes. Este ano, eles mesmos estão se organizando na questão logística”, conta Silva. Como saber se o pinheirinho que você está comprando é sustentável? Basta conferir se a planta tem o selo do Natal Sustentável. Nessa edição, a iniciativa contará com quatro pontos de venda. A novidade fica por conta dos espaços abertos em três feiras, a do Pacaembu, do Morumbi e do Parque Burle Marx. “É inviável para alguns produtores ficar a semana toda fora da propriedade, vendendo as plantas. Para esses, a feira é uma alternativa porque é um dia só”, salienta Silva. O interessado pode ainda comprar a planta nos mercados municipais da cidade de São Paulo, especialmente no “Mercadão”. O preço final depende do tamanho e variedade do pinheirinho. O valor exato não foi fechado, mas há opções para todos os bolsos. A estimativa é que a planta mais em conta, o pinheirinho tuia verde de 1 metro, saia entre R$ 30 e R$ 40. Fonte: souagro.com.br

10.12.11

Senado aprova texto-base do novo Código Florestal e agrada a ruralistas

Brasília, 6 dez (EFE).- O Senado aprovou nesta terça-feira, com arrasadora maioria de votos, a polêmica reforma do Código Florestal que, segundo grupos ambientalistas, ampliará a degradação da Amazônia e permitirá um maior desmatamento. O projeto, que será devolvido à Câmara dos Deputados para a análise de emendas, foi aprovado com 59 votos a favor e 7 contra, com o respaldo da bancada ruralista e de quase toda a base aliada. Leia mais: Código é melhor coisa já feita pela agricultura, diz SRB Os senadores ignoraram assim os protestos de ambientalistas que criticavam os impactos da reforma do Código Florestal, um conjunto de leis que data de 1965 e estabelece normativas para a atividade agropecuária e o uso geral dos solos. A decisão do Senado, que introduziu ligeiras modificações, aguarda agora a aprovação definitiva do texto na Câmara, que em uma primeira discussão deu seu respaldo com 410 votos a favor e 63 contra. O projeto, apresentado pelo próprio Governo e respaldado pela poderosa indústria agropecuária, prevê entre outros pontos que as áreas florestais protegidas em propriedades privadas na região amazônica, que hoje são equivalentes a 80%, sejam reduzidas a 50%. Também estabelece que as zonas protegidas à beira dos rios, que hoje supõem uma faixa de 30 metros de cada lado, passarão a ser de 15 metros. Em contrapartida, prevê a obrigação de recuperar as áreas que sejam degradadas no futuro e incentivos econômicos para os agricultores que adotem práticas sustentáveis. O ponto que gerou mais discussões, no entanto, é o que propõe uma ampla anistia para os fazendeiros que nas últimas décadas tenham violado as leis atuais, desmatado áreas proibidas e mantenham nessas zonas sua atividade agropecuária. Esse perdão geral foi criticado até pela presidente Dilma Rousseff, que adiantou que poderia vetar esse e outros pontos do projeto antes de sancioná-lo. O texto inclui também uma recomendação, que deverá depois ser regulamentada, no sentido de proibir a importação de todo produto agrícola procedente de países que não tenham leis relativas à proteção do meio ambiente equivalentes ao próprio Código Florestal. A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) qualificou a aprovação da reforma como "um momento dramático para o Brasil e para as atuais e futuras gerações". Por outro lado, a voz mais forte em favor da aprovação foi levantada pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que além de suas funções como congressista preside a Confederação Nacional da Agricultura, entidade que agrupa os grandes fazendeiros e as empresas do setor. "Aprovar este projeto hoje representa acabar com a ditadura de meia dúzia de ONGs que controlavam o Ministério do Meio Ambiente, e deixa claro que a questão ambiental é de todos", declarou. O último protesto contra a possível aprovação do Código Florestal foi protagonizado nesta terça-feira pelo grupo ecologista Greenpeace, que em um ato realizado na Praça dos Três Poderes sustentou que essa nova legislação anulará os avanços que o Brasil experimentou nos últimos anos em termos de redução do desmatamento na Amazônia. O Greenpeace inflou um enorme balão de gás com as mensagens "Senado, desliga essa motosserra" e "Dilma, desliga essa motosserra", além de ter pendurado vários cartazes com outros apelos dirigidos aos parlamentares, em uma última tentativa de barrar o projeto. "Essa reforma propiciará um aumento do desmatamento na Amazônia, perdoará os que deceparam as florestas de forma ilegal e abrirá brechas para novos assentamentos" no maior pulmão vegetal do planeta, denunciou a engenheira agrônoma Tatiana de Carvalho, do braço brasileiro do Greenpeace. Há alguns meses, a rejeição ao projeto levou a uma inédita união dos dez ministros do Meio Ambiente do Brasil entre 1973 e 2010, que através de carta pediram a Dilma que impeça o que qualificaram de "desastre anunciado". EFE Fonte: yahoo

7.12.11

Desmatamento na Amazônia Legal cai 11%, diz Inpe

Área desmatada atingiu 6.238 km² entre agosto de 2010 e julho de 2011. Mato Grosso e Rondônia foram únicos estados que tiveram alta no desmate. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, informou nesta segunda-feira (5) que o desmatamento na Amazônia Legal atingiu área de 6.238 quilômetros quadrados entre agosto de 2010 e julho de 2011, uma queda de 11% na comparação com o período de agosto de 2009 a julho de 2010. Essa é a menor área desmatada no período desde que o sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal) começou a monitorar o desmatamento na região, em 1988, informou o Inpe. Os dados foram divulgados no Palácio do Planalto, em Brasília, após os ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e os presidentes do Inpe e do Ibama reunirem-se com a presidente Dilma Rousseff. A Amazônia Legal compreende áreas de nove estados - Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Conforme o Inpe, as informações foram coletadas pelo sistema Prodes, que usa 96 imagens que cobre 90% de toda a Amazônia. O Prodes estima a taxa anual e a extensão do desmatamento bruto e divulga na rede o banco de dados digital. Entre os estados que encabeçam a lista dos maiores desmatadores, o Pará está em primeiro lugar, com 2.870 quilômetros quadrados de área desmatada entre agosto de 2010 e julho de 2011. Os únicos dois estados que registraram aumento da área em relação ao ano passado foram Mato Grosso (20% de crescimento) e Rondônia, que, em 2011, dobrou a área desmatada. A situação particular de Rondônia – cuja área desmatada foi de 1.126 quilômetros quadrados no período – “precisa ser esclarecida”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Precisamos saber quais são as causas. Rondônia nunca experimentou dobrar o desmatamento”. Para Aloizio Mercadante, os dois estados despertam preocupação por serem os únicos estados a terem aumento nos dados. Apreensões O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, apresentou os números das apreensões realizadas na Amazônia legal durante o período de agosto de 2010 a julho de 2011. Foram 42 mil metros cúbicos de toras de árvores, 79 mil hectares embargados, 72 tratores e 325 caminhões. O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que a queda no desmatamento se deve a um “combate implacável” do governo contra a prática. “De fato havia um processo de aumento [do desmatamento] em curso, que foi detido pela competência dessa coordenação que o Meio Ambiente, junto com Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional”. Fonte: G1

6.12.11

Começa a votação do Código Florestal e discussão da DRU

O Plenário do Senado começou, por volta das 17h, a votação do novo Código Florestal (PLC 30/2011), que tramita em regime de urgência. O Plenário do Senado começou, por volta das 17h, a votação do novo Código Florestal (PLC 30/2011), que tramita em regime de urgência. O primeiro item da pauta do Plenário era a regulamentação da Emenda 29 - projeto ao qual a oposição dá prioridade, mas requerimento para inversão da pauta foi aprovado, com 55 votos favoráveis, 19 contrários e uma abstenção. O Plenário inverteu a pauta e o primeiro item nesta terça-feira (6) passou a ser a Proposta de Emenda à Constituição 114/2011, que prorroga para 2015 a Desvinculação de Receitas da União (DRU), para a qual o governo não abre mão de rápida votação. O último dia da DRU, caso não seja renovada, é 31 de dezembro. A inversão serviu para que se conte formalmente a primeira sessão de discussões da DRU. Não chegou a haver debate da matéria. Os senadores passaram a discutir efetivamente o Código Florestal. A ação para garantir a votação do Código só foi possível porque o líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE) ainda não apresentou seu relatório sobre a regulamentação da Emenda 29 (PLS 121 - complementar). Na semana passada, o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP) havia oferecido a ele um prazo de 24 horas para apresentar seu parecer ao Plenário. O prazo não foi cumprido. A inversão de pauta foi alvo de protestos veementes das lideranças da oposição, a senadora Marinor Brito (PSOL-AP), Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Agripino (DEM-RN). O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) chegou a apresentar uma questão de ordem, com base no Regimento Interno, segundo a qual a regulamentação da Emenda 29 teria preferência, por já ter sua discussão iniciada em sessão anterior. O presidente do Senado, José Sarney, afirmou que a matéria não estava devidamente instruída, não tendo então sua discussão iniciada. Demóstenes Torres acusou veementemente o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RO), e a Mesa, de descumprirem um acordo de líderes. O presidente do Senado lembrou a Demóstenes já ter acertado com a oposição que o Código Florestal teria preferência à regulamentação da Emenda 29. Demóstenes, apoiado por Marinor Brito, manteve sua discordância em relação à decisão de Sarney. O Palácio do Planalto tenta jogar a votação do PLS relatado por Humberto para o ano que vem, na tentativa de reduzir a previsão de receita da saúde. Atualmente o texto estima que 10% de toda a receita da União seja direcionada a essa área, mas o governo insiste não ser possível. Fonte: Agência Senado

5.12.11

Praga da seringueira: pesquisador da Empaer recomenda clones resistentes

A praga foi encontrada pela primeira vez no município de Belterra, no Estado do Pará
Com objetivo de recomendar clones resistentes à broca da seringueira (Tapuruia felisbertoi), doença que apareceu no ano de 2008, no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), causando prejuízo econômico, redução na produção de látex e diminuição da área de exploração da planta, o pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Eliazel Vieira Rondon, desenvolve um projeto que virou tese de mestrado, monitorando 20 clones, sendo 13 brasileiros e 7 clones orientais para controlar a infestação da praga nos seringais. O inseto também foi encontrado nos municípios de Juína, Rosário Oeste e São José do Rio Claro. Para acompanhar o comportamento da broca foram instalados experimentos no Centro de Pesquisa da Empaer, em Sinop. Foi constatado que o clone RRIM 725 foi o que teve maior infestação de insetos, seguindo dos clones IAN 2878, IAN 6721, IAN 2903 e outros. Os clones que estão sendo indicados para plantio e não foram atacados pela broca são: FX 3864, FX 3988, IAN 2878, IAN 6721, IAN 2903, DT1 PB 235 e RRIM 600 (o mais plantado no Estado). Conforme Rondon, a praga da seringueira causa preocupação devido à falta de literatura existente no País e submete a planta a sangria precoce, o que torna vulnerável ao ataque de doenças. Ele explica que as larvas raspam a árvore e ao penetrar na casca atinge os vasos laticíferos, provocando perda de látex, destruição da casca e comprometendo sangrias futuras. Os insetos adultos emergem no período chuvoso e após o acasalamento a fêmea deposita os ovos na casca da seringueira e morre. O inseto Tapuruia Felisbertoi que possui de 10,5 a 18 mm de comprimento tem a seringueira como a única espécie de planta hospedeira. A praga foi encontrada pela primeira vez no município de Belterra, no Estado do Pará, e atualmente já foi localizada no Estado de Goiás. Para combater o inseto, além da utilização dos clones resistentes e aplicação de inseticidas é importante ter um manejo adequado. "É necessário realizar a adubação da capina roçada, não deixar resto de desbrota e fazer a aplicação de inseticidas para controlar o inseto", explica Rondon. Segundo o pesquisador, a monocultura tem sido apontada como uma grande vilã para o ecossistema facilitando o ataque de doenças. As principais pragas encontradas na seringueira no Estado são mandarová, mosca-branca, vaquinha, cochonilha, pulgão, percevejo-de-renda, saúva e cupim. O pesquisador faz mestrado, na cidade de Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul, com a orientação do professor, Silvio Fávero. BORRACHA Com uma produção de 27 mil toneladas de borracha por ano e uma área de 46 mil hectares de seringueira (dados do IBGE), o Mato Grosso está classificado em terceiro lugar no ranking nacional em área plantada. A indústria de pneumáticos consome aproximadamente 80% da borracha produzida, imprescindível na fabricação pneu, câmara de ar, luvas cirúrgicas e outros. O Brasil produz apenas 1% e importa 64% dos países asiáticos. O Estado de São é o maior produtor. Fonte: portaldoagronegocio.com.br

4.12.11

Código Florestal exigirá recuperação de área 30% maior do que São Paulo

Com a revisão na proposta, meta agora é cortar emissão de 8,8 bi de toneladas de carbono Simulações feitas com base na proposta que vai ao plenário do Senado na semana que vem mostram que a reforma do Código Florestal exigirá a recuperação da vegetação de 324 mil quilômetros quadrados desmatados nas propriedades rurais do País - uma área 30% maior do que o território do Estado de São Paulo. Convertida em emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global, a recuperação de áreas desmatadas irregularmente em um cenário ainda mais conservador representará quase seis vezes o compromisso de corte de lançamento de carbono assumido pelo Brasil para 2020 em relação às emissões estimadas para essa data. Segundo a contabilidade feita pelo secretário nacional de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad, a recuperação de áreas desmatadas representará o corte de emissão de 8,8 bilhões de toneladas de carbono equivalente. “Mesmo que fosse capturado apenas 1,8 bilhão de toneladas de carbono, continuaria sendo um resultado absolutamente extraordinário, mas a avaliação é que chegará a 8,79 bilhões”, avalia Assad. O cenário com que ele trabalhou leva em conta a recuperação de 240 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa. Esse cenário não considera o plantio de espécies exóticas, liberado em até 50% do total da reserva legal. No combate aos efeitos do aquecimento global, o Brasil se comprometeu a cortar a emissão de cerca de 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa até 2020. O compromisso é objeto de lei aprovada pelo Congresso em 2009, às vésperas da Conferência do Clima da ONU, em Copenhague. Consequências. A contabilidade preliminar feita no Ministério do Meio Ambiente é a primeira tentativa de traduzir os efeitos da reforma do Código Florestal. Números precisos vão depender de informações que nem Congresso, o governo ou a academia dispõem ainda sobre a situação atual de proteção ambiental das propriedades rurais e detalhes das exigências de recuperação da vegetação, que resultarão dos futuros programas de recuperação ambiental. Ambientalistas criticam a reforma do Código Florestal justamente pela parcela das propriedades privadas já desmatadas que não terá a vegetação recuperada. Estima-se em aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados a área já desmatada que deveria estar protegida na forma de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal, que varia de 20% a 80% dos imóveis rurais, dependendo do bioma em questão. A maior parte do chamado “passivo ambiental” entre 64% e 74%, aproximadamente, não será recuperada, conforme as regras estabelecidas pela reforma do Código Florestal em análise no Congresso, ainda de acordo com simulações preliminares do Ministério do Meio Ambiente. A versão do texto que irá à votação considera consolidadas parte das Áreas de Preservação Permanente já ocupadas e áreas de desmatamento que seguiram regras em vigor na época do corte. A reforma tampouco exigirá das pequenas propriedades, com até 4 módulos fiscais (de 20 a 400 hectares, variando de acordo com o município), que recupere a Reserva Legal. O Estado do Amapá, que tem mais de 70% de seu território ocupado por áreas protegidas, como territórios indígenas, poderá reduzir para 50% a área de Reserva Legal das propriedades, ainda de acordo com o texto. Já os ruralistas investiram para que todas as áreas já desmatadas pelo menos até 2008 tivessem a ocupação reconhecida como legal. Com isso, não haveria recuperação de vegetação em áreas já ocupadas por atividades agrícolas ou pela pecuária. O que mais contraria defensores do agronegócio é a exigência de recuperação de pelo menos 15 metros da vegetação nativa às margens de rios mais estreitos. Essa exigência chega a 100 metros às margens de rios mais largos, onde a regra é preservar 500 metros. As regras para recuperação da vegetação nativa exigirão um esforço grande para saírem do papel, a começar pelo Cadastramento Ambiental Rural das propriedades rurais, uma espécie de raio X da situação de proteção ambiental dos imóveis. Caberá à União estabelecer regras gerais para os programas de recuperação ambiental, que não poderão ser flexibilizados pelos Estados. O novo Código Florestal prevê o corte de financiamento oficial às propriedades que não se regularizarem no prazo de cinco anos. Fonte: Estadão

3.12.11

SERINGUEIRA: IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO ANTECIPA EM ATÉ 2 ANOS PERÍODO DE SANGRIA DA ÁRVORE

Produtores de São Paulo e de Goiás já estão conseguindo antecipar a sangria dos seus seringais, em até dois anos.
Isto é possível com o uso da tecnologia de irrigação por gotejamento na implantação da cultura da seringueira, cuja adoção foi incentivada há cerca de quatro anos por pesquisadores do Pólo Alta Mogiana/APTA Regional, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), em parceria com produtores. O propósito deste trabalho era o de antecipar o início da sangria e acelerar o retorno do investimento, por meio de eventos de capacitação como palestras, cursos e dias de campo, diz a pesquisadora Elaine Cristine Piffer Gonçalves. “Nas nossas condições, os seringais entram em sangria com cerca de sete anos, quando a árvore atinge 45 cm de perímetro de tronco para 1,20 m de altura e 6 mm de casca. Em plantios irrigados, as árvores conseguem atingir estes valores aos cinco anos, enfatizando a importância desta nova tecnologia.” Neste período, foram instalados experimentos em propriedades particulares, como Fazenda Córrego do Ouro, em Pontes Gestal (SP), e fazenda do grupo Moraes Ferrari, no município goiano de Nova Crixás, além do próprio Polo Regional Alta Mogiana, em parceria com a empresa Netafim e com a UNESP-Jaboticabal. Em Nova Crixás (GO), por exemplo, 50% das árvores do seringal já foram colocados em sangria com 4,5 anos e 80% com 5,5 anos, conta Elaine. O uso desta tecnologia, além de garantir água suficiente para o desenvolvimento pleno das plantas e a homogeneidade do plantio, permite o parcelamento das adubações (quinzenais e/ou mensais), explica Elaine. “Isto faz com que ocorra maior aproveitamento por parte das plantas, economia de mão de obra e antecipação do processo de extração do látex. Os resultados preliminares dos experimentos realizados e daqueles em andamento no Polo Regional permitem inferir que a irrigação garante homogeneidade e diminui a porcentagem de perdas (de 8 a 10% no plantio normal para 1% no irrigado) das mudas de seringueira.” Além de Elaine, atua no projeto o pesquisador José Fernando Canuto Benesi, bem como pesquisadores da área de fitotecnia (vegetal). Competição de clones De acordo com a pesquisadora do Polo Alta Mogiana, está em fase de instalação, na Fazenda Cônego do Ouro (Pontes Gestal), experimento inédito com a finalidade de promover a competição entre clones nacionais (série IAC) e internacionais (originários de Índia, Malásia, Indonésia etc.), em parceria com o Instituto Agronômico (IAC-APTA) e o Viveiro Citrosol. Hoje, 80% dos seringais de São Paulo e do Brasil são baseados em plantios de um único clone (RRIM 600), explica a pesquisadora. “Se aparecer nova praga ou doença, e este clone não for suscetível, a cultura será comprometida.” O objetivo do projeto é ajudar futuramente na recomendação regionalizada de clones para o Estado, informa Elaine. “Este trabalho vem sendo feito há muitos anos pelo IAC, a fim de reduzir possíveis problemas fitossanitários e de alcançar maiores produtividades, em consonância com as características regionais e com os sistemas de produção e manejo adotados. Temos de considerar que o programa de melhoramento genético da seringueira é demorado – o horizonte é de 15 anos, no mínimo.” Cultura intercalar e consórcio No Polo Centro Norte/APTA Regional/SAA, o carro-chefe das pesquisas em seringueiras é o melhoramento genético, conduzido em parceria com o IAC, que se constitui de avaliação e criação de clones de seringueira. Fruto deste trabalho é o lançamento nos últimos anos de 14 clones, que são classificados em classes II e IIIA, de acordo com avaliações que provaram o seu mérito ao longo do tempo. Os clones da classe II (plantio em escala moderada) podem ocupar mais de 50% da área total de plantio da propriedade, enquanto os da classe IIIA (plantio em escala experimental) são recomendados para até 15% da área total, de acordo com o pesquisador Antonio Lucio Mello Martins. “Assim, pretende-se estimular a diversificação dos clones utilizados pelos agricultores de maneira a minimizar os perigos do uso de pouca variabilidade genética.” Mas já está sendo recomendada a adoção de alternativas de culturas intercaladas ou de consórcios, diz Antonio Lúcio. “Como a seringueira leva tempo para dar retorno, o produtor pode utilizar cultura intercalar para gerar renda até a seringueira produzir. Isto é possível até o quarto ano, antes de se criar sombreamento (fechamento da copa).” A diferença entre as duas técnicas é que a cultura intercalar (milho, amendoim, soja, mandioca etc.) produz temporariamente até a seringueira entrar em produção. Já no consórcio com seringueira a produção da outra cultura (urucum, café, limão etc.) estende-se por um período mais longo, até terminar a sua vida útil. Mas cresce a procura por plantas que suportam o sombreamento, conta Antonio Lucio. Já tem produtor utilizando palmeira juçara para explorar o fruto (fazer polpa). No Sítio São José, em Itajobi, o produtor Reinaldo Aparecido Gotardo - em parceria com a mãe Passion - experimenta limão em consórcio com a seringueira. Ele produz limão Taiti há 20 anos, quando abandonou o café. Atualmente, colhe cerca de cinco mil caixas por ano, que vende para a empresa Itacitros, de Itajobi. Há cerca de quatro anos, decidiu inovar, plantando 420 pés de limão Taiti e um ano depois implantou um seringal consorciado de mil árvores. O limão foi plantado com 14 metros entre linhas e 4 metros entre plantas, enquanto a seringueira tem média de 7 metros entre linhas e 2,7 metros entre plantas. A rua com limão tem 8 metros, para facilitar o manejo da cultura; já a rua de 6 metros não tem limão. A intenção de Reinaldo é levar o limão até a seringueira produzir (daqui 3 a 3,5 anos). Mas ele espera que o limão continue produzindo (apesar da tendência de declínio da cultura) mesmo com o sombreamento da seringueira. “A idéia é que o limão pague o custo da seringueira e que ainda sobre um pouco.” A decisão de fazer o consórcio partiu de projeto da prefeitura municipal que forneceu mudas subsidiadas a agricultores familiares (limão por 50% do valor de mercado e seringueira por R$ 1,00). Reinaldo já está colhendo limão há dois anos e meio (cerca de 500 caixas por ano). Já a condução do cultivo da seringueira é feita com assistência do técnico agrícola Renato Arantes, da empresa Debor Borracha, que foi estagiário do Polo Regional Centro Norte. Basicamente, ele fornece orientação sobre adubação e combate a doenças, conta Reinaldo. Competição da braquiária De volta a Colina, projeto, desenvolvido no período 2008-2010, concluiu que o capim braquiária compete muito com a seringueira e retarda o desenvolvimento da cultura e a consequente entrada em sangria, quando não é manejado adequadamente. Trata-se do projeto “Estudo dos efeitos da faixa de controle e dos períodos de interferência da brachiaria decumbens e seus reflexos na implantação da cultura da seringueira”, coordenado por Elaine Gonçalves, em parceria com o professor Pedro Alves (UNESP-Jaboticabal) e o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que resultou em dissertação de mestrado do aluno Caio Guzzo. Em áreas onde não se faz o controle da braquiária no primeiro ano de plantio, explica Elaine, ocorre redução de até 57% na altura das plantas e de 42% com relação ao perímetro (a planta desenvolve menos). Assim, recomenda-se que seja mantida uma faixa mínima, no primeiro ano de implantação, de 50 cm de cada lado da linha de plantio livre de plantas daninhas que competem com a seringueira. Esta faixa aumenta de acordo com o desenvolvimento da cultura. Os resultados de pesquisas com seringueira são divulgados em eventos regionais ou no ciclo de palestras sobre heveicultura paulista, realizado a cada dois anos pela comissão técnica de seringueira do Estado de São Paulo (da SAA), em parceria com a Associação Paulista de Produtores de Borracha (APABOR). Também são promovidos, duas vezes por ano, cursos de sangria e de produção de mudas, para suprir a falta de mão-de-obra no mercado. Em Pindorama, Antonio Lucio destaca, na área de fitotecnia, estudo concluído em 2009, que define clones de seringueira para a produção de sementes em porta-enxerto. Outro trabalho, terminado na safra 2008/09, define a utilização de leguminosas na formação de seringueira. Em andamento, ele cita o estudo da freqüência de sangria e da concentração de estimulantes (hormônio para aumentar a produção da seringueira) com o clone comercial PB-235. Também se encontra em andamento projeto de análise da qualidade do látex em parceria com a Embrapa e o IAC. Jardins clonais Antonio Lucio destaca, ainda, o jardim clonal do Polo Regional, que fornece borbulhas dos vários clones comerciais e garante a característica genética de novos pomares, além de material genético para experimentação. “Os produtores buscam, cada vez mais, borbulhas nos jardins clonais dos Polos Regionais Centro Norte (Pindorama), Alta Mogiana (Colina) e Noroeste Paulista (Votuporanga). Estão para ser regulamentadas normas de produção de mudas de seringueira, o que vai aumentar a importância dos jardins clonais.” O valor da produção paulista de borracha é de R$ 514,75 milhões, o que coloca o setor na 14ª posição no Estado, segundo estimativa preliminar do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). A produção do seringal em 2010, nas regiões de São José do Rio Preto, Barretos e Catanduva - onde se localizam os Polos Regionais Noroeste Paulista, Alta Mogiana e Centro Norte - foi de 64,28 milhões de kg de coágulo, pouco menos da metade dos 132,64 milhões de kg de coágulo obtidos no Estado. Fonte: apta.sp.gov.br

2.12.11

Brasil é sexto maior emissor de gases do planeta, aponta análise

Metade dos gases estufa é gerada por cinco países, dois deles emergentes. Relatório foi divulgado nesta quinta-feira durante a COP 17, em Durban. Mais da metade de todas as emissões de carbono liberadas na atmosfera são geradas por cinco países, segundo um ranking de emissões de gases estufa publicado nesta quinta-feira (1) no qual o Brasil aparece na sexta posição. China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão lideram a lista, seguidos de Brasil, Alemanha, Canadá, México e Irã, de acordo com a lista, divulgada durante a COP 17, negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em Durban, África do Sul. Os primeiros dez países da lista são responsáveis por dois terços das emissões globais, acrescentou o documento, copilados pela empresa Maplecroft, da Grã-Bretanha, especializada em análise de risco. Três dos seis maiores emissores são gigantes emergentes que demandam energia e desenvolvem suas economias a uma velocidade vertiginosa. Em desenvolvimento A China, que superou os Estados Unidos alguns anos atrás no topo da lista, produziu 9.441 megatoneladas de CO2-equivalente (CO2e), uma medida que combina dióxido de carbono (CO2) com outros gases aprisionadores de calor, como metano e óxido nitroso. O método de cálculo utilizado combinou números de 2009 para o consumo de energia com números estimados para 2010. A maioria das emissões dos países é de dióxido de carbono, graças à enorme demanda de energia. O uso de energias renováveis está aumentando, mas continua pequeno em comparação com o de combustíveis fósseis. A Índia produziu 2.272,45 megatoneladas de CO2e, parte significativa de metano gerado na agricultura. "Embora o uso per capita de energia na China e na Índia seja relativamente baixo, a demanda em geral é muito grande", explicou Chris Laws, analista da Maplecroft. "Quando combinado com o alto uso de carvão e outros combustíveis fósseis, isto resulta em grandes emissões nos dois países", acrescentou. A produção brasileira, de 1.144 megatoneladas derivados do uso energético, seria significativamente maior se o desmatamento fosse levado em conta. De acordo com informações do Deter, divulgadas em outubro passado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região denominada Amazônia Legal perdeu no ano passado 7 mil km² de sua cobertura vegetal original. O índice é o menor desde que a medição foi iniciada, em 1988. Potências Entre as economias avançadas, os Estados Unidos - o primeiro país em emissões per capita entre as grandes potências - produziram 6.539 megatoneladas de CO2e. A Rússia, com 1.963 megatoneladas, ficou em quarto. Suas emissões caíram após a derrocada da União Soviética, mas espera-se que subam. No Japão, onde a geração é de 1.203 megatoneladas de CO2e, os temores de segurança com relação à energia nuclear levaram a uma maior dependência em combustíveis fósseis, e um pico em emissões de carbono, disse Laws. Ele destacou, no entanto, que o governo japonês anunciou sua intenção de preencher a lacuna energética com fontes renováveis. "É improvável que a tendência de aumento das emissões de gases efeito estufa seja mitigada em médio e longo prazos", relatou. O índice dos 176 países, com base nos níveis anuais de emissões de gases de efeito estufa, combina dados sobre as emissões de CO2 de uso energético e emissões de gases não CO2. Os dados vieram de várias fontes, entre elas a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). *Com informações da France Presse Fonte: G1

1.12.11

IMA apresenta nova tecnologia ao setor florestal brasileiro

Aplicações LiDAR, da BLOM, representam boas possibilidades para melhoria das informações na gestão dos ativos florestais Um encontro promovido em São Paulo pela IMA Gestão e Análise Florestal teve por objetivo introduzir um novo player na área de sensoriamento remoto e LiDAR (Light Detection And Ranging) no Brasil, a empresa Blom. A reunião contou com a presença de representantes das maiores empresas florestais do Brasil. O encontro de três horas foi basicamente a apresentação da empresa Blom e da tecnologia LiDAR que mostra agora aplicação em caráter comercial. A Blom é uma empresa Norueguesa com sede em Oslo e é a maior empresa do setor na Europa, tendo aero-levantado países inteiros como Itália, Suécia, Finlândia, e parte de outros, possuindo, além disso, expertise de mais de dois milhões de hectares de florestas inventariadas por meio de LiDAR. A Blom breve se instalará no Brasil, tendo a IMA como representante comercial, e pretende atuar de maneira forte neste segmento, como já faz no Chile e no Uruguay. Os produtos e resultados por eles apresentados relativos a inventários florestais mostraram níveis de precisão equiparáveis ou superiores aos métodos tradicionais, além de possibilitar vários produtos agregados a este. O interessante da tecnologia é a gama de produtos gerados com um só voo. O modelo digital do terreno sem vegetação, imagens digitais de altíssima resolução e infravermelho, nuvens de ponto Laser que permitem obter a altura das árvores, correlação diamétrica pelas copas, por algoritmos volume por estratos, área basal, dentre muitos outros. Fonte: Painel Florestal

30.11.11

Carbono embutido

Pesquisadores fazem balanço de CO2 da floresta. O papel central da Floresta Amazônica para a questão climática extrapola suas fronteiras de diferentes formas. Estudo da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA) constata: o comércio de produtos para o mercado externo e para o consumo interno em outras partes do país carrega 63% de todo o carbono emitido pela economia da Amazônia. Gases do efeito estufa "alcançam" regiões distantes da mata embutidos na exportação de alimentos, minérios e outras mercadorias produzidas na região em processos que resultam em emissões. "Mitigar emissões prejudicará a economia regional e o sustento de mais de 20 milhões de habitantes", diz o economista Joaquim Guilhoto, coordenador do relatório "O Desenvolvimento da Amazônia Brasileira e as Emissões de Gases do Efeito Estufa: um Dilema a Ser Enfrentado". O trabalho cruzou dados do PIB amazônico com a média nacional das emissões de carbono dos diferentes setores produtivos. A agropecuária, somando insumos e produção, representa mais de um terço das emissões totais, com destaque para soja e carne, setores que mais geram riqueza na região. De acordo com o estudo, o consumo interno do Brasil fora da floresta absorve 40% do carbono amazônico. A parcela de gases que permanece na região (37%) está incorporada nos investimentos de bens de capital e construção de infraestrutura. "A restrição das emissões pura e simples não é solução, sendo necessária uma política de incentivos para mudar a estrutura de produção e compensar financeiramente a população", analisa Guilhoto. Em sua opinião, "o direito ao desenvolvimento é o principal dilema para a mitigação de gases estufa na Amazônia, no Brasil e nos demais países emergentes". O tema é cerne das negociações da CoP-17, a conferência da ONU sobre mudanças no clima que ocorrerá de 28 novembro a 9 de dezembro, em Durban, África do Sul, quando os países tentarão avançar no debate para um novo regime climático internacional, incluindo compensações para a conservação florestal. "O assunto marca a atual discussão do acesso a mercados e certamente será o elemento de força para o corte de emissões, inclusive via taxação de carbono", avalia Mario Monzoni, diretor do Centro de Estudos em Sustentabilidade, da FGV, estimando que "mais cedo ou mais tarde a questão baterá na Organização Mundial do Comércio (OMC)". Estudo publicado neste ano pela Academia Nacional de Ciências dos EUA revela que mais de 60% das fontes de carvão, gás e petróleo estão em apenas 20 países e sugere a criação de um imposto sobre a extração de combustíveis, o que cobriria 67% das emissões globais. A chamada "precificação" de carbono envolve competitividade entre países e entre conglomerados empresariais. Pela Convenção do Clima, emissões de carbono não devem motivar barreiras comerciais, mas atualmente existe o debate de propostas para legislações nacionais, tanto nos EUA como na Europa, com restrições do gênero. "O melhor para o Brasil, exportador líquido de emissões, é o assunto permanecer no fórum do clima e não na OMC", opina Jorge Hargrave, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em recente relatório, o pesquisador Ronaldo Seroa da Motta, também do Ipea, mostra que eventuais taxações de carbono seriam vantajosas para a indústria brasileira na competição com a China. Na agricultura, ao contrário, o país teria desvantagem. Os reflexos atingiriam a economia da Amazônia. Na região, onde os indicadores sociais estão abaixo da média nacional, 65% da população - sem opções de sustento na floresta - já vive em grandes centros urbanos. No Amazonas, 85% da energia é suja, proveniente de geradores a diesel. Só recentemente, com a inauguração do gasoduto Coari-Manaus, pequenas termoelétricas a gás natural começaram a ser construídas. Para mudar a matriz energética, a capital aguarda a obra do linhão que rasgará 1,5 mil km de floresta para a conexão com a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. "Energia e logística são essenciais para a expansão industrial", diz Oldemar Ianck, superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa). "Amazonia não deve ser apenas almoxarifado de matérias-primas para outros Estados e para o exterior", diz. Ele admite que há passivos a resolver, como os impactos ambientais na capital. Ao atrair indústrias em troca de incentivos fiscais, Manaus recebeu grande contingente de migrantes que ocupou bairros erguidos sobre palafitas na beira de córregos poluídos, só agora alvo de projetos de saneamento. "As indústrias da capital, responsáveis por 90% da renda estadual, reduziram a pressão para o uso predatório da floresta", argumenta Iank. Cogita-se agora na prorrogação da Zona Franca por mais 50 anos, conforme anunciou o governo federal. No entanto, "é preciso corrigir rumos, porque não podemos subsistir apenas com incentivos fiscais, mas investir em infraestrutura e nos recursos regionais". A nova ponte sobre o rio Negro, inaugurada em outubro ao custo de R$ 1 bilhão, permitirá a expansão do polo industrial e da Região Metropolitana de Manaus. Na expectativa do crescimento, o município de Iranduba, na outra margem do rio, já registra o maior índice de desmatamento do Estado. O lugar é palco do primeiro projeto da chamada Zona Franca Verde: a fábrica Borracha da Floresta, inaugurada neste mês com investimento de R$ 5,2 milhões. O empreendimento absorve a produção seringueira de 17 municípios e se destina a abastecer uma indústria de pneus, a Neotec, que fornece para o polo industrial de motos e bicicletas, onde operam 25 empresas. "Enfim a cadeia produtiva da borracha está fechada, desde a floresta até a capital", conta Valdelino Cavalcanti, presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável. "A expansão industrial puxará um novo modelo, baseado em alta tecnologia, baixo carbono e energia renovável", garante João Talocchi, coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas. O plano é fazer o inventário de emissões industriais para o estabelecimento de metas de corte. Esperam-se oportunidades com o mercado de carbono, na perspectiva de avanços no debate global sobre o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) - mecanismo de compensação financeira para conservação da floresta. "Não queremos ser vistos com o santuário; se o mundo pede a manutenção dos ambientes naturais, que pague por isso", afirma Nádia Ferreira, secretária de Meio Ambiente. Amazônia - Conhecer o real papel da Amazônia para o controle climático é chave para o País definir sua posição nas negociações internacionais e defender a competitividade das empresas brasileiras. A região captura mais carbono do que emite? Em busca de respostas, cientistas brasileiros esquadrinham a mata para medições em pontos estratégicos e estão perto de chegar a resultados conclusivos. "Ao que tudo indica, a floresta tem sequestrado da atmosfera em média uma tonelada de carbono por hectare ao ano, o que, extrapolando para toda a Bacia Amazônica, significa 300 milhões de toneladas, superior às emissões totais brasileiras, de 250 milhões", revela o pesquisador Niro Higuchi, do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O primeiro passo dos cientistas foi desenvolver um método preciso para saber quanto cada árvore acumula de carbono com base no diâmetro do tronco. Em seguida, a floresta no Estado do Amazonas foi dividida em parcelas com tamanho equivalente a um quarto de um campo de futebol, onde foram analisadas as árvores com mais de dez centímetros de diâmetro. O modelo é agora ampliado para os estoques de carbono de toda a Região Amazônica, mediante rastreamento com imagens de radar que identificam em detalhes a cobertura florestal. "Como oportunidade de negócio e item de valor para a remuneração de quem conserva a natureza e seus serviços ambientais, o carbono precisa de medição específica e confiável, dentro de padrões aceitos internacionalmente", explica Higuchi. Em paralelo, a pesquisadora Luciana Gatti, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, coordena operações que rastreiam a Amazônia com sobrevoos que medem a concentração e o fluxo de carbono no ar, entre 300 metros e 4,5 km da superfície da floresta. O objetivo é medir o dióxido de carbono, metano e outros gases, emitidos principalmente por desmatamento e queimadas. "Já sabemos que o lado Oeste da Amazônia absorve mais carbono do que emite, porque o crescimento florestal é maior", diz Gatti, adiantando resultados que estarão em breve em publicação científica. "Já não é verdade a tese normalmente aceita de que a floresta adulta é neutra na tarefa de capturar e emitir carbono". Fonte: jornaldaciencia.org.br

28.11.11

Temperatura mundial pode subir até 6 graus, alerta OCDE

Até o final deste século, a temperatura global pode sofrer um aumento entre 3 e 6 graus centígrados se for mantida a tendência atual, alerta a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) nesta quinta-feira. Mas ainda há tempo para que esse cenário com graves consequências seja evitado com um custo de ação limitado Esse é o principal conteúdo de um relatório sobre a mudança climática divulgado pela OCDE às vésperas da conferência de Durban, que começa na próxima segunda-feira (28) em Durban, na África do Sul. A organização pede aos governos que se engajem em torno de um acordo internacional. "Os custos econômicos e as consequências ambientais da ausência de ação política na mudança climática são significativas", advertiu o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría, durante a apresentação do estudo. Concretamente, as medidas para modificar, sobretudo, o panorama energético que se espera para 2050 e a redução das emissões de efeito estufa em 70% custariam 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) --um número que os autores do relatório relativizaram em entrevista à imprensa, ao ressaltarem que significaria que o crescimento da economia mundial nos quatro próximos decênios seria de 3,3% ao ano, em vez de 3,5%, um corte de dois décimos. O relatório destacou que não alterar as políticas atuais geraria prejuízos ambientais que afetariam muito mais a economia. O relatório Stern de 2006 havia antecipado perdas permanentes do consumo por habitante superiores a 14%. A OCDE advertiu que, sem novas políticas de contenção das emissões de efeito estufa, as energias fósseis seguirão mantendo seu peso relativo atual, de 85% do total, o que conduziria a um volume de concentração na atmosfera de 685 partes de dióxido de carbono (CO2) ou equivalentes por milhão, muito longe das 450 que os cientistas consideram que permitiriam limitar o aquecimento climático global a dois graus centígrados. Para o órgão, um ponto relevante é estabelecer "um preço significativo" das emissões de CO2 para induzir à mudança tecnológica, mas também a fixação de metas de diminuição de emissões "claras, críveis e mais restritivas" com as quais "todos os grandes emissores, setores e países" precisarão se comprometer. Fonte: Folha de São Paulo

27.11.11

Rollemberg pede o diálogo para aprovação do novo Código Florestal

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) foi à tribuna do Plenário, na manhã desta sexta-feira (18), para defender o diálogo em torno da proposta do novo Código Florestal em tramitação no Senado (PLC 30/11). O parlamentar, que preside a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), disse que o relatório do projeto será votado na próxima quarta-feira (23) e deve ser um texto "bom para o Brasil". - Não será o meu código dos sonhos, mas deve ser um código equilibrado, que reflita a média da opinião dos parlamentares e que atenda às expectativas do povo brasileiro - disse. Para isso, o senador destacou a importância das audiências públicas realizadas pelo Senado com o intuito de ouvir a opinião de especialistas e da sociedade civil sobre o tema. - Nosso desafio é muito grande, pois temos que conciliar a preservação ambiental e o aumento da atividade econômica - destacou. Agenda Rodrigo Rollemberg afirmou já estar pensando numa agenda de discussão para depois do Código Florestal. Segundo ele, há temas preocupantes e estratégicos, que precisam ser debatidos pelo Brasil, como a segurança alimentar, a excessiva dependência de insumos importados (principalmente nitrogênio, fósforo e potássio), os mecanismos de incentivo à preservação ambiental e o investimento em tecnologia. - Segundo a Embrapa, nos últimos 30 anos, o aumento da área plantada no Brasil foi de 45,8%, entretanto o incremento da produção foi muito maior, graças à ciência e à tecnologia - exemplificou. Fonte: Da Redação / Agência Senado

26.11.11

Ecossistemas Brasileiros

A Amazônia: A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro. O Semi-árido (Caatinga) A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo. O Cerrado O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água. A Mata Atlântica A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias. O Pantanal Mato-Grossense O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado. Outras Formações Os Campos do Sul (Pampas) No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa. A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais) No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifolia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submontanas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento. Ecossistemas costeiros e insulares Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlântica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial.

25.11.11

Comissão do Senado conclui votação do Código Florestal

Senadores já haviam aprovado texto-base na última quarta-feira. Projeto segue para plenário e pode ser votado na próxima semana. A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado concluiu nesta quinta-feira (24) a votação do novo Código Florestal. A proposta será votada pelo plenário do Senado em regime de urgência na próxima semana e, caso seja aprovada, retorna à Câmara. Nesta quarta-feira (23), a comissão aprovou o texto-base do relatório apresentado pelo senador Jorge Viana (PT-AC), mas os 77 destaques (mudanças) apresentados pelos senadores foram apreciados somente nesta quinta. Em quase seis horas de discussão, Viana acolheu cinco destaques. As mudanças aprovadas se referem ao controle de incêndios e à proibição da regularização de atividades consolidadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) de proteção integral localizadas em imóveis inseridos nos limites de unidades de conservação criadas até a data de promulgação do novo Código Florestal. As APPs são locais como margens de rios, topos de morros e encostas considerados frágeis e que devem ter a vegetação original protegida. Em relação aos incêndios, fica determinado que "na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares, a autoridade competente pela fiscalização e autuação deverá comprovar o nexo de causalidade entre a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado". O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que apresentará, durante votação no plenário, uma emenda para tornar a aquicultura atividade de interesse social. O objetivo do senador é permitir atividades nos apicuns, que são parte dos manguezais onde existe expressiva produção de camarão, especialmente no Nordeste, e estão submetidos às regras das APPs. Ajustes Nesta quarta, Viana acatou uma série de emendas sugeridas por parlamentares da bancada ruralista. Com a nova redação, a conversão de multa para pequenos agricultores e donos de terras com até quatro módulos fiscais autuados por desmatamento até julho de 2008 passou a valer também para grandes agricultores. Outra mudança acatada por Viana foi permitir produção agrícola e pecuária em encostas entre 25 e 45 graus. O relator manteve o texto aprovado pela Câmara que determina a obrigação de recompor margens de rios em pelo menos 15 metros de mata ciliar para rios até 10 metros de largura, porém, estabeleceu que a obrigação, para propriedades com até quatro módulos fiscais, não poderá exceder 20% da área da propriedade. O texto-base do projeto de reforma do Código Florestal já foi aprovado pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Ciência e Tecnologia (CCT) e Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. Fonte: G1

24.11.11

Acordo entre governo e ruralistas leva à aprovação de texto-base do Código Florestal

Após cerca de cinco horas de debate, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (23) o texto base do substitutivo de Jorge Viana (PT-AC) do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011). A emenda que resultou do entendimento foi apresentada à CMA pelo senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e altera pelo menos onze artigos do substitutivo. Uma das principais mudanças trata das regras de recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APP) desmatadas de forma ilegal. O texto aprovado assegura a todas as propriedades rurais a manutenção de atividades em margens de rios, consolidadas até 2008, sendo obrigatória, para rios de até dez metros de largura, a recomposição de faixas de vegetação de no mínimo 15 metros, a contar do leito regular. Isso representa a metade do exigido para APPs em margem de rio. Para rios mais largos, a emenda estabelece que pequenas propriedades, com até quatro módulos fiscais, devem recompor faixas de matas correspondentes à metade da largura do rio, podendo variar de 30 metros a, no máximo, 100 metros. Essa recomposição obrigatória, ainda para pequena propriedade, não poderá exceder os percentuais definidos para áreas de reserva legal (20% da área da propriedade, exceto para a Amazônia, que tem regras variáveis). Para as propriedades maiores que quatro módulos fiscais que tenham áreas consolidadas nas margens de rios, a emenda estabelece que os conselhos estaduais de meio ambiente fixarão as dimensões mínimas obrigatórias de matas ciliares, também respeitando o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros. Multas A emenda acolhida também modifica parágrafo que autoriza o governo a implantar programa para conversão de multas decorrentes de desmatamentos feitos sem autorização ou licenciamento, até 22 de julho de 2008. A mudança visa ampliar os beneficiários de tal programa. No substitutivo, Jorge Viana previa que a conversão de multas poderia alcançar os agricultores familiares e donos de terras até quatro módulos fiscais autuados até 2008. Com a emenda, a conversão passa a alcançar todas as propriedades rurais, independentemente do tamanho, que desmataram até essa data sem autorização ou licenciamento. Encostas O relator também acolheu modificação no capítulo que trata das áreas de uso restrito. Inicialmente, o texto permitia apenas o manejo florestal sustentável em áreas de inclinação entre 25 e 45 graus. Com a mudança, também serão permitidas nessas áreas atividades agrossilvopastoris, bem como a manutenção de infraestrutura associada a essas atividades. Nascentes Também foi incluída no substitutivo regra permitindo a manutenção de atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e de turismo rural no entorno das nascentes e olhos d'água, sendo obrigatória, no entanto, a recomposição de vegetação em um raio mínimo de 30 metros. Debates O acordo entre o relator e representantes do governo e dos ruralistas o foi elogiado por diversos senadores, em especial aqueles envolvidos nas negociações, mas foi criticado duramente por parlamentares que o rejeitaram, como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Ele pediu vistas, mas teve o pedido rejeitado pelo presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Também participaram dos debates senadores como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Marinor Brito (PSOL-PA), que apesar de não integrarem a CMA, manifestaram oposição ao texto de Jorge Viana. Para a maioria dos senadores da CMA, o texto não é o ideal, mas "o acordo possível". Essa, inclusive, foi a posição assumida por Jorge Viana e Luiz Henrique logo no início da reunião. Eles se disseram confiantes de que a comissão encontraria "o equilíbrio entre as demandas dos representantes do agronegócio e os ambientalistas". - Acho que podemos chegar a um meio termo - declarou Luiz Henrique, que foi relator da matéria nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA). Para Jorge Viana, o novo Código Florestal, com as mudanças feitas no Senado, será um instrumento de consolidação do país como um grande produtor de alimentos e de proteção ao meio ambiente, pondo fim aos desmatamentos ilegais. - Ninguém produz bem sem ter o meio ambiente como aliado e o setor produtivo sabe disso - disse Jorge Viana. Fonte: Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

20.11.11

Árvores: Regulagem de nitrogênio contra psilídeos

Silvicultor deve combater a praga diminuindo a concentração do elemento durante pico populacional Muitas vezes de forma discreta, os psilídeos atacam as espécies florestais, sugando a seiva e diminuindo a produtividade da silvicultura. O manejo de psilídeos é relativamente recente no Brasil. A espécie mais preocupante surgiu no Brasil em 2003, o chamado psilídeo de concha. No entanto, já existem medidas de controle eficazes contra o problema. Uma delas é o uso de variedades resistentes, mas o monitoramento constante da floresta é essencial. Existe ainda o cuidado com a adubação. No caso dos psilídeos, quanto menos nitrogênio o silvicultor usar na época de pico populacional, menos a praga conseguirá se desenvolver. Segundo a Dra. Dalva Luiz de Queiroz, pesquisadora na área de entomologia da Embrapa Florestas, de maneira simplificada, os psilídeos são insetos saltadores, sugadores de plantas, muito pequenos e parecidos com minúsculas cigarrinhas. O comprimento médio deles é de, aproximadamente, 2mm. Eles sugam a seiva das plantas, deixando-as fracas e sem energia para crescer e desenvolver. Alguns deles podem transmitir viroses ou injetar substâncias tóxicas que causam deformações. Eles também produzem grande quantidade de excrementos que se acumulam sobre as folhas, servindo de substrato para o crescimento de fungos. Esses fungos, mais conhecidos como fumaginas, crescem, se espalham sobre as folhas e as cobrem. Com isso, a planta não consegue realizar a fotossíntese — explica a pesquisadora. Como exemplo, ela cita o psilídeo de concha, que constrói uma capa protetora parecida com uma mini concha branca. Já os psilídeos das ponteiras, são muito pequenos e exigem bastante cuidado, principalmente em relação às brotações novas. Em caso de altas populações, ele pode causar vários danos às plantas, diminuindo a produtividade da floresta. Os psilídeos são muito específicos com relação aos hospedeiros, ou seja, uma espécie de psilídeo ataca apenas uma espécie de planta ou plantas do mesmo gênero. Hoje, existem algumas técnicas de controle. No entanto, a mais importante delas é o manejo integrado — afirma a entrevistada. Para ela, o produtor deve sempre pensar se realmente precisa fazer o controle. Nesse caso, quando as medidas de controle são necessárias, existem três diferentes tipos de cenários. Em primeiro lugar, o produtor deve escolher variedades resistentes à praga antes de plantar a floresta. Já em segundo lugar, caso o produtor tenha plantado, é necessário que ele faça um monitoramento para detectar a praga antes que ela cause grande prejuízo — orienta Dalva. A terceira situação, ainda segundo a pesquisadora, leva em consideração a presença da praga na floresta. Nesse caso, é preciso que o silvicultor tome providências. Para isso, ele deve verificar o nível da infestação, se existem inimigos naturais e quais são as condições ambientais do local, já que os psilídeos não gostam de chuva. Em último caso, entra-se com o controle químico. A época da adubação também influencia no ataque. Isso porque os psilídeos precisam de bastante nitrogênio para se desenvolver. Então, o produtor não deve fazer uma adubação nitrogenada pesada na época de pico populacional, ou seja, no período de inverno — orienta. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Florestas através do número (41) 3675-5600. Fonte: portaldoagronegocio.com.br

18.11.11

Estudo alerta para o baixo crescimento da oferta de florestas plantadas: Até 2020 o déficit de área de florestas plantadas será da ordem de 2,3 milhões de hectares

Um setor cujo valor bruto da produção alcança quase R$ 52 bilhões - o equivalente a 17% da produção agrícola brasileira, a silvicultura tem se transformado em uma economia de mercado no País. Vem recebendo investimentos expressivos e apresenta potencial agressivo de crescimento, tanto em função da demanda do setor de celulose e papel, quanto dos segmentos de painéis reconstituídos, biomassa e carvão. Um setor cujo valor bruto da produção alcança quase R$ 52 bilhões - o equivalente a 17% da produção agrícola brasileira, a silvicultura tem se transformado em uma economia de mercado no País. Vem recebendo investimentos expressivos e apresenta potencial agressivo de crescimento, tanto em função da demanda do setor de celulose e papel, quanto dos segmentos de painéis reconstituídos, biomassa e carvão. Contudo, o ritmo de crescimento da produção florestal não deverá ser suficiente para atender a demanda, destacadamente da parte da indústria de celulose e papel. O alerta foi feito por Jefferson Bueno Mendes, presidente da Pöyry Silviconsult, maior empresa de consultoria especializada em negócios florestais. Trabalhando em conjunto com todos os players do setor florestal brasileiro, com soluções nas áreas de gestão florestal, posicionamento socioambiental e inteligência de mercado, a Pöyry Silviconsult apresentou um estudo aos executivos do setor comparando a evolução da oferta de madeira proveniente de florestas plantadas com as projeções de crescimento da demanda das indústrias de base florestal. Em síntese, para atender o crescimento previsto das indústrias de papel e celulose, painéis reconstituídos, biomassa, carvão, madeira serrada e laminados, o estudo aponta para um déficit mínimo da ordem de 1,3 milhão de hectares plantados até 2020. Especificamente em relação ao setor de papel e celulose, espera-se uma produção adicional da ordem de aproximadamente 10 milhões de toneladas de celulose, volume inclusive inferior aos projetos já anunciados, que somam 17 milhões de toneladas/ano de celulose até 2020. Caso todos os projetos sejam implantados, o déficit de área plantada será da ordem de 2,3 milhões de hectares. "Hoje há um risco de uma dissociação regional entre oferta e demanda, ou seja, um descompasso entre a previsão de plantio de florestas e os projetos industriais em andamento e já anunciados, além da demanda prevista em outros setores", destacou Jefferson Bueno Mendes. Ele lembrou que a indústria de celulose é responsável por absorver 37,5% da produção de madeira, mas outros setores estão em expansão. A demanda por painéis reconstituídos, por exemplo, cresce aproximadamente 10% ao ano e até 2017 deverá ampliar sua capacidade de produção em 3,8 milhões de toneladas, inclusive substituindo em parte os produtos serrados e compensados, cujo consumo vem acompanhando apenas a evolução do PIB. Já a biomassa florestal -- um mercado emergente no Brasil e no exterior, e que desponta com grande potencial como fonte de energia renovável -- também deverá ampliar a demanda por madeira proveniente de florestas plantadas, crescendo no mínimo 3,5% ao ano. Há ainda o segmento de carvão, que atualmente absorve 10% da madeira produzida. Embora seja ainda um mercado em estruturação, a tendência também é de consumo crescente, aproximadamente 6% ao ano até 2020. "Para dar sustentação ao seu próprio crescimento acelerado, a agroindústria tem uma demanda cada vez maior", lembrou o presidente da Pöyry Silviconsult, ao ressaltar a necessidade de expansão das florestas plantadas. As regiões que concentram atualmente os ativos florestais não têm capacidade expressiva de ampliação da área plantada -- caso das regiões Sul e Sudeste, que representam 75% da produção florestal. Para compensar esse problema, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste começam a despontar como alternativas. Há, portanto, diversas oportunidades de mercado, não só no contexto nacional, mas também no internacional, com a Europa migrando cada vez mais para uma energia verde. Em contrapartida, questões como o novo projeto de lei que restringe a compra de terras por estrangeiros, podem impactar este mercado. O presidente do Grupo Pöyry, Marcelo Cordaro, observa que é necessário não só ampliar a produção florestal, mas também promover a gestão da produtividade. "Quando se observa a curva de custos, constata-se que não dá mais para contar apenas com a vantagem natural brasileira", complementou Cordaro. ASSOCIAÇÃO DE SUCESSO A Pöyry Silviconsult é resultado da associação do Grupo Pöyry - multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia - e da Silviconsult, segunda maior empresa brasileira de consultoria para empresas de base florestal do Brasil, sediada em Curitiba, no Paraná. Há 21 anos no mercado, e contando com uma equipe de especialistas com larga experiência na iniciativa privada, a empresa oferece soluções sustentáveis para negócios florestais, gestão socioambiental e inteligência de mercado. Juntamente com a Pöyry Tecnologia, oferece soluções globais e sustentáveis para toda a cadeia produtiva do setor florestal. Fonte: www.silviconsult.com.br

17.11.11

Relatório do Código Florestal será lido na CMA na segunda e votado na quarta

Prevista inicialmente para esta quinta-feira (17), a leitura do relatório de Jorge Viana (PT-AC) sobre o novo Código Florestal , na Comissão de Meio Ambiente (CMA), foi transferida para a próxima segunda-feira (21), com a votação do texto confirmada para quarta-feira (23). O adiamento foi motivado pela falta de tempo para exame das 62 emendas apresentadas ao projeto e pela dificuldade de entendimento sobre os aspectos polêmicos do texto, deixados para análise na CMA, última comissão antes do Plenário. - A Comissão de Meio Ambiente recebeu esse material [o substitutivo do PLC 30/2011] só na sexta-feira. Tivemos um feriado no início desta semana e ficou mais difícil para o relator conversar com os diversos senadores sobre as mudanças que estão sendo feitas por entendimento - explicou Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da CMA. No mesmo sentido, Jorge Viana argumentou que a reforma do Código Florestal "não é um tema fácil" e deve ser "uma decisão do país". Ao pedir o adiamento da leitura do relatório, ele disse querer evitar a apresentação de um texto que contenha "surpresas" sobre aspectos polêmicos. - Conter um ou outro ponto novo, tudo bem. Mas naqueles pontos que geraram polêmica, não pode ter surpresa, nem para quem pensa de um jeito e nem para quem pensa de outro. O tempo que precisamos agora é para aperfeiçoar o texto e para buscar o entendimento - reforçou o relator. Questões Polêmicas Entre as questões polêmicas, estão os critérios para recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs). Na opinião de Rollemberg, esse é o ponto mais complexo do código, "em função da diversidade de biomas e do processo histórico de ocupação [do território brasileiro]". Como o projeto voltará à Câmara, mudanças nesse e em outros aspectos divergentes do texto estão sendo negociadas também com os deputados. E em decorrência da prerrogativa de veto da Presidência de República, Jorge Viana também tem mantido conversas com representantes do governo federal. Conforme relatou, o último encontro foi realizado na quarta-feira (16) com os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Fonte: Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

16.11.11

Tempo para patente verde deve cair

NPI, órgão que concede o registro, quer reduzir prazo de aprovação de oito para dois anos. Há 154 mil pedidos na fila sob avaliação de 273 técnicos.
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por examinar os pedidos de patentes no Brasil, quer reduzir de oito para dois anos o período de aprovação das patentes verdes no País, relacionadas a energia solar e eólica, bioetanol, biodiesel e assim por diante. O programa-piloto deve durar um ano e começará na Rio+20, encontro que reunirá quase 200 países no Brasil em junho do próximo ano para tratar de desenvolvimento sustentável. Dependendo da procura, pode ser prorrogado por mais um ano. De acordo com Patrícia Carvalho dos Reis, gerente do Projeto Patentes Verdes e examinadora do INPI, países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Coreia e Japão dão prioridade para as invenções sustentáveis. Segundo ela, na Grã-Bretanha, a decisão sobre uma patente verde leva nove meses. Na Coreia, quatro. "Eles separam as patentes com enfoque sustentável, que ajudam a reduzir ou mitigar problemas ambientais, e elas vão para uma via expressa", conta. Para ela, é importante "colocar mais rápido essas tecnologias no mercado, torná-las disponíveis para a sociedade". "São invenções maravilhosas que ficam guardadas", ressalta. São feitos cerca de 500 depósitos de patentes verdes por ano no Brasil. Os inventores e as empresas perdem com a demora porque a propriedade intelectual tem duração de 20 anos, a partir do depósito da patente. Assim, se a aprovação ocorre em 8 anos, só restam 12 anos para explorar comercialmente a invenção. Depois disso, a tecnologia cai em domínio público. "A morosidade afeta a rentabilidade. E, em muitos casos, quando a patente é aprovada, a tecnologia já ficou ultrapassada", diz o advogado Marcello do Nascimento. Ele integra o escritório de advocacia David do Nascimento, que presta assessoria na área de propriedade intelectual. Um dos motivos para a demora é o baixo número de examinadores. O País conta com 273 pessoas para a função. Como são 154 mil pedidos que aguardam exame (em todas as áreas, não apenas na de sustentabilidade), é como se cada examinador tivesse de dar conta de 564 processos. Patrícia, por exemplo, neste momento analisa pedidos de 2004. Como comparação, na Europa existem 4.951 examinadores e 315,2 mil pedidos esperando análise - o que dá uma média de 63,6 pedidos por pessoa. Lá, a aprovação da patente leva quatro ano se meio. Nos EUA, a espera é de um ano a menos que na Europa. Existem 5.477 examinadores no escritório americano. Evolução - Dados do INPI mostram que os pedidos de patentes verdes no País feitos por autores brasileiros entre 2001 e 2010 têm crescido. Para o pesquisador em produção intelectual Eduardo Winter, coordenador do programa de pós-graduação do INPI, isso mostra que a cultura do inventor brasileiro está mudando e ele está mais consciente da importância de proteger o que cria. "Produzimos mais do que protegemos. A proteção era e ainda é subutilizada no País. Mas tem havido um aumento da conscientização", opina. Já os depósitos de patentes verdes feitos por inventores estrangeiros no Brasil vão no sentido inverso. Em geral, eles tiveram ápice no período de 2004 a 2006 e, desde então, estão em queda. A exceção é no setor do bioetanol, que em 2010 voltou a ter um aumento de pedidos - foram 47 no ano passado contra 49 de 2006. Para Winter, a queda pode ter vários motivos. Ele avalia que as empresas estrangeiras podem ter perdido o interesse no mercado consumidor brasileiro ou consideram que o Brasil não tem capacidade tecnológica para reproduzir a tecnologia e, portanto, não oferece risco. "Nesse caso, poderão continuar vendendo tecnologia para o Brasil." Foco - A concentração de pedidos entre 2004 e 2006 reflete a fase de grande preocupação ambiental. Foi em 2005 que entrou em vigor o Protocolo de Kyoto, que obriga os países industrializados a cortar as emissões de gases-estufa, que provocam o aquecimento global. Para atingir as metas, os países precisaram buscar tecnologia mais limpa. Fonte: O Estado de São Paulo
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