28.2.11

Papel reciclado poderá ter isenção de tributos


Está em discussão na Câmara o Projeto de Lei 10/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que concede isenção do PIS/Pasep, da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de papel reciclado.


Está em discussão na Câmara o Projeto de Lei 10/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que concede isenção do PIS/Pasep, da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de papel reciclado.
Segundo o deputado Weliton Prado (PT-MG), o objetivo é incentivar o uso do produto reciclado para diminuir os impactos da indústria de papel e celulose, que "possui um processo produtivo bastante agressivo à natureza". O deputado lembra que, durante a elaboração do papel, são lançadas no meio ambiente toneladas de resíduos, como dióxido de enxofre, e é consumida uma grande quantidade de água.
A proposta ainda permite o aproveitamento do crédito do IPI para abater débitos de outros impostos federais na venda de papel reciclado e também na utilização do produto como insumo, material de consumo ou embalagem.
Segundo o texto, esse benefício também valerá para catadores de papel e cooperativas de reciclagem. "Buscamos evitar que a legislação tributária privilegie empresas mercantis em detrimento dos cidadãos que ganham a vida coletando material reciclado", afirmou o deputado.Está em discussão na Câmara o Projeto de Lei 10/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que concede isenção do PIS/Pasep, da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de papel reciclado.
Segundo o deputado Weliton Prado (PT-MG), o objetivo é incentivar o uso do produto reciclado para diminuir os impactos da indústria de papel e celulose, que "possui um processo produtivo bastante agressivo à natureza". O deputado lembra que, durante a elaboração do papel, são lançadas no meio ambiente toneladas de resíduos, como dióxido de enxofre, e é consumida uma grande quantidade de água.
A proposta ainda permite o aproveitamento do crédito do IPI para abater débitos de outros impostos federais na venda de papel reciclado e também na utilização do produto como insumo, material de consumo ou embalagem.
Segundo o texto, esse benefício também valerá para catadores de papel e cooperativas de reciclagem. "Buscamos evitar que a legislação tributária privilegie empresas mercantis em detrimento dos cidadãos que ganham a vida coletando material reciclado", afirmou o deputado.


Fonte: Agência Câmara de Notícias/Adaptado por Celulose Online


27.2.11

Cesan desenvolve adubo com resíduo de esgoto


Empresa de saneamento do Espírito Santo investiu R$ 2 milhões na construção da unidade de gerenciamento do lodo.


Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelas companhias de saneamento básico é definir a melhor forma de descartar os resíduos remanescentes do tratamento de esgoto.
A Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), por exemplo, deposita o lodo gerado nas estações de tratamento (ETE) em aterros sanitários. O problema aparece quando o local chega ao seu limite de capacidade, o que força a empresa a buscar lugares mais distantes e, consequentemente, mais caros.
Essa é uma das razões que justificam o interesse da Cesan em pesquisar as propriedades e os possíveis usos das 350 toneladas de lodo que são produzidas mensalmente, no Espírito Santo. Outro motivo é o aumento expressivo da produção de resíduos previsto para os próximos anos.
De acordo com projeções da própria companhia, em 2035, serão descartadas 4,8 mil toneladas do material por mês.
Segundo Maria de Fátima de Lima, analista de sistemas de saneamento da Cesan, os estudos, que custaram aos cofres da companhia e do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) R$ 850 mil, apontaram o tratamento dos resíduos e a sua transformação em fertilizantes como a melhor solução para o problema. Para isso, foi criada a Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL), que custou à Cesan R$ 2 milhões.
Quando a UGL entrar em operação, em maio, o lodo será bombeado da ETE até uma máquina que fará a mistura dos resíduos com cal. "Assim que sai da estação, o lodo está contaminado por causa do esgoto. Mas, com a adição da cal, o material é neutralizado e se transforma em um biossólido, que é um composto rico em matéria orgânica", explica Maria de Fátima.
"Por isso, ele tem se mostrado um adubo até melhor do que diversos fertilizantes industrializados, no que diz respeito à produtividade", completa. De acordo com a analista, os testes foram feitos com plantações de frutas, como goiabeira e bananeira, e espécies florestais, como seringueira e eucalipto.
Para dar um empurrãozinho no novo produto, um dos incentivos é o preço - que deve ser até um terço mais baixo do que o de fertilizantes industrializados.
"Outro benefício é que o adubo fornece nutrientes para as plantas e corrige as condições do solo sem precisar retirar recursos da natureza, como o fósforo, que está cada vez mais escasso", afirma. Com a venda do produto, a expectativa da companhia é produzir uma receita de R$ 29 milhões, dentro dos próximos 20 a 25 anos.
Os sistemas de produção agrícola que utilizam biossólido apresentam, de quebra, mais um benefício para o meio ambiente. Em vez de o lodo ser depositado em aterros (podendo até contaminar o solo), ele ajuda no plantio de árvores, que absorvem gás carbônico durante o processo de fotossíntese, e consequentemente balanceiam a equação do efeito estufa gerado no planeta.
Mapa do plantio
Os testes com o biossólido foram feitos nas regiões Norte, Sul e serrana do estado para avaliar as reações do solo em cada uma dessas localidades. Apesar da boa receptividade, nem todos os locais poderão ser adubados com o material, devido a restrições ambientais.
"Mas elaboramos um banco de dados com as áreas potenciais, e vamos visitar todas elas."


Fonte: Brasil Econômico


23.2.11

Látex da seringueira pode ser usado na produção de gel antirrugas


O ciclo da borracha constituiu uma fase importante da história econômica e social do Brasil, e em especial da Amazônia.


Atualmente, com o líquido extraído da seringueira são fabricados calçados, roupas e preservativos. Agora, um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificou que uma proteína extraída da seringueira promete eliminar os sinais indesejáveis na pele causados pelo tempo. Duas fabricantes de cosméticos do Brasil já sinalizaram que vão produzir um gel antirrugas a partir da proteína analisada.  
Ouça a reportagem completa aqui.


Fonte: Edilene Mafra e Orestes Litaiff – Rádio com Ciência/FAPEAM


22.2.11

USP produz etanol de casca de eucalipto


Uma nova pesquisa da USP de Piracicaba apontou a viabilidade daprodução de etanol a partir das cascas de eucalipto descartadas pelas fábricas de papel e celulose.


Os experimentos do químico Juliano Bragatto demonstraram que uma tonelada de resíduo gera 200 kg de açúcares, que, por sua vez, produzem cem litros de etanol.

O químico afirmou que a indústria de papel e celulose quase não aproveita as cascas -5 milhões de toneladas por ano.

O processo de produção é semelhante ao da cana-de-açúcar, com vantagens. "O eucalipto pode entrar em áreas inviáveis para produção da cana", diz Sérgio Torquato, pesquisador do IEA (Instituto de Economia Agrícola).


Fonte: Folha de São Paulo

21.2.11

Lucro da Fibria é quase cinco vezes maior no 4º trimestre


O maior preço da celulose em reais, o melhor resultado financeiro e o efeito da adoção das normas internacionais de contabilidade elevaram o lucro líquido da Fibria em 369% no quarto trimestre.


Entre outubro e dezembro de 2010, o ganho da companhia foi de R$ 162 milhões, contra R$ 35 milhões apurado em igual época do ano anterior.
Apesar desse resultado, o lucro líquido anual recuou 77%, para R$ 603 milhões.
A receita líquida somou R$ 1,769 bilhão no trimestre e R$ 7,050 bilhões no ano, caracterizando um aumento de 4% e 18%, respectivamente.
No quarto trimestre, a produção de ceulose caiu 1% em relação ao mesmo período de 2009, para 1,375 milhão de toneladas, devido à ausência da Unidade Guaíba.
As vendas de celulose totalizaram 1,291 milhão de toneladas entre outubro e dezembro, valor 12% inferior ao observado um ano antes. Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 8% nas vendas em virtude da retomdada da demanda da Ásia.  
No segmento de papel, a produção declinou 12% no trimestre, para 77 mil toneladas. Já as vendas diminuíram 9%, para 101 mil toneladas.
A geração operacional de caixa (Ebitda) ajustada foi de R$ 665 milhões no quarto trimestre, aumento de 32% frente ao último trimestre de 2009, devido ao avanço de 20% no preço médio líquido de celulose em reais.
No ano, a geração operacional de caixa foi 62% maior, totalizando R$ 2,749 bilhões.
Em seu demonstrativo financeiro, a Fibria explicou ainda que os recursos da venda dos ativos de Conpacel e KSR (R$ 1,5 bilhão) contribuirão para redução da sua dívida líquida, que ficou em R$ 9,9 bilhões em 2010, valor 11% menor ao verificado no ano anterior.
"A dívida vem sendo paga conforme cronograma estabelecido. Em 3 de janeiro foi realizado o pagamento de R$ 856 milhões. A última parcela, em 5 de julho deste ano, será de R$ 600 milhões", esclareceu João Elek, diretor financeiro e de relações com investidores da Fibria, em teleconferência com a imprensa. 
Investimentos 
Para 2011, a Fibria planeja investir cerca de R$ 1,6 bilhão. Deste total, R$ 1,1 bilhão será alocado na manutenção da operação, dos quais R$ 670 milhões serão investidos na renovação florestal.
"Os investimentos em expansão compreendem principalmente o desenvolvimento da base florestal para viabilização da expansão da Unidade Três Lagoas", apontou a companhia.
Dividendos
A companhia vai realizar Assembleia Geral Ordinária (AGO), em 28 de abril, para avaliar a proposta de pagamento de dividendos referentes ao exercício de 2010 e 2009, no valor total de R$ 264 milhões.


Fonte: Brasil Econômico


20.2.11

Perspectiva dos Negócios Florestais em 2011


A conjuntura deste mês de fevereiro de 2011, do Centro de Inteligência em Florestas, além de trazer os acontecimentos recentes para os principais segmentos florestais, destaca as perpectivas dos negócios florestais em 2011.


Num panorama econômico globalizado, os efeitos de mudanças sociais, políticas, culturais e tecnológicas refletem-se nas economias regionais de cada continente. A nova ordem econômica que se tem configurado nos últimos anos reposiciona países emergentes entre as nações mais desenvolvidas do planeta e sugere novos arranjos institucionais, políticos, culturais e comerciais entre esses, delineando novos rumos para os negócios em intensidade e formatos diferentes, tornando-os mais complexos e mais desafiadores. Para o Brasil, as mudanças globais e internas têm sido bem vindas e as perspectivas são de bons negócios e investimentos para vários setores, incluindo o florestal.
O ano de 2010 terminou com um retrato positivo do setor industrial brasileiro, com crescimento de 10,5% - o maior desde 1986. Apesar das dificuldades com o câmbio, conseqüentemente com a exportação, e a evidência de que o país ainda é falho em mão-de-obra especializada, os números apontam que o fantasma da crise mundial ficou lá em 2009.
Mesmo embora as previsões para 2011 mostrarem que os números de crescimento deste ano serão menores que os de 2010, especialistas afirmam que não há motivo para preocupações. O boom econômico do ano passado foi decisivo para equilibrar a economia, e a partir de agora, o país começa a se estabilizar. Com crescimento do PIB de 7,5% em 2010, o ministro da fazenda, Guido Mantega, estima que em 2011 o valor fique em torno de 4,6%.
Neste cenário promissor para a economia brasileira e para o setor florestal de modo geral, a conjuntura do Centro de Inteligência em Florestas, deste mês de fevereiro, analisa as perspectivas para os principais segmentos do setor florestal brasileiro no ano de 2011.
Para ler o texto completo, clique aqui.


Fonte: CIFlorestas


19.2.11

Cientistas reagem à flexibilização do Código Florestal


Para estudiosos, mudanças comprometem futuro das florestas do país.


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência(SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram, na última semana, um resumo de um estudo que deve provar cientificamente que as mudanças no Código Florestal, propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), comprometem o futuro das florestas do país.
O texto foi reproduzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). 
Entre outros pontos, os cientistas discordam da redução daÁrea de Preservação Permanente (APPs) na margem de rios, da possibilidade de regularizar plantios em topos de morros e da recomposição de áreas de reserva legal com espécies exóticas. 

No estudo, que deve ser divulgado na íntegra nas próximas semanas, os cientistas argumentam que a área utilizada pela agropecuária no país pode ter a produtividade maximizada com investimentos em pesquisa e tecnologia, sem novos desmatamentos, e que é preciso compensar as perdas ambientais provocadas pela produção insustentável. 

Com o documento, a SBPC e a ABC pretendem ampliar a discussão sobre as mudanças no Código Florestal e protelar a votação do texto, que deve ser adiada. A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), disse que há risco de inflação no preço dos alimentos se houver mudanças na lei florestal. Segundo a CNA, se não houver flexibilização no Código Florestal, os agricultores com irregularidades ambientais não terão acesso a crédito e a produção vai diminuir.


Fonte: Agência Brasil


16.2.11

BNDES anuncia investimentos em manejo florestal


O primeiro aporte no setor de florestas nativas da história do BNDES reúne elementos para inaugurar uma nova frente de investimentos no mercado de capitais – até então inexplorada, vale dizer, no país que possui a maior mata tropical do mundo.


O Brasil explora bem o setor de florestas plantadas, homogêneas e fornecedoras de madeira bem conhecidas com larga escala, mas não ainda a heterogeneidade e as peculiaridades de uma mata biodiversa.

Aproveitando os holofotes ligados durante a COP 16 em Cancún, o braço de participações BNDESpar anunciou oficialmente, a compra de 13,3% do capital da Amata – empresa voltado ao manejo sustentável de madeira nativa, que obteve concessão pública para explorar a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia.

Para Dario Guarita Neto, um dos sócios-fundadores e gestores da Amata, a boa notícia se deve à sincronia inédita de três elementos: o apetite por investimentos de maior risco, dada a baixa taxa de retorno dos títulos públicos; a pressão crescente de cotistas e pensionistas de fundos por investimentos mais “sustentáveis”; e a maior clareza do marco regulatório para exploração florestal no Brasil. Até pouco tempo atrás, era impensável encarar o risco institucional das chamadas “áreas de fronteira”, como a Amazônia.

Também entraram no negócio os fundos de private equity Brasil Agronegócio (gerido pela BRZ Investimentos), Brasil Sustentabilidade (cogerido pela BRZ e Latour Capital) e o alemão Aquila. Como o BNDES participa do Brasil Sustentabilidade, a fatia total do banco na Amata não se resume aos 13,3% via BNDESpar, mas nem mesmo a empresa soube dizer quanto somam os percentuais de participação indireta.

De toda forma, a operação foi desenhada para que nenhum dos acionistas fosse majoritário, em uma opção clara por um tipo de governança que prevê a gestão compartilhada – conforme explica Roberto Waack, também sócio-fundador e gestor da Amata. Aos gestores se resguardou o poder de veto, a fim de que as propostas originais do projeto sejam mantidas.

No Jamari, a Amata começará explorando 30 espécies diferentes de árvores, por meio de um manejo certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC), conselho que é mundialmente presidido por Waack. Ao longo do tempo, os investidores deverão desembolsar R$ 200 milhões, que serão acessados à medida que a operação do negócio for obtendo sucesso.

O desempenho da Amata certamente será acompanhado de perto pela comunidade investidora, interessada em conhecer riscos e oportunidades de uma atividade pioneira. Se der certo, a operação terá desbravado a mata densa, abrindo uma trilha para a economia verde dar passos mais largos no Brasil.


Fonte: Página 22 citado por Painel Florestal


15.2.11

Pagamento pelos serviços ambientais no ES


O Espírito Santo está investindo em projetos governamentais que valorizam financeiramente as propriedades rurais que mantêm as florestas naturais e recuperam as áreas degradadas.


Nessa linha, o Governo do Estado criou em 2008 o programa “Produtores de Água”, gerenciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, já tendo contemplado 160 produtores rurais, numa área de 1.877ha de florestas naturais nas bacias dos rios Beneventes, Guandú e São José. Existe também, em fase inicial, projeto que irá desenvolver esse mesmo mecanismo para as bacias dos rios Jucú e Santa Maria da Vitória.

No intuito de conhecer o país com uma das maiores experiências em pagamento por serviços ambientais (PSA), e que tem sido exemplo para o mundo, uma missão capixaba foi a Costa Rica, país da América Central que possui dimensão territorial, número de habitantes e predominância de agricultura familiar semelhante ao estado do Espírito Santo. Costa Rica adquiriu fama de país conservacionista por ter conseguido reverter a situação do desmatamento acelerado e indiscriminado e ter aumentado a cobertura florestal natural em cerca de 26% nos últimos 20 anos. Hoje, o país possui mais da metade de seu território florestado e é uma das maiores biodiversidade do mundo. Sem dúvida o PSA foi o grande estímulo para esse incremento florestal. E o mais interessante é que este ecomercado, além de remunerar o produtor rural pela área protegida, tem gerado renda para toda a sociedade. 

Praticamente 25% das áreas protegidas estão em parques florestais, com excelente infraestrutura para a visitação, e recebem cerca de um milhão de turistas por ano. Além disso, várias empresas farmacológicas, de biopesticidas e cosméticos, por exemplo, utilizam a floresta de forma sustentável e pagam royalties ao país. Assim, “os olhos do mundo” se voltaram para este país que recebe verba de diversas instituições estrangeiras.
Lá o PSA, além de remunerar o produtor pela manutenção e recuperação de florestas naturais também remunera, em alguns casos, pelo plantio de árvores florestais com fins econômicos em monocultivo ou em cultivo consorciado, quando atendido alguns requisitos ambientais. Cerca de 70% do café, principal atividade agrícola, é consorciado com árvores. 

Os costa-riquenhos consideram legalmente que o cultivo de florestas para os diversos fins protegem o solo e a água que é usada no consumo humano, irrigação e produção de energia, além de capturar carbono e reduzir o efeito estufa. Lá, a condução das políticas públicas de conservação e recuperação florestal ocorre sob uma visão menos focada no aspecto punitivo, priorizando os mecanismos de incentivos aos agricultores.

Desta forma, acredito que a experiência obtida em Costa Rica pode ser muito útil no aperfeiçoamento e avanços das ações estaduais de pagamento de serviços ambientais com o objetivo de ampliar a cobertura florestal e adequar ambientalmente às propriedades rurais, mas nunca esquecendo que isso só vai acontecer se for economicamente sustentável e quem sabe no futuro poderemos nos transformar num Estado referência mundial na conservação ambiental rural.


Fonte: Gilmar Gusmão Dadalto citado por Painel Florestal


13.2.11

Seringal é ecologicamente viável


Além de todas as vantagens financeiras da heveicultura, o plantio das seringueiras é ecologicamente correto, trazendo diversos benefícios à área de cultivo.


A floresta desta árvore auxilia na proteção de mananciais, melhora as propriedades do solo, prevenindo erosões, e auxilia a fauna e flora no local.

Além disso, o seringal pode ser incluído no Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que dispõe linha de crédito de R$ 2 bilhões e permite, por exemplo, que o recurso seja direcionado ao plantio e à manutenção de florestas comerciais. O dinheiro também pode ser utilizado na adoção do sistema lavoura-pecuária-floresta, com juros de 5,5% ao ano.

Paulo Rezende, técnico agrícola do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), afirma em reportagem publicada pela Folha de Londrina que não há grandes dificuldades técnicas que possam trazer problemas ao pequeno produtor no cultivo dessas árvores. Não é difícil aprender. Inclusive, o Iapar já deu alguns cursos especifícos sobre o assunto, em temas que envolvem o plantio, enxertia, condições do seringal e controle de pragas e doenças, complementa Rezende. 


Fonte: Folha de Londrina citado por Globorr


12.2.11

Metas para a Mata Atlântica: pouco foi cumprido


WF-Brasil e a Reserva da Bioesfera da Mata Atlântica divulgaram, hoje, diagnóstico das metas de preservação do bioma que deveriam ser cumpridas até 2010. Pouco foi feito e o novo desafio é conservar 17% do território na próxima década. As mudanças propostas para o Código Florestal são a maior ameaça.


Ao mesmo em que tem alta diversidade biológica própria, a Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do mundo.  Com apenas 11% restante de sua cobertura vegetal original, a vegetação hoje está distribuída de forma bem fragmentada em municípios urbanizados onde vive mais da metade da população brasileira e nos quais as atividades econômicas respondem por mais de 60% do PIB nacional.  Diante deste cenário, sua total preservação mostra-se necessária e urgente.
No entanto, o cumprimento das metas para a preservação da Mata Atlântica, estabelecidas pelo país em 2006 para o ano de 2010, dentro de um pacote que engloba todos os biomas nacionais, está longe de ser satisfatório.  Um relatório divulgado hoje pelo WWF-Brasil*, feito em parceria com a Reserva da Bioesfera da Mata Atlântica*, aponta que apenas duas das 51 metas nacionais para a proteção da floresta chegaram perto de serem cumpridas.  Elas se referem ao aumento da produção de conhecimento sobre a biodiversidade e à criação de unidades de conservação.

“Um exemplo do aumento do conhecimento é o de que nos últimos dez anos foram descritas mais de mil espécies de plantas superiores do bioma”, afirmou Clayton Lino, presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica durante a apresentação do relatório à imprensa, realizada hoje pela manhã.  “Mas é um bioma que ainda tem muito o que ser conhecido”, acrescentou.

Quanto à meta de áreas protegidas, que estabelecia a proteção de 10% do território, o resultado foi perto de satisfatório.  Cresceu não só a quantidade de unidades de conservação, como também o tamanho dessas áreas.  “Chegamos a quase 9% de proteção do bioma, com áreas sendo criadas regularmente”, disse.  Para melhorar ainda mais a situação, deve-se atentar à eficiência desta proteção, para que ela não fique restrita ao papel.  Como Lino afirmou, mais da metade das áreas protegidas federais não tem o mínimo de eficiência em proteção.

ONDE VAMOS MAL
A avaliação do cumprimentos das outras metas, infelizmente, traz más notícias.  Os objetivos traçados para a promoção do uso sustentável do bioma, por exemplo, não teve sucesso.  “Este deve ser um dos focos para a conservação da Mata Atlântica”, afirmou o especialista.  O documento aponta exemplos de exploração desenfreada, como a da madeira e ou da palmeira juçara, que devastaram o bioma.

Outro conjunto de metas, que estabelece objetivos para a melhoria do monitoramento e mitigação de impactos sobre a biodiversidade ainda desanima: apesar de as técnicas de monitoramento terem melhorado e de os focos de queimada terem diminuído, as notícias sobre desmatamento não param.  Assim, a meta de alcançar taxa de desmatamento zero para a Mata Atlântica, de grande importância, ainda é difícil de ser atingida.  Os planos de manejo para controlar espécies invasoras, que ameaçam a biodiversidade nativa, também são insuficientes.

Ainda foram mal executadas metas que previam a repartição justa dos recursos genéticos e dos conhecimentos de povos tradicionais, e que fortaleceriam as instituições de gestão da Mata Atlântica.  “Ainda há uma carência muito grande de recursos humanos, financeiros e de capacitação de pessoas”, apontou Lino.

PERSPECTIVAS O Brasil agora tem um novo desafio para a próxima década.  Na 10ª Conferência das Partes da Convenção de Diversidade Biológica, realizada em outubro passado no Japão, os países reunidos estabeleceram para 2020 uma meta de proteção de 17% de cada bioma terrestre.  É o dobro do que hoje está abrigado na Mata Atlântica.  Para as áreas marinhas, que também têm relação com a preservação do bioma, a percentagem a ser protegida é de 10%.  Mas se o país não alcançou metas mais baixas na década passada, como ampliar a preservação para chegar aos ambiciosos 17%?

Para Claudio Maretti, superintendente de Conservação da WWF-Brasil, o compromisso político do governo brasileiro é fundamental.  “Quando houver centralidade da decisão e compromisso de governadores, do presidente e de empresas, chegaremos lá.  É preciso considerar a biodiversidade como uma questão de qualidade de vida e de valor econômico”, afirmou.  “Se continuarmos pensando que a preservação é uma questão apenas de instituições de segunda ordem, aí não vamos para frente”.

Luciana Simões, coordenadora do programa de Mata Atlântica da ONG, lembrou que a questão financeira também deve ser incentivada.  “Sem a participação da iniciativa privada não vamos conseguir chegar perto de atingir a meta.  As empresas são nosso interlocutor de primeira hora”, afirmou.  Ela contou que alguns setores da indústria estão mais avançados, como a de papel e celulose, que começa a envolver seus fornecedores para as questões de preservação.

Quanto às ações práticas, a atenção deverá estar voltada para a conservação dos fragmentos de mata e para a criação de corredores.  As áreas primordiais para a conservação já foram mapeadas pela Reserva e somam 17 milhões de hectares.  Além disso, alguns estados apresentam potencial para aumentar seu número de áreas protegidas.  São eles: Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.  “O trabalho deve mesclar proteção com uso sustentável de recursos e conexão dos fragmentos”, explicou Lino.

No entanto, nada disso será possível de alcançar se as mudanças propostas para o Código Florestal forem aprovadas, como defende Cláudio Maretti.  (Para saber mais, leia Comissão aprova mudanças no Código Florestal.  E agora?)  “Se as mudanças propostas para o Código forem para frente, vamos diminuir a proteção de rios e encostas e, assim, permitir a destruição de ecossistemas”, afirmou.  Com isso, aumenta a freqüência de catástrofes naturais, como as ocorridas nas cidades serranas do Rio de Janeiro, e a nossa capacidade de resistir a esses efeitos das mudanças climáticas diminui.  “É uma questão anterior ao alcance dos 17%”, concluiu.


Fonte: Planeta Sustentável (Ed. Abril) citado por Observatório do Clima


11.2.11

Aplicação de R$ 238 milhões do Fundo Clima será definida em março


Decisão foi tomada na primeira reunião do ano do comitê gestor do Fundo. Recursos serão investidos em projetos para redução dos impactos consequentes das alterações da temperatura global.



O plano anual de aplicação de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, para 2011, será definido em 15 de março, durante a segunda reunião extraordinária de seu comitê gestor. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (9/2), no primeiro encontro do ano, em Brasília. Estão previstos R$ 238 milhões de investimentos em projetos para a redução dos impactos consequentes das alterações da temperatura global.
O fundo é um dos principais instrumentos de promoção e financiamento de atividades vinculadas à Política Nacional sobre Mudança do Clima. O BNDES vai dispor R$ 204 milhões em linhas de crédito para projetos do setor público e privado. Também serão destinados R$ 34 milhões pelo MMA, para iniciativas públicas, com recursos não-reembolsáveis.
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Branca Americano, explica que, até a reunião de 15 de março, o ministério terá recebido sugestões das instituições que compõem o comitê gestor. As diretrizes da Lei Orçamentária serão decididas nesta segunda reunião , ressaltou ela a cerca de 40 participantes que representam ministérios, estados, municípios, instituições científicas e setor produtivo. A primeira reunião extraordinária do comitê gestor foi aberta pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e o principal debate foi sobre o seu regimento interno.
Branca Americano disse que os projetos a serem selecionados para financiamento terão algumas características essenciais, como serem relevantes para a mitigação das mudanças climáticas e que sejam consenso da sociedade em relação aos benefícios alcançados. O MMA apresentou um texto com as diretrizes que devem ser levadas à discussão no mês que vem.
O debate será ainda implementado logo que estiver pronto o estudo que está sendo feito pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Ministério do Meio Ambiente, sobre fontes de financiamento para atividades de baixo carbono no Brasil.
Os usos de verbas previstas pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima estão definidos no decreto presidencial (7.343/2010). A sua destinação deve ter como foco a educação, ciência, adaptação da sociedade aos impactos, redução de gases do efeito estufa, redução das emissões de carbono por desmatamento, difusão de tecnologias para diminuir os gases na atmosfera, formulação de políticas públicas e apoio a cadeias produtivas sustentáveis, por exemplo.
Entre as fontes de recursos estão os 60% da participação especial que cabe ao MMA nas verbas oriundas da produção de petróleo, além de dotações consignadas na lei orçamentária anual da União. O fundo é gerido pelo comitê gestor, presidido pelo secretário Francisco Gaetani e o MMA é responsável pela formulação da proposta orçamentária anual e do plano anual de aplicação financeira.
Legislação - A Política Nacional sobre Mudança do Clima foi instituída pela Lei 12.187 de 29 de dezembro de 2009. O Fundo Nacional foi criado pela Lei 12.114, de 9 de dezembro de 2009, regulamentado pelo Decreto 7.343, de 26 de outubro de 2010.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente


Obrigações Legais Ambientais 2011


Programe-se para cumprir as obrigações legais de natureza ambiental em 2011.

 Para ler a matéria na íntegra clique aqui.


Fonte: AMS - Associação Mineira de Silvicultura


9.2.11

Desafios do mercado brasileiro de produtos florestais em 2011


O contexto de mudanças cada vez mais rápidas e, muitas, com pouco grau de previsibilidade e antecipação, aumenta a ansiedade de executivos e tomadores de decisão nos vários setores econômicos nacionais e mundiais.


O período de virada de um ano para outro traz consigo a natural ansiedade dos vários setores produtivos a respeito do que se pode esperar para o ano que se aproxima. O contexto de mudanças cada vez mais rápidas e, muitas, com pouco grau de previsibilidade e antecipação, aumenta esta ansiedade de executivos e tomadores de decisão nos vários setores econômicos nacionais e mundiais.
Para ler o Texto Técnico na íntegra clique aqui.
 


Fonte: CIFlorestas


8.2.11

Setor florestal ganha representantes no Congresso


O setor de florestas tem ganhado destaque na economia brasileira, e nos últimos anos, esse segmento tem aumentado cada vez mais a representatividade também no meio político.


O setor de florestas tem ganhado destaque na economia brasileira, e nos últimos anos, esse segmento tem aumentado cada vez mais a representatividade também no meio político. Pessoas ligadas ao setor assumiram cargos políticos há algum tempo,nas esferas federal e estadual, como o caso do engenheiro florestal Renato Casagrande, recém eleito governador do Espírito Santo.
O segmento passa a contar com mais representantes, como Bernardo Santana (PR/MG), o presidente da frente parlamentar de silvicultura, Odacir Zonta (PP/SC) e o vice-presidente da Associação dos Reflorestadores do Tocantins Aretins (Aretins), Irajá Abreu (DEM/TO). Os parlamentares tomaram posse na última terça-feira, 1 de fevereiro no Congresso Nacional. Ao todo, tomaram posse 513 deputados e 54 senadores.


Fonte: Painel Florestal/Adaptado por Celulose Online


7.2.11

Projeto estuda integração do eucalipto com outras culturas


A Fazenda Experimental de Uberlândia (Feub), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), deve iniciar, até agosto, experimentos com eucaliptos, baseados na integração agropecuária-floresta.


O projeto, que tem recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, vai beneficiar a agricultura familiar e pequenos produtores.

O projeto visa inserir a plantação de eucaliptos, a pecuária e o cultivo de cereais em uma mesma área. A proposta é oferecer aos produtores uma alternativa sustentável tanto econômica quanto ambiental.

A pesquisa vai testar quantos eucaliptos podem ser inseridos em uma área sem prejudicar outras culturas e deve ser desenvolvida em áreas em que será necessária a recuperação da fertilidade do solo. A intenção é avaliar se a integração é capaz de manter a qualidade do solo.


Fonte: Correio de Uberlândia citado por Celulose Online


6.2.11

Até 2050, 95% da energia mundial deverá ser produzida de fontes renováveis


Até 2050, 95% da demanda energética mundial deverá ser proveniente de fontes renováveis, segundo estudo com novas perspectivas do futuro mundial em relação à produção de energia limpa, realizado pela ONG ambiental WWF. O resultado do estudo foi divulgado nessa última quinta-feira, 03.


A proposta não inclui somente uma nova realidade da produção, mas também estratégias que sejam capazes de reduzir até 15% do consumo energético, em relação ao ano de 2005. A pesquisa garante que os combustíveis fósseis poderão ser praticamente abandonados nas próximas décadas. Hoje, eles fornecem 80% da energia global. A biomassa e a energia nuclear também podem ser deixadas de lado nos anos que se seguem.

Entretanto, a receita para essa mudança não é tão simples e demandaria um grande esforço econômico mundial. O primeiro passo para um novo cenário está relacionado aos sistemas de calefação, muito presente nos países frios do hemisfério norte. É essencial que os gastos com o aquecimento dos edifícios sejam reduzidos em 60%. Esse objetivo pode ser alcançado através da melhora na eficiência energética e aproveitamento da energia solar.

As instalações elétricas atuais também precisariam ser transformadas para redes inteligentes e econômicas. O transporte sofreria alterações para que a eletricidade fosse o principal “combustível” para a locomoção global. O direcionamento feito pela consultoria inclui o forte incentivo ao uso das bicicletas, do transporte público e caminhadas. Até mesmo a alimentação precisaria ter novos formatos, com o consumo de carne reduzido pela metade nos países industrializados e acrescido em 25% nas nações em desenvolvimento.

Para que seja possível suprir 95% da demanda energética com fontes renováveis, mesmo com essas alternativas que reduzem o consumo, o mundo precisaria se juntar em investimentos pesados. Durante os próximos 25 anos, seria necessário investir US$ 4,8 trilhões anualmente. Em contrapartida, no fim do prazo passaríamos a economizar US$ 5,5 trilhões por ano, em comparação aos gastos atuais. Mesmo sendo uma proposta ambiciosa, o estudo garante que ela seja tecnicamente possível. 


Fonte: Cliclo Vivo citado por Painel Florestal

5.2.11

O serviço social e o meio ambiente



Autor: Raliana

o serviço social e o meio ambiente

Raliana Carneiro de Oliveira

Todos têm o direito ao  meio  ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações.art. 225 da  Constituição Federal (BRASIL,1988)

Para a politica  nacional  do meio  ambiente, Lei n.6.938/81, meio  ambiente é:" conjunto de condições leis  e  influências e interações  de  ordem físicas, quimicas e biologiacas, que  permitem abrigar  e  reagir  a  vida em todas  as  suas formas" (BRASIL,1981).

A consciência  ecológica surge  diante  da  ameaça à qualidade  de  vida da população mundial, pois  a  expanção da  tecnologia e o crescimento  demográfico têmlevado a deterioração dos  recursos  ambientais. O desenvolvimento tecnológico e industrial tem provocado problemas de poluição do ar,das águas e do  solo, devastação da  vegetação,como se  a natureza tivesse  o poder de inesgotabilidade de  seus recursos, e a conservação ambiental é  questão de sobrevivencia.

Para garantir a qualidade de vida e dos direitos básicos das populações, depende diretamente da qualidade do meio ambiente em que elas estão inseridas, estas são umas das  aspirações do serviço social.

As políticas sociais  setorias constituem complexos sistemas públicos e privados de direitos e proteção social, estas foram pensadas pela óptica sistêmica, porem  estão inseridas pelo  conflito e cotradiçoes e  são envolvidas  por interesses econõmicos  e antagônicos.

O  assistente  social é  um dos mais diversos profissionais que  atuam  na  esfera  das  políticas sociais,que  possui a grande  responsabilidade  de adquirir  uma ampla compreenção sobre  as suas  constituições  e contradições, para  que  por  meio  do  seu  agir  profissional, consiga  fazer valer  e  avançar  os direitos dos oprimidos em detrimento da opressão histórica imposta pelos  opressores.

As mediações articuladoras da ação técnico-profissional do assistente  social possibilita  ao  cidadão comuma capacidade crítica para questionar e até mesmo modificar sua própria realidade.


Em trabalhos com populações residentes em regioes ameçadas pela destruição do meio  ambiente,o serviço  social articulá-las na luta pela garantia do direito à moradia, pela preservação ambiental e pelo desenvolvimento sustentado, respeitando-se as especificidades das culturas locais.

Uma forma integrada de atender a relação complexa entre meio ambiente e urbanização é relacioná-la com a qualidade de vida com a população local, onde convêm observar atentamente de que forma ocorrem as articulações políticas em torno dos serviços sócio-ambientais, entre os quais, saneamento, moradia, trabalho, alimentação, educação, lazer, transporte, abastecimento e entre outros aspectos. Todos estes aspectos, por sua vez possuem conexão com a questão ambiental.

A complexidade está sempre próximo ao universo do serviço social, pois envolve o relacionamento entre homem e espaço, organizando as relações sociais de acordo com a inserção de cada indivíduo no local onde vive e no ambiente socialmente construído. É uma questão complexa que envolve, simultâneo, inúmeros aspectos da realidade e sua abordagem tem sido problemática, inclusive, para as administrações públicas. Diante de problemas ambientais, diversas secretarias acabam sendo acionadas  como as de Habitação, Saúde, Meio Ambiente, Planejamento etc. E muitas vezes as soluções são de caráter pontual, porque perdem de vistas a natureza sistêmica da questão.

[...] O Assistente  social atua como coadjuvante da prática dos  setores populares, no  sentido de sugerir alternativas concretas de enfrentamento dos conflitos , decorrentes das dinâmicas da correlação de forças, tendo  em vista o encaminhamento de soluções que viabilizem o atendimento de suas demandas, bem como seu fortalecimento enquanto classes organizadas (SILVA, 2007,p.185).

Conscientizar sobre importância da preservação do meio ambiente. Este é o objetivo sócio-educativo. Mostrar a importância da preservação do meio ambiente para garantir qualidade de vida às gerações futuras, esse é um dos principais objetivos do serviço social na área do meio ambiente.

Segundo Sposati (2007, p,39):

A política  profissional do assistente  social é implementadora das políticas sociais e dos  serviços  sociais, e  é uma expressão especializada das praticas  social  que  se insere na  dinâmica contraditória das relações sociais.

A degradação ambiental tem sido um fator que tem preocupado bastante a sociedade, pois é desse meio que a própria sociedade precisa para viver.

A geração de lixo cresce aceleradamente no dia-a-dia, isso se explica devido ao aumento populacional, a produção de bens materiais e conseqüentemente a elevação do consumo. Essa quantidade exacerbada de resíduos sólidos tem provocado sérios impactos a esfera terrestre. Junto com o lixo, vem a fome, a miséria, o desemprego, o desabrigo, dentre outras mazelas. Todas essas mazelas são resultados das desigualdades sociais.

Nesse meio supracitado, surgem os catadores de lixo, que são pessoas que vivem desse lixo, pois catam e vendem aquilo que ainda pode ser reciclado, outros em condições de vida mais subumana, se alimentam desses detritos.

Nesse contexto, compreende-se que tal desperdício associado a miséria é o resultado de falta de planejamento sócio-ambiental e sócio-econômico. Pois se houvesse tal planejamento, os produtos seriam consumidos antes de vencerem, não sobrariam nas prateleiras e nem faltariam na mesa das famílias.

Diante do exposto, percebe-se a importância do planejamento para que haja uma harmonia entre meio ambiente e sociedade.

No entendimento de que o lixo gera emprego e renda e quando tratado de forma ambientalmente correta promove qualidade de vida, torna-se perceptível que a reciclagem é uma forma totalmente compatível com o que se espera do equilíbrio e do desenvolvimento que envolve os três pilares: social, econômico e ambiental.

Assim sendo, compreende-se que a adoção de medidas ambientalmente corretas é uma maneira de mitigar as desigualdades sociais. Nesse pensamento, pode-se asseverar que o lixo é uma oportunidade de desenvolvimento sócio-ambiental. O Assistente Social é um ator fundamental na elaboração de políticas sociais voltadas para essa questão.


Outra problemática que aflige fortemente o Brasil é a deficiência em saneamento básico, os esgotos á céu-aberto, por exemplo,  são verdadeiras fontes de doenças, poluição dos recursos hídricos, dentre outros malefícios, tanto ao homem como ao meio.

Nesse caso, o Assistente Social por ser um agente que tem o papel de planejar, elaborar, mediar e formular as políticas públicas, pode junto com a sociedade organizada buscar formas de atuação onde se possa reverter tal quadro.

Uma vez elaborado um projeto e que de fato seja posto em prática, certamente o profissional da área de Serviço Social estará cumprindo a sua incumbência.

Muitas vezes o profissional fica impedido de pôr em prática projetos relacionados ao meio ambiente, por serem de custos elevados, por falta de interesse do poder público, dentre outros fatores.

Diante desse entendimento compreende-se importância da participação de todos no processo de transformação social, onde se busque a existência de vida digna.




CONCLUSÃO

O profissional do serviço social só vem acrescentar na multiprofissional de preservação ao meio ambiente.


O assistente social esta ligado diretamente a questões como habitação saúde e o meio ambiente além de questoes sociais epolíticas, o seu trabalho de conscientização ajuda a demostrar  a população e os governates qual a  importancia do trabalho de preservação, por possuir profissionais com  formação acadêmica com conhecimentos em econômia e políticas sociais, antropológia, psicologia e de formação técnica em projetos fatos estes que facilita o estudo e a elaboração de projetos a fim de propiciar soluções para o melhor convívio entre a populção seu desenvolvimento sua subsistência e preservação.
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/o-servico-social-e-o-meio-ambiente-3646199.html

Perfil do Autor
  

4.2.11

Integração ganha espaço no meio rural


Estratégia consiste em consorciar diferentes sistemas produtivos em uma mesma área.


Minas Gerais já conta com 442 Unidades Demonstrativas (UDs) de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). O sistema consiste em consorciar diferentes sistemas produtivos de grãos numa mesma área onde também se explora a pecuária e o cultivo de arbóreos, principalmente eucalipto.
As UDs foram implantadas entre 2008 e 2010 e fazem parte de um programa coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Em sua forma original, a proposta de integração contava apenas com a produção de grãos e pecuária bovina (leite e corte)."
Ao incluir a proposta de ILPF em suas políticas de desenvolvimento da agropecuária, a Secretaria da Agricultura de Minas agregou a produção de florestas", destaca o superintendente de Desenvolvimento Rural Sustentável (SDRS), Guilherme de Oliveira Mendes. O objetivo, ele diz, "é intensificar a produção agrícola com sustentabilidade e criar novas alternativas de renda para o produtor".
As unidades demonstrativas são utilizadas como vitrines tecnológicas para pesquisadores, extensionistas e agricultores conhecerem e acompanharem a evolução do sistema de ILPF em uma propriedade. As UDs estão implantadas em propriedades rurais de todas as regiões de Minas. O investimento do Estado com a compra e distribuição de mudas e adubo foi de R$ 1,9 milhão.


Fonte: Jornal do Comércio citado por AMS


3.2.11

Brasil apresenta modelo de concessões florestais a países da ONU


O modelo de concessões de floresta adotado pelo Brasil foi apresentado esta semana aos participantes do 9º Fórum de Florestas das Nações Unidas (UNFF), que ocorre em Nova York (EUA), em um evento paralelo que teve entre os organizadores o Serviço Florestal Brasileiro.


Segundo o diretor de Ações Estratégicas do Serviço Florestal, Marcus Vinícius Alves, que participa do encontro, as concessões brasileiras são únicas se comparadas com iniciativas fora do país.
"As concessões no Brasil se caracterizam por ter uma forte governança, transparência, participação social, além de salvaguardas socioambientais, caracterizadas pela sobreposição dos critérios técnicos sobre os de preço nos editais", afirma.
Objetivos globais - A discussão sobre as concessões florestais também buscou mostrá-las como política para alcançar os quatro Objetivos Globais em Florestas definidos pela UNFF, que incluem fortalecer a economia florestal com benefícios para as populações locais, aumentar a área de florestas manejadas e favorecer a legalidade na produção madeireira.
"O modelo de concessões implementado pelo Brasil é capaz de proporcionar o alcance de vários desses objetivos no médio e longo prazos", diz. "O side event foi uma ótima oportunidade para mostrar ao mundo o exemplo brasileiro das concessões florestais como ferramenta eficaz de promoção do manejo florestal sustentável", afirma o diretor.
A UNFF surgiu em 2000 como um órgão subsidiário do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e tem o objetivo de promover a gestão, a conservação e o desenvolvimento sustentável de todos os tipos de floresta, além de fortalecer o compromisso dos países membros para esse fim.
A 9ª sessão do Fórum de Florestas das Nações Unidas, que vai até 4 de fevereiro, tem como tema este ano "Florestas para os povos, meios de vida e erradicação da pobreza", com uma pauta que inclui debates sobre a criação de um fundo para financiar o manejo florestal sustentável, visto como um ponto chave para ajudar a dar escala global à atividade, uso da floresta por povos e comunidades tradicionais e o tema Ano Internacional das Florestas.


Fonte: Serviço Florestal Brasileiro


2.2.11

Livro ‘Routes to Cellulosic Ethanol’ reúne conhecimento consolidado sobre a produção do etanol a partir da celulose


Cientistas de todo o mundo estão em busca de uma tecnologia para a produção em escala industrial do etanol derivado da celulose da cana-de-açúcar.


Atualmente, só se pode fabricar etanol a partir da sacarose, que corresponde a um terço da biomassa da planta.

O etanol celulósico permitiria aproveitar os outros dois terços, aumentando a produtividade sem alterar a área plantada. Atingir esse objetivo, no entanto, não é tarefa trivial.
O conhecimento adquirido até agora na busca do etanol celulósico foi consolidado no livroRoutes to Cellulosic Ethanol, que acaba de ser lançado pela editora norte-americana Springer.
Reunindo textos de alguns dos principais especialistas do mundo em etanol celulósico, o livro foi editado por Marcos Buckeridge, professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), e Gustavo Goldman, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em Ribeirão Preto.
O livro é um produto do 1º Simpósio sobre Etanol Celulósico, realizado em setembro de 2008 com o objetivo de definir estratégias para obtenção do etanol celulósico por meios genéticos e bioquímicos. A obra também agregou o conhecimento gerado posteriormente, com o lançamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol, coordenado por Buckeridge.
“O foco principal do livro é a ciência básica originária do BIOEN e do INCT, que buscam construir a plataforma de conhecimento necessária para que sejam desenvolvidas as tecnologias de etanol celulósico. No livro, procuramos consolidar o que foi conquistado até agora”, disse o cientista à Agência FAPESP.
Segundo Buckeridge – que também é diretor científico do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas (SP) –, a obra reúne textos de cientistas japoneses, norte-americanos, mas, sobretudo, de brasileiros. “O Brasil é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar e pioneiro no desenvolvimento de tecnologias para o uso de etanol para geração de energia. O país tem décadas de estudos acumulados sobre o tema”, disse.
A obra é dividida em três partes: “Bioenergia”, “Parede celular das plantas, enzimas e metabolismos” e “Genética da parede celular das plantas”. A primeira parte contextualiza o tema da bioenergia e as outras duas tratam de aspectos ligados a uma questão crítica para o desenvolvimento do etanol celulósico: dominar o conhecimento sobre a degradação da parede celular da planta.
“Se pudermos entender a síntese das paredes celulares, os geneticistas e biólogos moleculares poderão desenvolver plantas com polissacarídeos atualmente inexistentes na cana-de-açúcar, mas que serão introduzidos a fim de facilitar a hidrólise do etanol celulósico”, afirmou.
Bioenergia no Brasil e no mundo
Na primeira parte, a obra apresenta uma visão geral sobre as rotas para o etanol celulósico. O físico José Goldemberg discute a questão da energia no mundo, a fim de mostrar a posição brasileira no contexto internacional da bioenergia.
Em seguida, Buckeridge, Wanderley dos Santos e Edgardo Gómez – ambos pesquisadores do CTBE – discutem a produção de etanol celulósico pela via bioquímica. Luiz Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá, Joaquim Seabra, do CTBE, e Isaías Macedo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), finalizam a parte introdutória discutindo a produção de etanol celulósico pela via da gaseificação.
Alternativas de degradação
A segunda parte reúne os capítulos que tratam da degradação da parede celular por diferentes métodos. Takahisa Hayashi, da Universidade Agrícola de Tóquio (Japão), e Rumi Kaida, da Universidade de Kioto (Japão), escreveram sobre seus experimentos com madeira na Ásia. “Hayashi é um dos grandes pesquisadores da área no mundo. Nesses experimentos, eles utilizaram transgênicos para alterar a parede celular”, disse Buckeridge.
O contraponto brasileiro à experiência asiática é feito por um grupo da Escola de Engenharia de Lorena, da USP, liderado por Adriane Milagres. “Eles tratam especificamente do ataque enzimático em materiais lignocelulósicos, revelando a experiência que acumularam ao longo dos anos”, contou.
Um grupo da Universidade de Brasília (UnB), liderado por Edivaldo Filho, faz uma revisão sobre a atividade enzimática na degradação da parede celular. Em seguida, o artigo de Igor Polikarpov e Viviane Serpa – ambos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, trata da estrutura das proteínas. “Polikarpov é um dos melhores especialistas brasileiros em cristalização e enzimas, entre elas as hidrolases”, disse Buckeridge.
Maria de Lourdes Polizeli lidera o grupo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da USP, que contribuiu com um artigo sobre hidrolases de microrganismos usadas para a degradação da parede celular. “Ela tem uma das maiores coleções do mundo de enzimas e fungos bem caracterizados”, disse Buckeridge.
Richard Ward, também da FFCLRP-USP, é o autor de um artigo sobre engenharia de celulase para sacarificação de biomassa. “É um trabalho que eu considero espetacular: ele constrói proteínas que não existem na natureza e conta a história dessa engenharia, que já aplicou em plantas e microrganismos”, disse o membro da coordenação do BIOEN-FAPESP.
A segunda parte é encerrada com o artigo de Goldman sobre o melhoramento genético do uso da xilose – um açúcar de cinco carbonos – pelas leveduras. “É um tema muito importante, envolvendo um problema crítico para o processo do etanol celulósico. No artigo, Goldman conta seus experimentos, retrata o que já existe e indica o que ainda pode ser feito”, disse.
Brasil e Estados Unidos
A terceira parte tem o objetivo de traçar um paralelo entre o que está sendo feito no Brasil e nos Estados Unidos. “Em um dos capítulos, um grupo de autores norte-americanos mostra como eles estão explorando a maravilhosa diversidade do milho com uma abordagem genética muito avançada. O objetivo é chegar a uma planta ideal para a bioenergia”, contou Buckeridge.
Eric Lam, da Universidade de New Jersey (Estados Unidos), liderou o grupo que discutiu o desenvolvimento de “plantas inteligentes” para a produção de bioetanol. “Trata-se de uma área na qual eu e Hayashi também atuamos: buscar plantas capazes de degradar sua própria parede celular”, disse.
O grupo liderado por Marcelo Loureiro, da Universidade Federal de Viçosa, foi responsável por um artigo relacionado à seleção de plantas para uma conversão mais eficiente em bioetanol. “Eles coordenam um trabalho muito importante de busca de variedades que tenham modificações na parede celular para, a partir daí, produzir etanol celulósico”, contou Buckeridge.
O livro é encerrado com o artigo de Michel Lawton e Hemalatha Saidasan – ambos da Universidade Rutgers (Estados Unidos) – sobre genômica e parede celular. “Trata-se de um modelo de um musgo que tem um genoma muito pequeno e que pode servir para estudar o etanol celulósico”, disse.
  • Routes to Cellulosic Ethanol
    Organizadores: Marcos Buckeridge e Gustavo Goldman
    Lançamento: 2011


Fonte: Portal Ecodebate

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