27.6.11

Acredite, árvores têm impressão digital


Pesquisadores brasileiros criam método de identificar eletronicamente várias espécies vegetais.

Mogno ou andiroba? Cedro ou talvez curipixá? A dúvida na identificação das espécies comerciais madeireiras, analisadas apenas visualmente pelos peritos, resultou ao longo das décadas em milhares de toneladas de toras exportadas ilegalmente da Amazônia para diversas partes do mundo. O problema tem tudo para ser solucionado, quando a fiscalização ambiental levar a campo uma nova e poderosa arma contra o comércio clandestino: pistolas que lançam feixes de luz na madeira para a leitura eletrônica de seus componentes químicos, revelando a "impressão digital" e o nome certo daquela espécie vegetal.
 
Os aparelhos portáteis, que devem ser importados pelo governo federal ao custo de € 21 mil cada, serão calibrados a partir de uma tecnologia inédita desenvolvida no Laboratório de Produtos Florestais, do Serviço Florestal Brasileiro (FSB), em Brasília.
 
"Pela primeira vez no mundo, a espectroscopia - técnica que mede a absorção de energia luminosa pelos materiais - é aplicada em madeira tropical", afirma a pesquisadora Tereza Cristina Pastore. O método foi publicado neste ano pela equipe brasileira na revista científica da International Association of Wood Anatomists, com foco na identificação do mogno.
 
A espécie tem comercialização controlada no mundo, figurando no Anexo 2 da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (Cites). No Brasil, só pode ser explorado mediante plano de manejo florestal para a redução de impactos e toda atividade econômica envolvendo a espécie é obrigatoriamente acompanhada pelo Comitê Técnico Científico, do qual participam centros de pesquisa, governo e ONGs. Estima-se que antes das normas, utilizadas desde 2003, foram derrubadas na Amazônia 2 milhões de árvores dessa espécie em 30 anos.
 
"O problema é que o mogno pode escapar do controle porque é visualmente muito semelhante a outras espécies, como a andiroba", explica Tereza, advertindo que "se vende muito gato por lebre no mercado internacional". A dificuldade costuma exigir longo tempo de treinamento dos fiscais para o trabalho, mas, segundo a pesquisadora, não há segurança na identificação a olho nu até para os mais experientes. Para as pesquisas, foram obtidas amostras de madeiras nativas junto a empresas florestais e de mogno apreendido no porto de Paranaguá (PR). Os cientistas aplicaram a espectometria para desenvolver modelos com gráficos para diferenciar as espécies de madeiras. "Com a tecnologia da informação, a leitura das curvas é instantânea", explica.
 
O método já é tradicionalmente utilizado pelas empresas de celulose para avaliar as características do eucalipto e do pinus, tarefa essencial para o planejamento da produção industrial. As aplicações se estendem à indústria farmacêutica para a quantificação de substâncias nos medicamentos, e até mesmo na separação dos diferentes cafés para o blend das torrefadoras.
 
"Como desdobramento da pesquisa, propomos a tecnologia para diferenciar o carvão oriundo de floresta nativa e plantada, importante no controle do uso pelas siderúrgicas", revela Tereza. "Precisamos expandir o acervo de amostras de madeira para calibrar o modelo, dando suporte à fiscalização, principalmente no momento atual, quando a Europa e os Estados Unidos fecham o cerco comercial contra o produto florestal ilegal e predatório", completa a pesquisadora.
 
"O Brasil avançou nas ferramentas para o controle da madeira, passando do papel em várias vias para o sistema eletrônico", avalia Antônio Carlos Hummel, presidente do SFB. Apesar dos ganhos, brechas para fraudes persistem. De acordo com o último relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 33% da produção madeireira amazônica tiveram origem ilegal em 2009.
 
"O desafio agora é conceber um sistema eficiente para se rastrear a madeira da floresta até o consumo", afirma Hummel. A grande dificuldade, segundo ele, é o desdobramento da madeira em diferentes produtos nas serrarias e fábricas ao longo desse caminho. As áreas de floresta pública sob concessão para exploração por empresas deverão ser palco dos primeiros projetos pilotos em busca de uma solução.
 
A instalação de chips para o acompanhamento por satélite dos caminhões é uma alternativa em estudos para o maior controle contra fraudes. O objetivo é forçar que as toras sejam exploradas apenas em áreas licenciadas e não em unidades de conservação ou terras indígenas, alvo de madeireiros ilegais. No Acre, o governo estadual tem o projeto de criar, em conjunto com ONGs, uma espécie de "cerca digital", para o controle do transporte de madeira dentro de um corredor de rodovias até a entrega ao comprador autorizado a receber a carga, nas grandes capitais do Centro-Sul.
 
Também começam a surgir plataformas on line, como a desenvolvida por pesquisadores do SFB com informações sobre 157 espécies madeireiras, das quais 57 estão entre as mais comercializadas. O sistema reúne 60 diferentes parâmetros de cada espécie, da nomenclatura à textura, cor, peso, cheiro, distribuição geográfica e status de conservação - ou seja, se estão em listas brasileiras ou estrangeiras da flora ameaçada de extinção.
 
É possível pedir a comparação de várias características na mesma tela, inclusive com fotos da estrutura da madeira ampliada dez vezes. O sistema é utilizado em cursos de identificação de madeira para agentes do Ibama, técnicos de secretarias de meio ambiente, peritos da Polícia Federal e policiais ambientais, com objetivo de evitar a chegada de produto não autorizado ao mercado.
 
Em São Paulo, principal destino da madeira amazônica, agentes da Polícia Ambiental realizam periodicamente operações nas estradas para conferir se o volume e as espécies de madeira estão de acordo com o documento para o transporte. Diante da dificuldade para a identificação da madeira pelos policiais, a equipe da pesquisadora Sandra Florsheim, do Instituto Florestal, chegou a uma solução: um sistema portátil, com notebook plugado a um microspópio, que capta as nuances da madeira sob vários ângulos. As imagens são enviadas pela internet para análise nos laboratórios do instituto que, em poucos minutos, encaminha on line o laudo técnico para os policiais.
 
O modelo despertou a atenção de outros estados, como Pará, Mato Grosso e Acre, para o treinamento dos agentes na fiscalização digital. Na última operação realizada em território paulista, nos dias 5 e 6 de junho, a tecnologia contribuiu para a aplicação de 50 multas, totalizando R$ 2,2 milhões.
  


Fonte: Valor Econômico


26.6.11

Investimento de R$ 15 milhões em proteção ambiental


Em 2010, a Fibria investiu em ações de controle de resíduos e emissões, recuperação de áreas degradadas e gestão ambiental.


A Fibria investiu R$ 15,5 milhões em proteção ambiental em 2010, sendo R$ 9,7 milhões na Unidade Aracruz (Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais).

Outros R$ 4,8 milhões foram aplicados na Unidade Jacareí que abrange o Vale do Paraíba e Capão Bonito, em São Paulo.

Também foram investidos R$ 950 mil na Unidade Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.

As ações envolveram controle de resíduos e emissões, estudos e monitoramentos ambientais, revegetação de áreas degradadas e gestão ambiental. 


Fonte: Painel Florestal


25.6.11

Brasil vai propor ‘Metas do Milênio’ para desenvolvimento sustentável


O Brasil vai defender a fixação de metas globais para o desenvolvimento sustentável na Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento sustentável.


No encontro de chefes de Estado, que acontecerá no Rio de Janeiro, em maio e junho do ano que vem, o país vai propor um compromisso mundial para o cumprimento de um novo tipo de Metas do Milênio, só que ambientais.
As Metas do Milênio foram acordadas por todos os países-membros da ONU em 2000. Elas estabelecem oito objetivos a serem cumpridos até 2015 com o intuito de garantir melhores condições de vida à população global. Fazem parte das metas a erradicação da pobreza extrema, a promoção da igualdade entre os sexos e o combate à aids, por exemplo.
A proposta do Brasil é construir um novo pacto entre todos os chefes de Estado do mundo em 2012. Durante a Rio+20, diplomatas brasileiros vão negociar o estabelecimento de metas gerais de desenvolvimento sustentável que possam pautar políticas individuais relacionadas à geração de energia, hábitos de consumo e outros temas ligados à sustentabilidade.
A ideia desse novo pacto foi apresentada nesta terça-feira (21) pelo embaixador André Aranha Corrêa do Lago, negociador brasileiro nas discussões sobre mudanças climáticas, em uma reunião preparatória da Rio+20, realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, a iniciativa do acordo surgiu na Colômbia e será levada à frente pelo Brasil, que presidirá a conferência.
“Essa é uma ideia de que nós gostamos muito, que vamos apoiar”, afirmou Corrêa Lago. “Depois, nós vamos negociar e ver que tipos de metas de desenvolvimento sustentável nós podemos desenvolver e também se há um acordo em torno disso.”
O embaixador disse que alguns países, além do Brasil e da Colômbia, já discutem a criação das metas de desenvolvimento sustentável. Ele explicou também que essas metas seriam um compromisso político, igual para todos os países e não seriam usadas para punir quem não as cumpre, mas como incentivo à sustentabilidade. As metas também não substituiriam os acordos internacionais para redução de emissão de gases causadores de efeito estufa e de combate às mudanças climáticas.
O embaixador admite, no entanto, que a proposta pode não avançar durante a conferência no Rio de Janeiro. “Alguns países temem que isso [as metas] seja um peso a mais.” Na esperança de que a proposta do estabelecimento de metas ambientais seja aprovada, Lago ressaltou que compromissos assim fazem com que governo, iniciativa privada e população trabalhem juntos para o desenvolvimento de uma economia verde.
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, que já foi negociador do Brasil nas conversas diplomáticas sobre mudanças climáticas, também acredita que não será uma tarefa simples estabelecer as metas de sustentabilidade. Ele, contudo, acredita que elas serão muito importantes para a definição de uma nova forma de desenvolvimento para o mundo. “Não é simples, nem fácil. Mas é possível”, disse. “Nós temos que ter metas globais, gerais, que deem uma direção à economia verde.”


Fonte: www.ambientebrasil.com.br


22.6.11

Convivência Social : A Questão Da Ética, Cidadania E Meio Ambiente


Autor: DANIELY'>http://www.artigonal.com/authors/385914">DANIELY LOPES

Ao iniciar um trabalho que envolve ética, cidadania e meio ambiente como objeto de estudo, consideramos importante dizer que são valores que devem estar sempre associados, na perspectiva da felicidade e do bem comum. Para Luis Carlos ludovikus : A ética cuida do nosso ser na vida.

Para os gregos a natureza era a medida de todas as coisas. O que não era bom para o meio ambiente não poderia ser bom para a humanidade. E a partir desse princípio, eram formuladas leis e regras de convivência, voltadas, principalmente para o bem da coletividade.

Muita coisa mudou nessa trajetória.

Os valores coletivos aos poucos foram cedendo lugar aos interesses individuais, e a natureza deixou de ser critério para o desenvolvimento da humanidade. Como resultado dessa mudança de valores, hoje o mundo vive uma situação de grande desigualdade social e desequilíbrio ambiental colocando em risco a qualidade de vida de toda a população, principalmente das gerações futuras.

A urgência destas questões deve-se à crise imediata que vive, seja em nível mundial, no relacionamento com os outros ou com a própria natureza. Há uma percepção cada vez maior que haverá transformação no plano global sem uma nova base de valores para serem vivenciados e que fazem parte de nossa natureza original. Valores que determinam a vida de cada ser na Terra.

A questão ambiental está permeada de valores éticos e espirituais que são, na essência, os princípios do espírito humano e da própria vida. A ausência de percepção destes valores gerou a crise, até mesmo na área científico-tecnológica, o filho pródigo da sociedade moderna tentou reduzir a humanidade à conquista de metas puramente materiais, algo que representaria a própria negação do homem. Porém, é possível mudar essa realidade.

O primeiro passo é refletir sobre o impacto das escolhas individuais sobre o meio ambiente e na sociedade. A partir daí, o segundo passo é propor e implementar ações que possam tornar o mundo melhor para todos. Segundo, Luis Carlos Ludovikus, professor da escola do Legislativo da Assembléia legislativa de Minas Gerais: essa é uma possível relação entre ética, cidadania e meio ambiente. A moral só vai pensar em certos valores, normas e regras, para a gente viver no nosso cotidiano. O que podemos fazer e o que não podemos: A ética vai questionar esses valores, esses princípios que regem essa moral. Se eles estão conduzindo bem. A ética poderá resolver, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos.

AÇÕES RUMO À CIDADANIA

Cidadania é exercício democrático de fazer escolhas. Seja de seus representantes, seja dos caminhos que se deseja para a sociedade. Toda comunidade – organizada em âmbito local, regional ou nacional trabalha na conquista de seus objetivos.

A legislação ambiental de um país, estado ou município é um poderoso instrumento de cidadania. Não apenas porque informa os direitos de cada um em relação ao meio ambiente, mas também porque, através do conhecimento dessas leis, é possível questioná-las, propor mudanças e até mesmo participar da elaboração de um nova lei ambiental.

A legislação brasileira garante o direito do cidadão ao meio ambiente hígido. O meio ambiente é um bem público de uso comum. Segundo o artigo 225 da Constituição Brasileira:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade da vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO, 225)

O meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito assegurado pela Constituição Federal, que definiu o meio ambiente como bem público de uso comum do povo, isto é, não pode ser objeto de apropriação privada ou estatal contrária ao interesse público. A utilização dos bens ambientais pelo Estado ou pelas empresas privadas não pode impedir que a coletividade use e desfrute desses bens.

A Constituição foi ainda mais longe ao impor ao Poder Público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente. Isto significa que se o governo por acaso cruza os braços e faz vista grossa à degradação ambiental, os cidadãos e suas associações têm meios legais de exigir a proteção ambiental.

Sabe-se bem que as leis nem sempre são cumpridas. É o que ocorre com a legislação ambiental. As empresas e o próprio governo são muitas vezes os primeiros a violar a lei ambiental, invadindo o espaço público para defender interesses econômicos privados. A luta pela defesa dos direitos ambientais é, assim, eticamente, uma luta para garantir o caráter público do meio ambiente.


CONSIDERAÇÕES GERAIS

Uma postura ética hoje diante das questões ambientais seria sair dessa lógica de que não estamos poluindo o meio ambiente. Ser ético é saber estar com o outro, mobilizar com o outro, buscar, trabalhar mudanças e reformas para que possamos ter um mundo habitável para todos e não só para um grupo.

Na verdade, indivíduos lutarão pela vida, independente de sistemas ideológicos e/ ou políticos, quando conscientes de uns valores intrínsecos, pertencentes a todos de forma indiscriminada: somos emergências organizadas do Universo, devemos a ele nossa permanência limitada no tempo e a permanência, mais duradoura, de uma Humanidade.

Só o que de alguma maneira consegue perceber isto é que pode, independentemente de Instituições educacionais, políticas, empresariais etc., arcar na solidão de suas individualidades com a responsabilidade de permitir outros seres humanos. E só a ética e a valorização do conhecimento é que podem forjar tais pessoas. Somente os que de alguma maneira chegaram a atingir esse nível de complexidade é que podem tentar, mesmo quando indivíduos, melhorar o meio ambiente com significado, tal que os demais processos sejam possíveis.

Retiraram suas forças da afetividade, se possuírem tal fonte,uma ética básica depende diretamente da capacidade de amar de alguns: embora isso ainda pareça demasiado frágil, é na verdade o que nos resta tentar efetivamente.

A ética concebida como o respeito ao meio ambiente não pode ser só um capricho individualista, mas, sim, um conjunto de regras e protocolos que geram atitudes em prol de toda a sociedade. Hoje, a velocidade com que as coisas acontecem e o acesso democrático à informação, frutos da globalização e do conhecimento, trouxeram mais liberdade e, com ela, maiores responsabilidades.

Cada empresário deve ter em vista a sua empresa como parte de um mundo não formado apenas pelo seu público alvo, mas por seres humanos que sabem claramente distinguir os que são honestos em seus propósitos dos que oferecem apenas ilusões. É necessário e urgente que as empresas "acordem" para o fato de que a mudança de mentalidade é inadiável e indispensável. Vamos de uma vez por todas abolir o conceito de que levar vantagem é o maior ganho do esperto, pois o lucro de hoje poderá ser o prejuízo de amanhã.

O direito do cidadão é inseparável da luta pelos seus direitos. O cidadão é o indivíduo que luta pelo reconhecimento de seus direitos, para fazer valer esses direitos quando eles não são respeitados. É necessário ter consciência do direito de cada um e de todos ao meio ambiente sadio. É preciso utilizar os instrumentos que a lei oferece ao cidadão e suas associações para fazer cumprir a lei e proteger o meio ambiente.

Foi mencionado que o meio ambiente é um bem coletivo, um bem de uso comum do povo. Não deve ser destruído para atender interesses econômicos privados que se chocam com o interesse público da coletividade, como por exemplo, poluição do ar, da água e dos alimentos. Não se pode admitir que alguns enriqueçam, enquanto a maioria é prejudicada com a degradação ambiental.

Com relação ao meio ambiente, é necessário sair do campo da mera retórica, para que a presença da ação do cidadão, enquanto propulsor da preservação ambiental seja algo efetivo. São pequenas coisas que podem ser feitas e que, muitas vezes, não são, porque não há a prática dos indivíduos, ou das instituições.

Cada um de nós tem um conhecimento. Quem mora no meio rural tem muito a ensinar sobre a natureza. O próprio GUIMARÃES ROSA, em sua grande obra, Grande Sertão Veredas, coloca na boca de um matuto: a gente quase somente faz o que a bobagem do mundo quer. Hoje estamos fazendo o que a economia está ditando, que a felicidade é comprar. Mas a felicidade é atuar na vida pública como cidadão. Sendo assim a função da ética explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes, torna-se uma ditadura do comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade.

Por outro lado, a realidade moral varia historicamente e, com ela, variam os seus princípios e as suas normas. A pretensão de formular princípios e normas universais, deixando de lado a experiência moral histórica, afastaria da teoria precisamente a realidade que deveria explicar. O sistema de normas e, com isso, o conteúdo da obrigação moral muda, historicamente, de uma sociedade para outra e, inclusive, no seio de uma mesma comunidade. O permitido hoje foi proibido ontem. O que atualmente se proíbe, talvez seja permitido amanhã.

Contudo, seja qual for à época ou a sociedade de que se trate, o homem sempre admitirá uma obrigatoriedade moral. Sempre existiu um sistema de normas que define os limites do obrigatório e do não obrigatório. A relação entre ética, cidadania e meio ambiente deve ser entendida como a prática para assegurar a conquista e o exercício de direitos que garantam uma natureza recriada pelas atividades humanas assegurando nossas condições de sobrevivência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BREDARIOL, Celso. Cidadania e política Ambiental, Liszt Vieira. Rio de Janeiro: Record, 1998.

2. Fórum de Educação Ambiental

3. HERKENHOFf, João Baptista

4. Meio Ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais. 2ª ed. – São Paulo, 1998

5. Revista Semeando,agenda 21 na prática:ética, cidadania e meio ambiente. Ed. anual-ano 3-MG, 2008.
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/convivencia-social-a-questao-da-etica-cidadania-e-meio-ambiente-1928647.html

Perfil do Autor

Graduada em PEDAGOGIA- Universidade de Santo Amaro

Capacitada em EDUCAÇÃO FISCAL

Qualificada em Administração e Informática.

Pós graduanda em Supervisão e Inspeção Escolar -Pedagogia  nos espaços não escolares :Pedgogia Empresarial  e Pedagogia Hospitalar- FUNORTE/SOEBRAS.   Montes Claros
   

21.6.11

Sustentabilidade

O que é sustentabilidade, conceito, desenvolvimento sustentável, gestão sustentável, meio ambiente, ações, 
Sustentabilidade: desenvolvimento presente garatindo o futuro das próximas gerações.



Conceito de sustentabilidade 
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.
Fonte:www.suapesquisa.com

20.6.11

Projeção do governo descarta necessidade de alterar Código Florestal para aumentar produção de alimentos


Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preveem um crescimento de 23% na produção de alimentos (grãos) entre a safra 2010/11 e 2020/21 e um aumento de 9,5% da área plantada.



Os números apresentados nesta terça-feira (14) pelo governo mostram que o crescimento da produção agrícola não depende do aumento das áreas agricultáveis – diferentemente do que defendiam os ruralistas com o argumento de que seria necessário modificar o Código Florestal para expandir a produção de alimentos.
Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, “não é preciso derrubar nenhuma árvore” para produzir mais grãos ou aumentar áreas de pastagem para pecuária de corte. O ministério contabiliza a existência de 120 milhões de hectares “já antropizados” (desmatados) que podem ser recuperados para atividade agrícola ou para o meio ambiente.
De acordo com Rossi, a principal demanda pela mudança do Código Florestal é de “segurança jurídica”, ou seja, em relação à cobrança de multas a quem desmatou irregularmente, prevista em lei, mas considerada inviável pelos produtores rurais que buscam anistia.
Segundo o ministro, o resultado da votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados “acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem fez de forma ilegal”, o que desagradou a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, a presidenta vai anunciar juntamente com o lançamento do Plano Safra 2011/2012, marcado para a próxima sexta-feira (17), em Ribeirão Preto (SP), a recuperação de pastagem para pecuária de corte e a recuperação de canaviais. (Fonte: Gilberto Costa/ Agência Brasil)


Fonte: www.ambientebrasil.com.br



18.6.11

Uma reflexão etica sobre o impacto antropogenico no meio ambiente


Autor: Sergio'>http://www.artigonal.com/authors/497248">Sergio Sebold

I – INTRODUÇÃO

             A presente pesquisa visa identificar o quadro das discussões a nível internacional sobre o homem e sua interferência ambiental e algumas reflexões sobre o futuro.

            A pesquisa demonstra uma preocupação nos últimos 50 anos sobre os níveis de degradação do meio ambiente, através de estudos, relatórios, conclusões e propostas na busca de soluções urgentes até dramáticas do impacto antropogênico no meio ambiente. Neste particular permitimo-nos fazer uma referência inicial e uma reflexão sobre uma passagem do sociólogo (TOURAINE, 1998, p. 63):

"Estamos diante de um enigma: pode-se combinar o liberalismo e a comunidade, o mercado e a identidade cultural? Podemos viver juntos, ao mesmo tempo iguais e diferentes? (...) Podemos fugir da escolha entre duas soluções igualmente destruidoras, a saber: viver juntos pondo de lado nossas diferenças, ou viver separadamente em comunidades homogêneas que só se comunicarão pelo mercado e pela violência?

           Observa-se também, uma convergência de apoio às propostas de soluções radicais dos países chamado periféricos que venham beneficiar a todos. Entretanto, os países ditos industrializados, com mais responsabilidade pela deterioração do meio ambiente principalmente pela poluição e o esgotamento dos recursos naturais, oferecem maior resistência a qualquer medida que possa prejudicar seu conforto e principalmente a manutenção do crescimento de seus índices econômicos.

            Diante das propostas apresentadas nas mais diferentes formas de diálogos internacionais, levanta-se algumas perguntas e reflexões sobre o futuro da humanidade a beira de uma catástrofe ecológica, reconhecida principalmente em 2002 na conferência de Joanesburgo (África do Sul).   

II  - INFLUENCIA DO HOMEM NO MEIO AMBIENTE

             O encontro mundial dos paises em Joanesburgo para realização da Cúpula da Terra, sobre clima e o meio ambiente, também chamado Rio+10, tem demonstrado a necessidade da busca de acordos a nível internacional com enfoque global de uma gestão mais eficaz das interferências do ser humano no meio ambiente que ele está inserido.

            Nos primeiros anos de existência da ONU, a questão ambiental ainda não se colocava como uma preocupação comum que merecesse devida atenção, como também ocorria pela ótica do bem estar ecológico. Alguns trabalhos científicos posteriores nas décadas de 60 e 70 começaram alertar a comunidade internacional sobre os perigos jacentes da degradação do meio ambiente que começava se esboçar no horizonte.          Em decorrência da pressão da mídia internacional, ocorreu a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Julho de l972, com a "Declaração sobre o Ambiente Humano" traduzido como a declaração de Estocolmo. Numa das passagens da declaração dizia: "às gerações presentes como as futuras, tenham reconhecidas como direito fundamental, à vida num ambiente sadio e não degradado".

                 Em 1973, o canadense Maurice Strong, criou a expressão "ecodesenvolvimento" cujos princípios seriam: satisfação das necessidades básicas, solidariedade com as futuras gerações, participação da população envolvida, preservação dos recursos naturais e meio ambiente, elaboração de um sistema social capaz de garantir emprego, segurança social e respeito a outras culturas e programas de educação.  Nesta oportunidade "constatou-se que o modelo tradicional de crescimento econômico levaria ao esgotamento completo dos recursos naturais, pondo em risco a vida no planeta" (GADOTTI, 2002).

            Da Declaração de Estocolmo, gerou o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) em 1980, com a publicação do documento Uma Estratégia Mundial para a Conservação do Meio Ambiente, reafirmando assim a visão crítica do modelo desenvolvimentista adotado pelos países industrializados.

                Em 1987, o relatório Brundtland  apresentou as conclusões da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMAD) das Nações Unidas. Presidida na ocasião por Gro Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega, que em sua homenagem tornou-se conhecido como "Relatório Brundtland" Este relatório com o título de Nosso Futuro Comum, apontou para a incompatibilidade entre o desenvolvimento sustentável com os padrões de produção e consumo vigentes. Nesse documento definia-se o desenvolvimento sustentável como aquele que "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" (GADOTTI, 2002).

            O marco definitivo deu-se com a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD/UNCED), realizado na cidade do Rio de Janeiro em 1992. Pelas dimensões e alcance dos temas abordados, foi denominado também de "Cúpula da Terra", por ter sido o maior encontro internacional de todos os tempos até então, pela participação recorde de 175 países e 102 chefes de estado e de governo, que passou para a história como ECO-92 ou RIO-92.

            As dimensões deste encontro permitiram um leque de abordagens inter disciplinar entre as quais se destacam: arsenal nuclear, desarmamento, guerra, desertificação, desmatamento, crianças abandonadas, poluição, chuva ácida, crescimento populacional, povos indígenas, mulheres, fome, drogas, refugiados, água potável, concentração da produção e da tecnologia, tortura, desaparecidos, discriminação e racismo. Nesta mesma oportunidade, houve também, paralelamente, o Fórum Global 92, onde participaram mais de 10 mil representantes de Organizações Não Governamentais (ONG´s) das mais variadas atividades de todo o mundo, onde foram discutidos temas relevantes sobre mulheres, crianças, jovens e índios. Em decorrência foi elaborada a primeira minuta da "Carta da Terra", onde conclama, a todos os participantes a adotarem o seu espírito e os seus princípios, em nível individual e social através de ações concretas das ONG´s signatárias.

            Como resultado da conferência RIO-92, foi proposto um modelo de desenvolvimento comprometido acima de tudo com a preservação da vida no planeta. O maior e mais importante documento produzido foi a chamada AGENDA 21. Este documento compõe-se de 40 capítulos, com mais de 800 páginas num detalhado programa de ações sobre meio ambiente e desenvolvimento. Ela não é uma agenda ambiental, mas uma agenda para o desenvolvimento sustentável, cujo objetivo final é a promoção de um novo modelo de desenvolvimento. Não sendo um documento normativo, não obriga as nações signatárias a cumpri-la, mas sim um documento que se reduz a um compromisso ético por parte delas.  Gadotti, já citado diz:

"Nenhuma nação é periférica: impõe-se a necessidade de colaboração entre o Norte e o Sul porque existe uma complementariedade dos problemas e caminhos para as soluções entre paises do primeiro e do terceiro mundo. As ameaças da atual crise econômica e ambiental estão plantadas no modelo de desenvolvimento ainda hoje aceito, caracterizado por uma economia de opulência e desperdício do Norte, e de pobreza, desigualdade e necessidades prementes de sobrevivência em curto prazo no sul".

         O projeto da Carta da Terra inspira-se numa variedade de fontes, incluindo a ecologia e outras ciências contemporâneas, tradições religiosas e filosóficas do mundo, literatura sobre ética global, meio ambiente e o desenvolvimento, experiência prática dos povos que vivem de maneira sustentada, além das declarações e dos tratados intergovernamentais e não-governamentais relevantes. Uma vez aprovada pela ONU, ela será equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada pelas Nações Unidas em 1948 no que concerne à sustentabilidade, à equidade e à justiça. A sustentação deste código se insere nos cinco eixos éticos: 1) Direitos Humanos, 2) Democracia e participação, 3) Equidade, 4) Proteção das minorias, e 5) Resolução pacífica dos conflitos.

            O discurso ecológico de Antonio Lago, citado por Gadotti, é taxativo: "os mais pobres são os que recebem com maior impacto os efeitos da degradação ambiental, com agravante de não terem acesso às condições favoráveis de saneamento, alimentação, etc. e não poderem se utilizar dos artifícios de que os mais ricos normalmente se valem para escapar do espaço urbano poluído (casas de campo, viagens, etc.)". No movimento ecológico como em todo o movimento social e político, se manifestam os mais diversos interesses, inclusive de grandes corporações.


  • Desenvolvimento Sustentável versus Crescimento Econômico

            A percepção de que a atividade econômica cada vez mais gera toda a sorte de poluição e depósito de resíduos no meio ambiente, fez com que no início da década de 70, surgisse a tese do "Crescimento Zero", onde se relacionava diretamente o crescimento econômico com a degradação ambiental.

            O relatório "Limites do crescimento" adotado pelo Clube de Roma (C.R.) (originalmente desenvolvido por Meadows do MIT), como sua bandeira, entre outros aspectos, denunciava que:

" (...) o crescimento mundial ocasionaria um limite de crescimento e um possível colapso do ecossistema global, (...)  alertava ainda, para a preocupação com as principais tendências do ecossistema mundial, extraídas do modelo global, articulando cinco parâmetros: industrialização acelerada, forte crescimento populacional, insuficiência crescente da produção de alimentos,  esgotamento dos recursos naturais não renováveis e degradação irreversível do meio ambiente (...) mantido o ritmo de crescimento, os alimentos e a produção industrial iriam declinar até o ano 2010 e, a partir daí, provocar automaticamente uma diminuição da população por penúria, falta de alimentos e poluição; nesse sentido, a crise do petróleo de 1973 veio constituir-se em importante fator de debate em torno da tendência  da escassez e esgotabilidade dos recursos naturais e da necessidade de humanização do crescimento, através de mudanças quantitativas  e principalmente qualitativas do processo (TAYRA, 2002)". 

           O conceito de Desenvolvimento Sustentável surgido na década de 80, visava conciliar crescimento econômico com a preservação e controle ambiental. Apesar da boa acolhida, principalmente pelos paises industrializados, o conceito encontraria grandes dificuldades de sua implementação. "Uma das dificuldades é que a geração futura não participa das discussões deste mercado de hoje, somente a consciência elevada da preservação da espécie e da própria vida é que serve de motivação às pessoas para que adotem ações preventivas à degradação ambiental, hoje observada" (MOURA, 2000).  O impacto de sua aplicação seria maior no mercado de trabalho, em crise, pelo grande contingente de desempregados como também dos jovens que se iniciam no mercado demandando altas taxas de crescimento para a geração de novos postos de trabalho. Sob esta lógica, maior crescimento econômico significaria mais emprego e por conseqüência, um incremento de insumos de matérias primas tomadas do meio ambiente. Diante dessas observações "parece que o homem se encontra numa verdadeira encruzilhada: eliminação da pobreza versus conservação ambiental" (BELLI, 2000).

            A experiência tem demonstrado que o processo de crescimento mundial nas ultimas décadas foi também acompanhado pela degradação ambiental, pelo uso excessivo dos recursos naturais. Insere-se neste contexto: os processos de urbanização acelerada pelo deslocamento da mão de obra agrícola ociosa pela alta mecanização agrícola; crescimento e desigualdade da distribuição demográfica; expansão descontrolada do uso da energia nuclear, mesmo com finalidades pacíficas; consumo excessivo de recursos não renováveis, carvão mineral, petróleo, etc.; perdas crescentes de áreas agrícolas pela desertificação do solo; contaminação tóxica dos recursos naturais, como rios, lagos, mares, mananciais, lençóis aqüíferos etc.; desmatamento ou desflorestamento; redução da biodiversidade e da diversidade cultural, esta pela introdução da cultura de massa (grande consumo); geração do efeito estufa e a redução da camada de ozônio e suas implicações sobre o equilíbrio climático global. "Mais recentemente os analistas da problemática ambiental têm reconhecido que pobreza e ecologia são realidades interdependentes" (TAYRA, 2002). 

            A interferência antropogênica se torna cada vez mais o principal causador de  mudanças ecológicas, tanto em níveis globais como locais, em decorrência do crescimento desordenado da população,  particularmente na segunda metade do século XX, pondo em perigo a sua própria existência, quando no mínimo das gerações futuras.

            Numa profecia sombria, Malthus (1798) descreveu que a população cresce a taxas geométricas enquanto a agricultura cresce a taxas aritméticas numa visão de longo prazo. Haveria de tempos em tempos um colapso através de guerras, fomes e flagelos generalizados na busca de novo equilíbrio.

            Por sua vez, Merico (2002), conclui que:

(...) a população mundial dobrou, sendo que no mesmo período o produto mundial bruto e o consumo de combustíveis fósseis quadruplicaram. (...) mais crescimento econômico, nos atuais padrões de produção e consumo, (...) irá aumentar os custos mais rapidamente que os aumentos dos benefícios, entrando-se em uma era de crescimento antieconômico, o qual empobrece mais do que enriquece".    

            Quatro grandes desastres ambientais e humanos da década de 70 e 80 -  vazamento nuclear na Pensilvânia (EUA) em 1979; vazamento de pesticidas em Bhopal (Índia) em 1989; explosão de um reator nuclear de Chernobyl na antiga União Soviética em 1986 e o vazamento de petróleo do navio Exxon Valdez, na costa do Alasca em 1989 e agora (2011) desastre dos reatores nucleares de Fukushima no Japão - fizeram com que se tomasse consciência de que o problema ambiental deve ser discutido a nível global e urgente.

            O desenvolvimento e o meio ambiente, indissoluvelmente vinculados, devem ser tratados mediante a mudança de conteúdos das modalidades e das utilizações do crescimento, por três critérios fundamentais: equidade social, prudência ecológica e eficiência humana.

            Ignacy Sachs assim como Strong, usando citação de Tayra, apontam cinco dimensões da sustentabilidade: a econômica, a cultural, a ecológica, a espacial e a social.

            Reconhece-se por sua vez que a pobreza, a deterioração do meio ambiente e o crescimento populacional estão indiscutivelmente interligados. Nenhum deles pode ser resolvido de forma isolada.  A degradação ambiental agrava as condições de vida dos mais pobres, a pobreza por sua vez, conduz a uma exploração predatória dos recursos naturais, fechando um círculo perverso de prejuízos sócio-ambientais. São os mais pobres aqueles que não possuem empregos, por conseqüência, são também os que mais filhos têm.

            O crescente número de pobres e desempregados é apenas mais uma face da insustentabilidade do atual modelo ou sistema vigente. O crescimento econômico medido pelo PIB, não é acompanhado proporcionalmente pela criação de mais postos de trabalho. Taxas de crescimento econômica zero ou pior ainda negativa, traduzir-se-ão necessariamente  em altas taxas de desemprego, conseqüentemente mais pobreza.

            Embora, os economistas têm se apercebido, pela ótica keynesiana do inter-relacionamento das variáveis agregadas macroeconômicas Produto Interno Bruto (PIB) e as taxas de Desemprego, pouco se têm pesquisado sobre os efeitos destas duas variáveis no meio ambiente.            

                O Desemprego afetará o PIB pela não produção, como também a degradação do meio ambiente, na busca voraz de recursos de sobrevivência. Pela Lei de Okun, "o desemprego é inversamente proporcional ao crescimento do PIB".

             Segundo Merico deve-se buscar um equilíbrio ou sustentabilidade, assentado sobre dois pontos primordiais: a) Não utilização dos recursos renováveis, em uma taxa acima de sua capacidade de regeneração; e b) Não descartar  na natureza, mais resíduos do que sua capacidade de assimilação.


  • A "ecodiplomacia"

            Paralelamente aos esforços desenvolvidos em torno dos problemas ambientais, através da ONU assim como de entidades independentes e acadêmicas, também foram na busca da eficiência prática desenvolvidos no campo diplomático.  A estes esforços de encontros tanto a nível bilateral como multilateral se deu o nome de "ecodiplomacia".

            A ecodiplomacia tem passado por varias etapas sendo considerada a primeira através das idéias desenvolvidas no C.R., que continuam fundamentar as concepções da maior parte das organizações ambientalistas. Criado em 1968, congrega cientistas, economistas, e altos funcionários governamentais, com a finalidade de interpretar sob a perspectiva ecológica o "sistema global".

            A base central do pensamento do C.R. reside no conceito de que o planeta é um sistema finito de recursos, submetido às pressões do crescimento exponencial da população e da produção econômica. As suas conclusões de longo prazo apontavam para um colapso do sistema, retornando com todo vigor as teses malthusianas. As propostas se centravam em torno da noção de um gerenciamento global da demografia e da economia, a fim de encontrar um estado de equilíbrio dinâmico. Havia assim a necessidade de acordos diplomáticos com caráter de urgência, diante do perigo ameaçador, principalmente, sobre itens de abrangência planetária, como clima, temperatura global, degradação ambiental, pobreza, camada de ozônio, proliferação nuclear etc.

            A conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo em 1972, pode-se dizer foi o marco desta primeira etapa de esforços diplomáticos.

            A segunda etapa da "ecodiplomacia" considerada pelos historiadores, é a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e  Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Dela emergiram discussões sobre o meio ambiente e desenvolvimento, "politizando" definitivamente o debate. Adquire neste encontro expressão forte e dominante os conceitos de desenvolvimento sustentável, "vinculando estratégias econômicas destinadas a promover o crescimento da riqueza e a melhoria das condições de vida através de modelos capazes de evitar a degradação ambiental e a exaustão dos recursos naturais" (MAGNOLI, 2002).

            O protocolo de Kyoto firmado em 1997 e anexado à Convenção do Clima, inaugurou a terceira etapa da "ecodiplomacia". Nesta oportunidade foi fixado o compromisso de redução de 5% nos níveis de emissões poluentes de 1990, a ser atingida entre 2008 e 2012. Infelizmente os Estados Unidos, a maior nação econômica do planeta e a mais responsável pela emissão, foi a única a se negar assinar  este protocolo de 179 nações representadas, quando da conferência sobre mudanças climáticas realizada em Bonn (Alemanha) no final de julho de 2001.

            No artigo de (FERREIRA & COELHO, 2001) na revista UNIVALI é desenvolvido um quadro sinóptico dos eventos acima, onde nos permitimos acrescentar a Rio+10, ou chamada conferência de Joanesburgo. Esta conferência, chamada também de ECO-10, encerrou com poucas decisões de profundidade, cujo principal documento da Cúpula da Terra, será o marco de atuação para os próximos anos. O principal ponto do plano de ação adotado se refere ao acesso à água potável;  recomendações e objetivos que tentam conciliar crescimento econômico; justiça social e proteção do meio ambiente, principalmente no que se relaciona a biodiversidade; pesca, produtos químicos, energia e mais, sobre a eficiência dos governos; ajuda financeira ao desenvolvimento e acesso ao mercado de produtos dos paises pobres e subvenções agrícolas.

III – UMA ANALISE CRITICA

            Os relatórios de que resultaram as mais diversas formas dos encontros mundiais de maneira isolada ou patrocinada por órgãos da ONU até 1987, sempre tiveram como tônica a observação dos fatos sob o modelo econômico até hoje vigente, com base no liberalismo econômico pregado por Adam Smith, na sua obra "A Riqueza das Nações".

            O modelo desenvolvido por Smith, satisfazia os interesses da nação que emergia industrial e economicamente, a Inglaterra, esta para justificar sua presença em vários domínios do planeta. A liberdade de iniciativa pregada e o espírito competitivista  à sua época,  sutilmente satisfaziam os interesses ingleses ao redor do mundo principalmente com relação a suas colônias. O livre comércio que era outra bandeira levava a condição de plena exploração destas colônias. Da teoria acadêmica a sua aplicação prática, via-se nitidamente uma postura para que outros a praticassem, mas mantendo a condição de proteção de seu sistema industrial. Nunca o protecionismo foi tão forte na Inglaterra e nos Estados Unidos (seu caudatário), como nos anos recentes. Ou seja, liberdade de mercado para os outros, não para nós. Sem entrar num clima apaixonado, a atitude destes paises reflete a verdadeira lógica do poder.

            A lógica da formação de capital está na extração contínua dos recursos naturais obtidas de forma gratuita sem qualquer compromisso ético de sua renovação. É bem verdade, que naquelas priscas eras (anteriores ao século XIX), os recursos eram abundantes principalmente fora das fronteiras da Europa, e sem nenhum conhecimento de seus limites em termos técnicos ou quantitativos, que se permitiam ao luxo destes pensamentos.

            O desespero e a resistência dos chamados países industrializados sobre o relatório do C.R., é decorrente de que uma série de mudanças econômicas, sociais e até culturais, seriam necessárias para busca de um novo equilíbrio entre os interesses econômicos e o meio ambiente.  E isto nada interessava a este grupo de países, preocupados com o problema de seu desemprego. Ou seja, a morte pela inanição de milhões de seres humanos nos paises ditos periféricos, principalmente os da África é menos importante do que uma crise de desemprego naqueles países. É necessário, como argumentam, manter a qualquer custo as condições de empregabilidade de suas sociedades, mesmo ao sacrifício de perdas irreversíveis para meio ambiente e muito pior para as futuras gerações.

            O relatório do C.R., em termos catastrofais, alertava que mantidas as condições atuais do modelo, entraremos verdadeiramente num processo de decrescimento econômico quer queiramos ou não.

            A propósito inserimos um comentário de LIPIETZ, (1991, p.80) sobre o impasse do produtivismo:

"Acabaram-se os limites, de fato. "Tudo pelo emprego!".  Isto é, tudo pelo crescimento do consumo dos "ganhadores", pelo festim cujas migalhas caem por cima dos esquecidos. E que importância tem se a eletricidade dos letreiros em néon devora os combustíveis fósseis arrancados do coração da terra para irem, queimados, saturar a atmosfera com gás carbônico, com compostos sulfurados, com metano e óxidos de nitrogênio! Que importância tem se as centrais nucleares acumulam em seu centro, resíduos radioativos que não interessam às gerações futuras – e isso se daqui até lá essas centrais, não explodirem em nossa cara! (...) "Tudo pela exportação". (...) Azar se a soja e a cana de açúcar esgotam os solos depois de eliminar as culturas de víveres, bem como os pequenos camponeses. Azar se, ao queimar a Amazônia, sobrecarrega-se de gás carbônico uma atmosfera já saturada pelos carros e pelas fábricas do Norte. Depois de nós, o "dilúvio".  Como dizia o próprio Keynes, "á longo prazo, estaremos todos mortos". E agora Keynes está morto, e nós atolados no longo prazo. Como a dívida financeira, a dívida ecológica será paga em dia, e aí não haverá moratória".

            O relatório Brundtland veio aliviar esta angústia com a proposta de um desenvolvimento sustentável, buscando um novo equilíbrio de compromissos de ambos os lados, crescimento sim, mas com a preservação do meio ambiente. Esta proposta, que já nos referimos anteriormente, dá um novo sentido à vida, principalmente quando teve o cunho da sensibilidade feminina na pessoa da Sra. Gro Harlem Brudtland. Somente o espírito feminino poderia dar um sentido novo, com preocupação da preservação e perpetuação da vida.

IV – CONCLUSÃO E REFLEXÕES

            As referências anteriormente citadas deixam claras as grandes preocupações contemporâneas universais sobre a presença do homem no contexto do meio ambiente. A busca cada vez mais urgente e talvez até dramática do equilíbrio ecológico, sob pena de perdas irrecuperáveis, tanto na biodiversidade como na impossibilidade de repor os recursos renováveis poderá levar a um colapso no abastecimento das necessidades humanas.

            Os encontros mundiais relacionados à degradação ambiental, poluição, miséria, clima, camada de ozônio, proliferação nuclear, contaminação e escassiamento das águas potáveis, o efeito estufa, devastação florestal, desertificação, salinização, eliminação dos mangues, eliminação de corais, desastres e acidentes ecológicos,  demonstram uma nova consciência ética, a nível internacional, uma vez que todos estes fatos atingem indistintamente quaisquer pais deste planeta. Cabe aqui, uma referencia especial sobre a visão sociológica de SANTOS, (1995, p. 296):

"De todos os problemas enfrentados pelo sistema mundial, a degradação ambiental é talvez o mais intrinsecamente transnacional e, portanto, aquele que, consoante o modo como for enfrentado, tanto pode redundar num conflito global entre o  Norte e o Sul, como pode  ser a plataforma para um exercício de solidariedade transnacional intergeracional. O futuro está, por assim dizer, aberto às ambas  possibilidades, embora só seja nosso na medida em que a segunda prevalecer sobre a primeira. As perspectivas não são, no entanto animadoras. (...) o Norte não parece disposto a abandonar seus hábitos poluidores e muito menos á contribuir, na medida de seus recursos e responsabilidades, para uma mudança dos hábitos poluidores do Sul, que são mais uma questão de necessidade que uma questão de opção".

            A nova consciência ética obriga uma reflexão profunda da melhor e mais justa distribuição possível dos recursos disponíveis entre todos os paises do mundo. Há de se rever toda uma lógica de poder ou dominação desenvolvida através dos séculos da história humana, para uma nova lógica de solidariedade, através do equilíbrio dos recursos finitos e limitados, atualmente conhecidos e quantificados. Esta lógica deve contemplar a atual geração tanto como as gerações que virão como compromisso da perpetuação da vida sobre este planeta terra. Este será o desafio do nosso tempo e desta geração.



BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA:

BRAUN, Ricardo. Desenvolvimento ao ponto sustentável – novos paradigmas ambientais. Petrópolis: Vozes, 2001.

BELLI, Ari. Da economia clássica a economia ecológica. Rev. Alcance

     (Administração), UNIVALI – Itajaí, Ano VII, n. 1 p. 27 – 33,  Junho 2000.

FERREIRA, E. & COELHO C. As empresas e o desenvolvimento sustentável. Rev.

     Alcance (Administração) Ano VII, n. 1 p. 49 – 54, Junho 2000.

GADOTTI, Moacir. "Agenda 21 e Carta da Terra" (Via On Line), apturado em: 09/09/2002.

GIBSON, K. & GRAHAM, J. O fim do capitalismo – (como nós o conhecíamos) – b 

     uma critica feminista da economia política. Do original  "The end of capitalism 

    (as we know  it): a feminist critique of political economy". Trad. Jorge Menezes.

      Lisboa:  Instituto Piaget, 1996.

HEILBRONER, Robert L. Introdução à historia das idéias econômicas, 3a. Ed.

     Tradução de Valtensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1969. 

LIPIETZ, Alain. Audácia – uma alternativa para o século XXI. Trad. Estela dos

     Santos Abreu, São Paulo: Nobel, 1991.

MAGNOLI, Demetrio. O protocolo de Kyoto e a terceira etapa da "ecodiplomacia".  

     (Via On Line). Capturado em 19/10/2002.

MERICO, Luiz F. K. Introdução a economia ecológica. 2. ed. Blumenau: Edifurb,

     2002.

MOURA, Luiz A. A. de. Economia Ambiental – gestão de custos e investimentos.

      São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000.

SANTOS, Boaventura de S. Pela mão de Alice – o social e o político na pós-

     modernidade. Ed. 5a. São Paulo: Cortez, 1999.

TAYRA, Flavio. A relação entre o mundo do trabalho e o meio ambiente: limites para

     o desenvolvimento sustentável. In IV Colóquio Internacional de Geocrítica "El

     Trabajo", Barcelona, Maio/2002. Capturado em 12/12/2002.

TOURAINE, Alain. Poderemos viver juntos? – iguais e diferentes.  Trad. Jaime A.

     Classen e Ephraim F. Alves. Rio de Janeiro: Vozes. 1998.
http://www.artigonal.com/meio-ambiente-artigos/uma-reflexao-etica-sobre-o-impacto-antropogenico-no-meio-ambiente-4798854.html

Perfil do Autor

Economista, Pós graduado em Economia Politica (Especialização), Engenharia de Produção - Pesquisa Operacional (Mestrado). Autor do livro: "Economizar e prosperar - é só começar" 2008.
   

16.6.11

Lista de ervas aromáticas


  • Abelia sinensis
  • Acacia spp.Talharim
  • Acanthospermum hispidum
  • Achillea millefolium - Milefólio, mil-em-rama
  • Acorus calamus - Cálamo aromático, Cana-de-cheiro
  • Aesculus hippocastanum - Castanheiro-da-índia
  • Allium sativum - alho
  • Allium schoenoprasum - Cebolinho
  • Alpinia officinarumGalanga
  • Alpinia galangaPitanga
  • Aloysia triphylla (A. citriodora, Lippia citriodora, Verbena citriodora) - Doce-lima, Erva-cidreira (PT Brasil), Lúcia-lima, Verbena (PT Brasil)
  • Alyssum maritimaCucuca
  • Amaryllis belladonaBeladona (pt) Cecém(Pt Brasil)
  • Anethum graveolens - Endro Aneto
  • Agerantum conyzoidesMentrasto (Br) Erva-de-São João
  • Angelica archangelica - Angélica
  • Anthriscus cerefolium Cerefólio
  • Artemisia absinthium - Absinto
  • Artemisia dracunculus - Estragão
  • Azadirachta indicaNeem
  • Beaumontia grandifloraTrombeta de Arauto
  • Bystropogon ssp.
  • Buddleja davidiiBudleia ,Flôr-de-mel,Butterfly-bush (Ing)
  • Calendula officinalis - Calêndula, maravilhas
  • Callistemon citrinusEscova-de-garrafa
  • Callistemon lanceolatus
  • Calycanthus floridusCarocha,Pimenta-da-Jamaica,Carolina allspice (Ing)
  • Carissa grandiflora macrocarpaCarissa, Ameixa de Natal, Amantugula
  • Ceanothus thyrsiflorus
  • Cestrum nocturnum - Dama-da-noite
  • Chamaecyparis lawsonianaCedro-do-óregão, Cedro-branco, Cipreste de Lawson
  • Chamaemelum nobile (Anthemis nobilis) - Camomila-romana, falsa-camomila, macela, macela-dourada
  • Choisya ternataLaranjeira do México
  • Chrysanthemum spp.Crisântemo
  • Cistus spp.
  • Citrus spp.
  • Citrus aurantifolia - Lima, limão-galego
  • Citrus aurantium var. amara - Laranja-amarga
  • Citrus aurantium var. sinensis- Laranja, laranja-comum, laranja-doce
  • Citrus bergamia - Bergamota
  • Citrus deliciosa - Clementina
  • Citrus limon - Limão
  • Citrus paradisi - Toranja
  • Citrus reticulata - Tangerina
  • Clematis armandii
  • Clerodendrum fragans
  • Coriandrum sativum - Coentro
  • Coronilla glauca
  • Cupressus macrocarpa
  • Cupressus sempervirens - Cipreste
  • Curcubita foetidissima -calabacilla
  • Cymbopogon citratus - Capim-limão das Índias Ocidentais, Erva-limão, Erva-limeira, Erva-príncipe
  • Cymbopogon flexuosus - Capim-limão das Índias Orientais
  • Cymbopogon martinii var. martinii - Palmarosa
  • Cymbogon martinii var. sofia' - Capim-gengibre
  • Cymbopogon nardus - Citronela
  • Cymbopogon winterianus - Citronela-de-java (repelente natural)
  • Cytisus x praecox
  • Datura suaveolens, x insignis
  • Dianthus spp. Cravo
  • Digitalis purpurea - Dedaleira
  • Dimorphotheca ecklonis- Margarida do cabo
  • Eleagnus angustifolia- Oliveira do Paraíso, Oliveira do Ceilão
  • Eriobotrya japonica -Nespereira
  • Eucalyptus sp
  • Eucalyptus globulus - Eucalipto
  • Eucalyptus citriodora-
  • Eucalyptus camaldulensis
  • Eucalyptus hybrid
  • Euryops pectinatus -
  • Feijoa sellowiana -Goiaba-serrana, goiaba-ananás
  • Foeniculum vulgare - Funcho, erva-doce
  • Foeniculum vulgare var. Purpureum
  • Freesia x hybrida- Frésia, junquilho
  • Gardenia jasminoides -Gardenia, jasmim do cabo
  • Geranium sp- Gerânio
  • Hamamelis mollis- Hamamélia
  • Helicrysum italicum - Perpétua-das-areias, Sempre-viva
  • Heliotropium peruvianum- Bálsamo-de-Cheiro; Baunilha-dos-Jardins, Heliotrópio Verdadeiro
  • Hermizonia fifchii
  • Hoya carnosa carnosa -Flor-de-cera
  • Hyacinthus orientalis- Jacinto
  • Iris unguicularis- lirio
  • Ipomoea batatas- Batata-doce
  • Jasminum spp. (la mayoría)-Jasmim
  • Juniperus sabina y virginiana- zimbro
  • Lantana camara- Cambará-de-jardim, Lanatana-espinhosa, Camará
  • Laurus nobilis - Loureiro
  • Lavandula angustifolia y stoechas
  • Lavandula latifolia spica
  • Levisticum officinalis - Levístico
  • Libocedrus decurrens
  • Ligustrum japonicum
  • Lilium spp.
  • Lonicera fragantissima
  • Lonicera japonica
  • Lonicera periclyneum
  • Magnolia grandiflora
  • Mahonia aquifolium
  • Majorana hortensis
  • Malus spp.
  • Mandevilla suaveolens y laxa
  • Marrubium vulgare
  • Matricaria chamomilla (M. recutita, Chamomilla recutita) - Camomila-alemã, Camomila-dos-alemães, Camomila-comum, Camomila-vulgar, Macela-nobre
  • Matthiola incana
  • Melissa officinalis - Citronela-menor, Erva-cidreira (PT europeu), Melissa
  • Mentha arvensis - Hortelã-brava, Menta-japonesa
  • Mentha citrata - Menta-bergamota, Menta-do-levante
  • Mentha piperita - Hortelã-pimenta
  • Mentha pulegium - Menta-selvagem, Poejo
  • Mentha spicata - Hortelã
  • Mirabilis jalapa
  • Murraya paniculata
  • Myrtus communis - Mirto, Murta
  • Myristica fragans (M. officinalis, M. Moschata) - Moscadeira, Muscadeira, Noz-moscada
  • Narcissus spp.
  • Occinum suave
  • Occinum basilicum - Manjericão
  • Occimum canum
  • Occimum kilimandscharium
  • Oenothera biennis - Onagra (Primrose)
  • Origanum majorana - Manjerona
  • Origanum vulgare - Orégano, Orégão
  • Osmanthus heterophyllus
  • Parkinsonia aculeata
  • Passiflora quadrangularis
  • Pelargonium graveolens, crispum,
  • Petroselium crispum (P. sativumP. hortense) - Salsa
  • Phaseolus caracalla
  • Philadelphus coronarius
  • Pimpinella anisum - Anis, Erva-doce
  • Pinus spp.
  • Pinus mugo - Pinheiro-montanhês
  • Pinus palustris - (Longleaf pine)
  • Pinus pinaster - Pinheiro-bravo, Pinheiro-marítimo, Pinheiro-das-landes (Terebintina)
  • Pinus pinea - Pinheiro-manso
  • Pinus sylvestris - Pinheiro-silvestre
  • Piper nigrum - Pimenta-do-reino, Pimenta-preta
  • Pistacia lentiscus
  • Pittosporum tobira
  • Polianthes tuberosa
  • Prunus spp.
  • Pulicaria undulata
  • Quisqualis indica
  • Rosa spp.
  • Rosmarinus officinalis - Alecrim
  • Ruta graveolens - arruda
  • Salvia officinalis - Salva, sálvia
  • Salvia sclarea - Salva-esclareia, sálvia-esclaréia
  • Sambucus nigra - Sabugueiro
  • Santolina chamaecyparissus
  • Santolina rosmarinifolia
  • Satureja hortensis
  • Schinus molle - Aroeira
  • Solandra maxima
  • Spartium junceum
  • Stephanotis floribunda
  • Syringa vulgaris y microphylla
  • Thymus spp.
  • Tanacentum vulgare
  • Tilia spp.
  • Trachelospermum jasminoides
  • Trapaeolum majus
  • Thymbra spicata
  • Thymus serpyllum (sinón.: T. pulegioides) - Erva-ursa, falso-tomilho, serpão, serpilho, serpol, timo-silvestre
  • Valeriana officinalis
  • Verbena x hybrida
  • Viburnum suspensum
  • Viburnum tinus
  • Viola odorata
  • Vitex agnus-castus
  • Wisteria sinensis
  • Cupressocyparis leylandii
  • Thuya spp.
  • Zengiber crhysanthemum

15.6.11

Novo Código Florestal aumentaria em 47% o desmate até 2020, diz UNB


Caso o novo Código Florestal for adotado pelo governo brasileiro da maneira em que está, o desmatamento no país pode aumentar 47% até 2020.


A informação foi apontada em um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Brasília, em parceria com cientistas da Holanda e da Noruega.
 
O projeto chamado Lupes (Política de uso da terra e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, na tradução do inglês) se baseia no total desmatado no país em 2008. Estima-se que se a atual lei, que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais, vigorasse até 2020, seria derrubado no país 1,1 milhão de hectares de floresta (11 mil km²) a mais que em 2008.
 
Entretanto, caso a legislação aprovada na Câmara entre em vigor, o desmate poderá ser 1,7 milhão de hectares (17 mil km²) superior ao total registrado há três anos, ou seja, o Brasil perderia até 2020 uma área de florestas equivalente a três vezes o tamanho do Distrito Federal.
 
Para se chegar a este índice, os pesquisadores analisaram desde 2007 uma região entre o centro-norte do Mato Grosso e a porção Sul do Pará. Esta área, com extensão de 1.200 km² (equivalente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro) passa por expansão da fronteira agrícola em direção à Amazônia e é cortada pela BR-163, estrada federal que liga Cuiabá a Santarém.
 
“O objetivo era avaliar o impacto das políticas públicas sobre o uso da terra. Esta área pode proporcionar uma alta no desmate da Amazônia devido às melhorias na rodovia. Seria facilitado o acesso à mata fechada”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB e coordenador da pesquisa.
 
Ainda segundo Rodrigues Filho, foram realizados cálculos matemáticos na pesquisa (que custou cerca de R$ 275 mil, bancados pela União Europeia). Através desta estatística foi possível relacionar que o aumento do preço de commodities como a soja e a carne de boi se correlaciona de forma ‘perfeita’ com a taxa de desmatamento.
 
“Analisamos o impacto das políticas públicas de 1995 até 2010. Se a soja ou a carne bovina sofre uma alta no mercado internacional, o desmatamento aumenta na região da Amazônia Legal, porque haverá uma procura maior por essas culturas”, disse o pesquisador.
 
Impacto – Elaborado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC-do B/SP), a nova legislação foi aprovada no último dia 24, em votação realizada na Câmara, em Brasília. Criticado por ambientalistas e por membros do governo, alguns itens aprovados foram:
 
- Pequenas propriedades rurais de até quatro módulos fiscais, que podem variar de 20 a 400 hectares, ficam isentas de ter a reserva legal. Nas maiores, a reserva deve abranger entre 20 e 80% da propriedade, dependendo da região.
- Fica permitido incluir as áreas de preservação permanente na soma da reserva legal.
- Quem desmatou APP na margem de rio, que é de 30 metros, deve recompor apenas 15 metros.
 
De acordo com o professor da UNB, o aumento da devastação da Amazônia Legal na comparação entre agosto e abril de 2009/2010 e 2010 /2011 é uma demonstração de que a mudança no governo (eleição da presidente Dilma Rousseff) e na legislação sobre o uso do solo já causou uma aceleração neste processo.
 
Dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta um aumento de 27% no desmatamento entre os períodos (1457 km² entre 2009/2010 e 1848 km² entre 2010/2011).
 
“Essa flexibilização para os proprietários rurais, diminuição da reserva legal e redução das APPs (Áreas de Proteção Permanente) só vai diminuir a preservação. Era previsível que a revisão do código traduzisse em uma transgressão ambiental consentida”, afirmou Rodrigues Filho.
 
Código – O texto estabelece ainda que a União, estados e o Distrito Federal deverão criar programas de regularização ambiental para as propriedades rurais. Outro ponto polêmico foi a aprovação da emenda que garante a manutenção do plantio consolidado até julho de 2008 nas APPs de rios, encostas e topos de morro.
 
O governo não queria aprovar a emenda do jeito que estava e vai tentar derrubá-la (ou modificá-la) no Senado. A tramitação e análise do projeto com os senadores deve demorar mais seis meses. 


Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza


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