30.4.11

Nova proposta do relator do Código Florestal irrita governo - Política - Piauí - 180graus

Nova proposta do relator do Código Florestal irrita governo - Política - Piauí - 180graus

29.4.11

Quase metade da Amazônia no país é área de preservação



Levantamento feito por ONGs indica que, ainda assim, esses locais têm fiscalização precária e falta de pessoal. Extensão protegida na floresta amazônica é equivalente a pouco mais de um quarto de todas as terras do Brasil


REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Quase metade da Amazônia brasileira pertence hoje à categoria de área protegida por lei contra a devastação, embora essas reservas ainda sofram com gestão precária e com a falta de pessoal para monitorá-las. 
Essa dicotomia entre copo meio cheio e meio vazio talvez seja a principal mensagem de um dos mais abrangentes relatórios sobre as áreas protegidas amazônicas, que acaba de ser publicado pelo ISA (Instituto Socioambiental) e pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Somando terras indígenas e os dois principais tipos de unidades de conservação (as de proteção integral, cujo nome já diz tudo, e as de uso sustentável, nas quais é possível a extração controlada de madeira, por exemplo), 43,9% do território amazônico está protegido. 
É pouco mais do que um quarto de todas as terras do Brasil. E, no caso de alguns Estados, a proporção é ainda mais expressiva: Amapá, Roraima, Pará e Amazonas possuem mais da metade de seu território nessa categoria.
A inclusão das terras indígenas na conta faz um bocado de sentido, embora os povos que habitam tradicionalmente essas áreas tenham o direito de caçar e pescar nelas, por exemplo. 
Vários levantamentos apontam que formalizar a posse de certas áreas por seus habitantes nativos é uma excelente maneira de evitar o desmatamento nelas. 
E, de fato, a taxa de desmate de 1998 a 2009 é a menor nas terras indígenas: cerca de 1,5% da área. 
Em unidades de conservação integral, como parques nacionais, esse número no mesmo período foi de 2,1%. Terras indígenas e unidades de conservação contribuem de modo quase parelho para o número total de áreas protegidas na Amazônia.

BOM NO PAPEL
Eis, aliás, outra conclusão clara do trabalho: a definição de uma região como área protegida tem um efeito relativamente fácil de medir sobre o avanço do desmatamento. Basta dizer que a perda de florestas nas áreas protegidas em uma década, cerca de 12 mil km², foi semelhante ao que se desmatou na Amazônia toda em apenas um ano, o de 2008 "" que na verdade foi um dos menos devastadores do período. 
É claro que é necessário fazer algumas ressalvas a isso. 
Certas áreas protegidas são criadas em locais remotos, onde há pouca pressão da fronteira agrícola, por exemplo. Mesmo assim, trata-se de um fenômeno conhecido e esperado, o dos "paper parks" (parques de papel). 
A ideia é que a simples canetada criando uma reserva já é capaz de dissuadir, em parte, a ação de desmatadores ilegais. Mas são mesmo parques de papel? Em muitos casos sim, indica a pesquisa. 
Veja-se o caso das unidades de conservação. Nelas, a média de funcionários alocados é de uma pessoa para cada 1.871 km² de Amazônia ""ou mais do que todo o município de São Paulo para um único sujeito monitorar.
Do mesmo modo, hoje só há um plano de manejo aprovado oficialmente para metade dessas unidades de conservação.
É o plano de manejo que vai definir como as unidades vão funcionar, e é especialmente importante nas de uso sustentável, pois determina quantas árvores de que idade podem ser cortadas, quais frutos podem ser coletados, entre outras formas de usar a floresta sem destruí-la.
O relatório foi coordenado por Adalberto Veríssimo e Mariana Vedoveto, do Imazon, e por Alicia Rolla e Silvia de Melo Futada, do ISA.


Fonte: Folha de São Paulo


28.4.11

DF: florestas energéticas e resíduos são fontes de bio-óleo e biocarvão


Utilizando madeira de eucalipto no processo de pirólise rápida, a Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento produziu bio-óleo que também pode ser fabricado a partir de quase todos os tipos de materiais orgânicos.


O processo de pirólise conhecido industrialmente, está presente na indústria do petróleo, de carvão mineral e principalmente na agro-indústria do carvão vegetal. “A aplicação de que estamos falando é a pirólise rápida que transforma termoquimicamente partículas moídas de biomassa, no formato de serragem, em bio-óleo combustível”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Dilcio Rocha. E ainda produz o biocarvão, que pode ser utilizado como fertilizante, até mesmo em sistemas de produção orgânica, e em muitas outras aplicações, como por exemplo, na prevenção da poluição ambiental e na descontaminação de corpos d’água e de solo impactados por metais tóxicos. 

Embora ainda pouco conhecido, o bio-óleo tem grande potencial para substituir o petróleo, com vantagens, em várias aplicações. O bio-óleo é um combustível orgânico, renovável e derivado do processamento de resíduos agrícolas e florestais. Trata-se de um óleo negro e de odor característico que sai com alto rendimento do processo de pirólise ou degradação térmica acelerada. 

Diversos resíduos foram utilizados nos experimentos realizados em uma planta-piloto na Universidade de Campinas (Unicamp), podendo ser citados: capim elefante, palha de cana-de-açúcar, casca de arroz, casca de café, restos de cultura de milho e tabaco, etc. 

Entre as matérias-primas testadas pela Embrapa Agroenergia, o bagaço de laranja e a madeira de eucalipto são as melhores biomassas para produção de bio-óleo e de carvão vegetal. De acordo com Rocha, o bio-óleo rende até 60% em massa comparativamente à matéria-prima usada, ou seja, uma tonelada de serragem pode render até 600 kg de bio-óleo. 

A substituição de óleo combustível BPF, derivado de petróleo, gera energia elétrica e emite menos gases de efeito estufa. Alem, da geração termelétrica, o bio-óleo pode ser usado como insumo químico, em resinas e aditivos e como fungicida. Uma aplicação recente, ainda em estudo, é a produção de gás de síntese para produzir fertilizantes, combustíveis e derivados semelhantes aos de petróleo, mas por via renovável. 

Esse é o conceito de Química Verde, que vem ganhando adeptos e significa substituir as matérias primas tradicionais e geralmente poluentes por insumos derivados de biomassa. Isso vai significar além da trocas das matérias-primas, grandes mudanças tecnológicas e para isso o Brasil está se preparando. “Atualmente, temos matérias-primas e também tecnologia de conversão, afinal, a rota termoquímica é viável”, afirma o pesquisador. 

As florestas para uso energético têm a possibilidade de garantir o fluxo de matérias-primas para as tecnologias inovadoras que o país tanto precisa. A mitigação das mudanças climáticas e principalmente o combate à poluição ambiental estão diretamente ligados a substituição dos combustíveis fóssil e nuclear pela energia renovável da biomassa. 

O desenvolvimento de tecnologias inovadoras que transformem os resíduos de biomassa em energia renovável proporciona melhores condições de vida para quem vive nas grandes cidades e gera emprego e renda para quem produz nas regiões rurais. 

Essa ação faz parte do Projeto Florestas Energéticas, liderado pela Embrapa Florestas, com a parceria de unidades da Empresa e de instituições públicas e privadas nacionais. O projeto contempla pesquisas na área de expansão de plantios florestais, de tecnologias ligadas aos usos tradicionais da madeira, bem como a utilização de tecnologias inovadoras para produção biocarvão, bio-óleo, etanol e celulignina, além de avaliação dos impactos ambientais de plantios florestais. “O projeto florestas energéticas está alavancando tecnologias desse perfil e para isso as parcerias são fundamentais. Quem ganha é o país e a sociedade”, conclui José Dilcio Rocha.


Fonte: Embrapa


27.4.11

Programa Agricultura de Baixo Carbono é boa opção para produtores


Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) busca estimular técnicas que aliam produção agropecuária com redução dos gases causadores do efeito estufa.


Criado em junho do ano passado, o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) ainda não chegou ao conhecimento de grande parte dos envolvidos no agronegócio brasileiro. Muitos agricultores, técnicos e, até mesmo, instituições governamentais não possuem informações concretas sobre o funcionamento e os serviços oferecidos pelo ABC. O programa foi instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o objetivo de estimular técnicas e atitudes que aliem produção de alimentos e bionergia com redução dos gases causadores do efeito estufa. 

O Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 disponibiliza R$ 18 bilhões para crédito rural. Deste total, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC, para investimento em técnicas que garantem balanço positivo entre sequestro e emissão de dióxido de carbono (CO2). O programa vai garantir recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de 12 anos. A carência pode variar de seis meses a três anos dependendo da tecnologia adotada pelo produtor. 

Segundo o Mapa, o ABC é destinado aos agricultores de todos os biomas brasileiros e pretende, em um prazo de 10 anos, deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2. Os recursos do programa são focados em cinco práticas sustentáveis de produção: plantio direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio de florestas, recuperação de áreas degradadas e fixação biológica de nitrogênio. 

Para Renato Viana Gonçalves, da divisão de cultivos florestais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), o resultado do programa vai depender da percepção do produtor e da expectativa de retorno financeiro. O programa vai propiciar o equilíbrio entre produção e sustentabilidade ambiental, avalia. 

Remuneração 
O diretor adjunto de pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Augusto Guilherme de Araújo, lembra que a legislação ambiental está cada vez mais restritiva quanto ao uso de agrotóxicos e para o controle da erosão. Quando surge uma forma de transformar o impacto ambiental negativo em positivo, o produtor que se adequar pode ganhar com isso, revela. Araújo acredita que essa iniciativa pode indicar um posicionamento favorável do governo à remuneração por serviços ambientais. A sociedade está começando a se conscientizar de que é preciso pagar o agricultor pelo serviço ambiental prestado. O ABC vem ao encontro desse anseio do produtor, argumenta. 

De acordo com o responsável técnico da Master Ambiental, Fernando João Rodrigues de Barros, a indefinição para aprovação do novo Código Florestal dificulta o processo. Barros acredita que após a definição da nova legislação, deve se iniciar um processo de aproximação entre produtores e ambientalistas. Só existe um caminho: remunerar o produtor que protege a água e os recursos de sua propriedade, reforça Barros, alegando que o Brasil só conseguirá atender a demanda mundial por alimentos se preservar sua água. 

O pesquisador do Iapar, Sérgio José Alves, explica que, por meio da fotossíntese, a produção agrícola retira o carbono da atmosfera e o fixa nas plantas. Ao utilizar o produto na alimentação animal - como o farelo de soja - parte do carbono volta a ser liberado na atmosfera e parte é fixada no animal. O objetivo é deixar esse balanço positivo, que ocorre quando o volume de carbono retirado da atmosfera e fixado nas plantas e no solo é maior do que o emitido, esclarece. Segundo ele, o programa ABC é uma oportunidade para o produtor. É uma oportunidade de ganhar mais e praticar agricultura de menor impacto ambiental, avalia. 

Mais investimentos 
Além do ABC, recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 são investidos no Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), que inclui a cultura da palma entre os itens financiáveis, quando cultivada em áreas degradadas, e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora), direcionado à implantação de florestas e à recomposição das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente.

Plantio direto é destaque no Paraná
Dentre as atitudes sustentáveis enfatizadas pelo programa Agricultura de Baixo Carbono, o Plantio Direto na Palha é o mais disseminado entre os agricultores paranaenses. O pesquisador do Iapar, Sérgio José Alves, informa que o Estado possui 5 milhões de hectares plantados no sistema. O produtor Cláudio Vicente DAgostini foi um dos pioneiros a aderir ao plantio direto. Em sua propriedade de 387 hectares, localizada em Sabáudia, DAgostini utiliza a técnica há 20 anos. Não sei se ficaria na roça sem o plantio direto, ressalta. Com o ABC, o Ministério da Agricultura pretende ampliar a área ocupada com a técnica em 8 milhões de hectares. 

No verão eu planto soja por dois anos e depois planto milho. Faço rotação de culturas para não ter perigo de doenças e também porque faz bem para a terra, alega. Já no inverno, DAgostini planta milho safrinha ou trigo. Mesmo sem saber detalhes sobre os benefícios do plantio direto para a retenção de carbono, o produtor esclarece que optou pela técnica para evitar a erosão. Hoje, resolvi 100% do problema, dificilmente corre água na plantação, comemora. 

A semeadura direta na palha faz com que a terra não fique exposta ao sol. Além disso, ao dispensar o revolvimento da terra, o sistema preserva a matéria orgânica no solo, o que representa mais carbono fixado. De acordo com o engenheiro agrônomo do Instituto Emater, Geraldo Moreli, a lavoura de Cláudio DAgostini possui elevado nível de carbono por metro cúbico de solo, devido ao processo contínuo de plantio direto e à realização de rotação de culturas. Ao manter a palha no solo o produtor evita erosão e os microorganismos agem com mais intensidade, explica Moreli. 

Segundo Sérgio Alves, com o plantio direto a taxa de apodrecimento da palha que fica na superfície é menor se comparado ao solo arado. Quando a palhada apodrece, uma parte do carbono é absorvida pelo solo e outra volta para a atmosfera, elucida. Alves afirma que a média de presença de matéria orgânica do solo em Londrina é de 1,8%. Já registramos índices de 3% de matéria orgânica em áreas com plantio direto, salienta. 

Outras práticas 
Em relação à fixação biológica do nitrogênio, o chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre José Cattelan, afirma que esta é uma técnica muito importante para a cultura da soja. O Brasil é o país que mais utiliza essa tecnologia, revela. A inoculação de bactérias em sementes de leguminosas reduz a adubação mineral nitrogenada e, em alguns casos, chega a substituí-la, diminuindo o custo de produção. Calcula-se uma economia de R$ 5 bilhões por safra no País, informa. 

Cattelan aponta, ainda, outras práticas agrícolas que trazem benefícios ao meio ambiente e economia ao produtor, como o Manejo Integrado de Pragas, que reduz a aplicação de inseticidas, e as pesquisas destinadas à racionalização do uso de fertilizantes, que garantem o bom desempenho das lavouras com uso de quantidade mínima de aplicações. Cattelan destaca também a rotação de culturas e o uso de cultivares resistentes a doenças, que reduzem a aplicação de agrotóxicos.

Retenção de carbono garante qualidade do solo
O produtor Paulo Guerra possui 15 hectares plantado com seringueira: por ser uma cultura perene, a floresta contribui para o balanço positivo de rentenção de carbonoNo município de Cafeara, Norte do Estado, o produtor Paulo Roberto de Guerra Carvalho realiza, desde a década de 1990, integração lavoura-pecuária e plantio de seringueiras. Com respaldo de uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa Agropecuária Oeste em sua propriedade, Guerra afirma que o sistema de integração das culturas de soja e braquiária é o que mais incorpora carbono no solo. ‘‘Preciso reter carbono para aumentar a matéria orgânica no solo. Economicamente o meu sistema não é viável se eu não preservar’’, salienta. 

No início, Guerra intercalava a soja de verão com o milho safrinha, consorciado com aveia e nabo. No entanto, o agricultor percebeu que o aproveitamento era baixo durante o inverno e passou a plantar braquiária após a colheita da soja. ‘‘A braquiária fica no campo até setembro ou outubro e, depois, começo o plantio da soja’’, explica. A fazenda Santa Helena possui 811 hectares, dos quais, 400 são ocupados com integração lavoura-pecuária. A braquiária é utilizada para alimentar as 800 cabeças de gado de corte mantidas por Guerra. O agricultor também produz café e cana-de-açúcar. ‘‘Mas estou pensando em transformar a área de cana em integração porque o resultado é mais consistente’’, avalia. 

Atualmente, Guerra possui 110 hectares ocupados por reserva legal, área de preservação permanente (APP) e reflorestamento. O plantio de seringueira teve início em 1990 e hoje ocupa 15 hectares da fazenda Santa Helena. Por ser uma cultura perene, a floresta contribui para o balanço positivo de retenção de carbono. De acordo com chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre José Cattelan, os sistemas florestais são mais sustentáveis, pois quanto mais perene a cultura, mais carbono ela mantém. O pesquisador do Iapar, Sérgio José Alves, estima que o Paraná possua 300 mil hectares no sistema de integração lavoura-pecuária-floresta. ‘‘Ainda é pouco, mas a técnica está crescendo’’, comenta. 

Agrônomo, Paulo Guerra percebeu que o solo da região de Cafeara é muito arenoso e suscetível à erosão e, por esse motivo, buscou formas mais conservacionistas de produção. ‘‘O foco era não perder o solo, mas depois percebi que o que era bom para isso incluía a preservação de carbono no solo’’, explica. 

A meta do programa ABC é aumentar, na próxima década, a utilização dos sistemas de ILPF em 4 milhões de hectares. Em relação à área de florestas, a intenção do Mapa é passar dos atuais 6 milhões de hectares para 9 milhões de hectares até 2020.


Fonte: Folha de Londrina/ Mariana Fabre


26.4.11

Marco Maia admite adiar votação do Código Florestal, prevista para a semana que vem


No entanto, segundo o deputado, o mais importante é que o governo já unificou uma posição sobre o assunto.


O presidente da Câmara, deputado Marco Maia, reafirmou que a votação do Código Florestal está mantida para os dias 3 e 4 de maio, mas admitiu que a data pode ser alterada mais uma vez, caso haja acordo das lideranças partidárias. “Estamos com a data marcada. Mas, se houver um consenso, um acordo entre as lideranças para mudar a data, não será a presidência da Câmara que irá se opor a esta mudança”, disse Maia. 

Na tarde desta segunda-feira (25/04), a presidenta daSociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, e representantes da comunidade científica se reuniram com Marco Maia para pedir o adiamento da votação. Eles querem que o texto possa ser votado levando em conta o pensamento da comunidade científica. 

Marco Maia informou que recebeu "com atenção" a proposta da SBPC e disse aos representantes da comunidade científica que eles precisam conversar com o governo e com os deputados para apresentar suas propostas. Segundo Maia, a mudança da data de votação do código depende das lideranças e bancadas da Câmara. 

Marco Maia anunciou que, nesta terça-feira (26/04), os ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente e das Relações Institucionais vão estar na Câmara, às 15 horas, para uma reunião com os líderes partidários, quando apresentarão os pontos defendidos pelo governo e conversarão sobre a votação do código. “O importante é que o governo já unificou uma posição e os ministérios têm uma opinião comum sobre o Código Florestal”, disse. 


Fonte: Globo Rural Online


22.4.11

Convivência Social : A Questão Da Ética, Cidadania E Meio Ambiente


Autor: DANIELY LOPES

Ao iniciar um trabalho que envolve ética, cidadania e meio ambiente como objeto de estudo, consideramos importante dizer que são valores que devem estar sempre associados, na perspectiva da felicidade e do bem comum. Para Luis Carlos ludovikus : A ética cuida do nosso ser na vida.


Para os gregos a natureza era a medida de todas as coisas. O que não era bom para o meio ambiente não poderia ser bom para a humanidade. E a partir desse princípio, eram formuladas leis e regras de convivência, voltadas, principalmente para o bem da coletividade.


Muita coisa mudou nessa trajetória.


Os valores coletivos aos poucos foram cedendo lugar aos interesses individuais, e a natureza deixou de ser critério para o desenvolvimento da humanidade. Como resultado dessa mudança de valores, hoje o mundo vive uma situação de grande desigualdade social e desequilíbrio ambiental colocando em risco a qualidade de vida de toda a população, principalmente das gerações futuras.


A urgência destas questões deve-se à crise imediata que vive, seja em nível mundial, no relacionamento com os outros ou com a própria natureza. Há uma percepção cada vez maior que haverá transformação no plano global sem uma nova base de valores para serem vivenciados e que fazem parte de nossa natureza original. Valores que determinam a vida de cada ser na Terra.


A questão ambiental está permeada de valores éticos e espirituais que são, na essência, os princípios do espírito humano e da própria vida. A ausência de percepção destes valores gerou a crise, até mesmo na área científico-tecnológica, o filho pródigo da sociedade moderna tentou reduzir a humanidade à conquista de metas puramente materiais, algo que representaria a própria negação do homem. Porém, é possível mudar essa realidade.


O primeiro passo é refletir sobre o impacto das escolhas individuais sobre o meio ambiente e na sociedade. A partir daí, o segundo passo é propor e implementar ações que possam tornar o mundo melhor para todos. Segundo, Luis Carlos Ludovikus, professor da escola do Legislativo da Assembléia legislativa de Minas Gerais: essa é uma possível relação entre ética, cidadania e meio ambiente. A moral só vai pensar em certos valores, normas e regras, para a gente viver no nosso cotidiano. O que podemos fazer e o que não podemos: A ética vai questionar esses valores, esses princípios que regem essa moral. Se eles estão conduzindo bem. A ética poderá resolver, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos.


AÇÕES RUMO À CIDADANIA


Cidadania é exercício democrático de fazer escolhas. Seja de seus representantes, seja dos caminhos que se deseja para a sociedade. Toda comunidade – organizada em âmbito local, regional ou nacional trabalha na conquista de seus objetivos.


A legislação ambiental de um país, estado ou município é um poderoso instrumento de cidadania. Não apenas porque informa os direitos de cada um em relação ao meio ambiente, mas também porque, através do conhecimento dessas leis, é possível questioná-las, propor mudanças e até mesmo participar da elaboração de um nova lei ambiental.


A legislação brasileira garante o direito do cidadão ao meio ambiente hígido. O meio ambiente é um bem público de uso comum. Segundo o artigo 225 da Constituição Brasileira:


Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade da vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO, 225)


O meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito assegurado pela Constituição Federal, que definiu o meio ambiente como bem público de uso comum do povo, isto é, não pode ser objeto de apropriação privada ou estatal contrária ao interesse público. A utilização dos bens ambientais pelo Estado ou pelas empresas privadas não pode impedir que a coletividade use e desfrute desses bens.


A Constituição foi ainda mais longe ao impor ao Poder Público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente. Isto significa que se o governo por acaso cruza os braços e faz vista grossa à degradação ambiental, os cidadãos e suas associações têm meios legais de exigir a proteção ambiental.


Sabe-se bem que as leis nem sempre são cumpridas. É o que ocorre com a legislação ambiental. As empresas e o próprio governo são muitas vezes os primeiros a violar a lei ambiental, invadindo o espaço público para defender interesses econômicos privados. A luta pela defesa dos direitos ambientais é, assim, eticamente, uma luta para garantir o caráter público do meio ambiente.



CONSIDERAÇÕES GERAIS


Uma postura ética hoje diante das questões ambientais seria sair dessa lógica de que não estamos poluindo o meio ambiente. Ser ético é saber estar com o outro, mobilizar com o outro, buscar, trabalhar mudanças e reformas para que possamos ter um mundo habitável para todos e não só para um grupo.


Na verdade, indivíduos lutarão pela vida, independente de sistemas ideológicos e/ ou políticos, quando conscientes de uns valores intrínsecos, pertencentes a todos de forma indiscriminada: somos emergências organizadas do Universo, devemos a ele nossa permanência limitada no tempo e a permanência, mais duradoura, de uma Humanidade.


Só o que de alguma maneira consegue perceber isto é que pode, independentemente de Instituições educacionais, políticas, empresariais etc., arcar na solidão de suas individualidades com a responsabilidade de permitir outros seres humanos. E só a ética e a valorização do conhecimento é que podem forjar tais pessoas. Somente os que de alguma maneira chegaram a atingir esse nível de complexidade é que podem tentar, mesmo quando indivíduos, melhorar o meio ambiente com significado, tal que os demais processos sejam possíveis.


Retiraram suas forças da afetividade, se possuírem tal fonte,uma ética básica depende diretamente da capacidade de amar de alguns: embora isso ainda pareça demasiado frágil, é na verdade o que nos resta tentar efetivamente.


A ética concebida como o respeito ao meio ambiente não pode ser só um capricho individualista, mas, sim, um conjunto de regras e protocolos que geram atitudes em prol de toda a sociedade. Hoje, a velocidade com que as coisas acontecem e o acesso democrático à informação, frutos da globalização e do conhecimento, trouxeram mais liberdade e, com ela, maiores responsabilidades.


Cada empresário deve ter em vista a sua empresa como parte de um mundo não formado apenas pelo seu público alvo, mas por seres humanos que sabem claramente distinguir os que são honestos em seus propósitos dos que oferecem apenas ilusões. É necessário e urgente que as empresas "acordem" para o fato de que a mudança de mentalidade é inadiável e indispensável. Vamos de uma vez por todas abolir o conceito de que levar vantagem é o maior ganho do esperto, pois o lucro de hoje poderá ser o prejuízo de amanhã.


O direito do cidadão é inseparável da luta pelos seus direitos. O cidadão é o indivíduo que luta pelo reconhecimento de seus direitos, para fazer valer esses direitos quando eles não são respeitados. É necessário ter consciência do direito de cada um e de todos ao meio ambiente sadio. É preciso utilizar os instrumentos que a lei oferece ao cidadão e suas associações para fazer cumprir a lei e proteger o meio ambiente.


Foi mencionado que o meio ambiente é um bem coletivo, um bem de uso comum do povo. Não deve ser destruído para atender interesses econômicos privados que se chocam com o interesse público da coletividade, como por exemplo, poluição do ar, da água e dos alimentos. Não se pode admitir que alguns enriqueçam, enquanto a maioria é prejudicada com a degradação ambiental.


Com relação ao meio ambiente, é necessário sair do campo da mera retórica, para que a presença da ação do cidadão, enquanto propulsor da preservação ambiental seja algo efetivo. São pequenas coisas que podem ser feitas e que, muitas vezes, não são, porque não há a prática dos indivíduos, ou das instituições.


Cada um de nós tem um conhecimento. Quem mora no meio rural tem muito a ensinar sobre a natureza. O próprio GUIMARÃES ROSA, em sua grande obra, Grande Sertão Veredas, coloca na boca de um matuto: a gente quase somente faz o que a bobagem do mundo quer. Hoje estamos fazendo o que a economia está ditando, que a felicidade é comprar. Mas a felicidade é atuar na vida pública como cidadão. Sendo assim a função da ética explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes, torna-se uma ditadura do comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade.


Por outro lado, a realidade moral varia historicamente e, com ela, variam os seus princípios e as suas normas. A pretensão de formular princípios e normas universais, deixando de lado a experiência moral histórica, afastaria da teoria precisamente a realidade que deveria explicar. O sistema de normas e, com isso, o conteúdo da obrigação moral muda, historicamente, de uma sociedade para outra e, inclusive, no seio de uma mesma comunidade. O permitido hoje foi proibido ontem. O que atualmente se proíbe, talvez seja permitido amanhã.


Contudo, seja qual for à época ou a sociedade de que se trate, o homem sempre admitirá uma obrigatoriedade moral. Sempre existiu um sistema de normas que define os limites do obrigatório e do não obrigatório. A relação entre ética, cidadania e meio ambiente deve ser entendida como a prática para assegurar a conquista e o exercício de direitos que garantam uma natureza recriada pelas atividades humanas assegurando nossas condições de sobrevivência.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. BREDARIOL, Celso. Cidadania e política Ambiental, Liszt Vieira. Rio de Janeiro: Record, 1998.


2. Fórum de Educação Ambiental


3. HERKENHOFf, João Baptista


4. Meio Ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais. 2ª ed. – São Paulo, 1998


5. Revista Semeando,agenda 21 na prática:ética, cidadania e meio ambiente. Ed. anual-ano 3-MG, 2008.
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/convivencia-social-a-questao-da-etica-cidadania-e-meio-ambiente-1928647.html

Perfil do Autor

Graduada em PEDAGOGIA- Universidade de Santo Amaro


Capacitada em EDUCAÇÃO FISCAL


Qualificada em Administração e Informática.


Pós graduanda em Supervisão e Inspeção Escolar -Pedagogia  nos espaços não escolares :Pedgogia Empresarial  e Pedagogia Hospitalar- FUNORTE/SOEBRAS.   Montes Claros
 

21.4.11

A Influência Do Clima Na Vida Do Homem


Escrito por Antonio Paiva Rodrigues

Existem no planeta terra diversos tipos de clima. Os climas influem sobre a saúde dos seres humanos, bem como nos animais. O clima polar tem as nuanças que a maioria dos povos não queria passar. Pouco sol no verão e nada no inverno, não há concentração de calor, as temperaturas são baixas e podem chegar somente até 10° e por esse motivo, as regiões polares ficam constantemente cobertas por gelo e neve. Já o clima temperado tem uma grande relevância para determinados tipos de pessoas, visto que este tipo de clima pode aparecer nas quatro estações do ano, e ele se divide em: Marítimo: onde as temperaturas são constantes, já o Continental diverge pelos verões quentes e invernos frios e secos, mas não deixa de ser um bom clima. No clima mediterrâneo - neste clima o inverno é mais ameno, porém mais chuvoso, já o verão é mais quente e seco. Normalmente as chuvas ocorrem no inverno e no outono. No tropical as características deste clima costuma ocorrer no verão, onde ocorrem às chuvas e no inverno, mais brando e seco, ele é mais comum nos territórios brasileiros, apresentando assim uma temperatura mais elevada o ano todo.
O clima equatorial é o que ocorre na faixa equatorial, às chuvas são mais frequentes e sua temperatura anual é maior do que 24°C. No Clima subtropical: no subtropical o clima notabiliza-se pela presença das chuvas, sendo mais frequentes, os verões são bem mais quentes e o inverno bem mais frio. Já noclima desértico: Baixo índice pluviométrico apresenta temperaturas maiores que 40°C, porém à noite pode chegar até 0°C, predominando o inverno.  O clima semiárido: É o clima onde apresenta poucas chuvas, e além de tudo são mal distribuídas. Este clima está mais para o sertão nordestino. Os climas frios são mais salubres que os climas quentes, os secos, muito mais que os úmidos, os climas das alturas são melhores em comparação o das planícies e os da costa do mar superiores aos dos interiores. O sol nos climas mais quentes podem provocar doenças de pele, inclusive o câncer. Os médicos recomendam que o banho de sol deva ter sua primeira parte encerrada às 10 horas do dia e a segunda iniciada depois das 16 horas. Falando-se em clima não poderemos esquecer-nos da pressão atmosférica.
Ter peso e estar em constante movimentação - são duas das inúmeras características da atmosfera. Portanto, a pressão atmosférica é a ação do peso da atmosfera sobre a superfície do planeta. Pode variar em função da altitude e da temperatura. Quanto menor a altitude a temperatura é maior, e quando a altitude é maior a temperatura é menor. O vento é o ar em movimento. O ar move-se horizontalmente, tanto em superfície como em altitude, mas também se move verticalmente, devido ás diferenças de agentes do relevo que podem ser: a) Internos ou endógenos – Processos estruturais que atuam do ipedloucura para o exterior: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos. b) Externos ou exógenos – Processos esculturais que atuam externamente, modificando as paisagens, como o intemperismo, a ação das águas, do vento, do mar, do gelo e dos seres vivos entre outro. Seu mecanismo está expresso na primeira Lei da Circulação atmosférica, do holandês Buys Ballot, que diz "os ventos sempre sopram das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão".
Quanto existe alta pressão são chamadas de anticiclonais e são dispersoras ventos. Já na baixa pressão ocorrem as ciclonais que são as receptoras de vento. As pessoas que tem problemas pulmonares e alergias respiram melhor nas regiões frescas, além de se alimentar bem melhor e mais fácil, visto que aqueles que são predispostos a afecções do aparelho respiratório, ou o velho e surrado reumatismo vivem satisfatoriamente nos climas quentes e repelem os úmidos. Quanto maior for à poluição do ar o clima torna-se insuportável para pessoas portadoras de doenças respiratórias e alérgicas. O clima das partes mais elevadas o ar é mais puro e menos pesado, favorecendo aquelas pessoas que são portadoras de doenças pulmonares. Entre elas a tuberculose, os climas de superfície são bem melhores para os asmáticos, os enfisemátosos e os cardíacos. O clima bem estudado e seus aspectos bem entendidos são verdadeiros remédios para determinados doentes. Os climas de praia têm as suas vantagens para quem sofre de escrofulose (De origem tuberculosa, a escrofulose é uma doença que se manifesta pela formação de tumores duros e dolorosos principalmente no queixo, pescoço, axilas e virilhas. Os abscessos podem abrir e libertar uma secreção amarela ou incolor).
A  “limpeza do sangue é muito importante no tratamento desta doença por isso deve-se insistir no consumo alimentos depurativos como, por exemplo, o agrião, pepino ou mesmo o abacaxi, e a prática de atividades físicas leves devem ser estimuladas para promover a sudorese”, problemas linfáticos, e de nutrição insuficiente. Existe clima para todo tipo de ser humano. As pessoas delicadas que adoecem com constância devem procuram os climas das regiões ricas de matas, por ter o ar mais oxigenado. As casas de recuperação de doentes, sanatórios devem estar localizadas em locais sem poeira e isento de germes. O clima mexe até com as funções do corpo humano, pois com o excesso de calor o apetite diminui e a velha sede aumenta, as pulsações cardíacas aumentam e a respiração fica mais ofegante.
A insolação, cefaleias intensas, convulsões, vômitos podem ser sua iniciação no excesso de calor, isto é em temperaturas muito elevadas. O cuidado com a higiene diária, a limpeza da casa, do ambiente de trabalho, o uso de pano molhado em lugar dos desinfetantes são ações que melhoram a situação dos doentes. Vejam como o clima tem substancial importância para homens e animais, mas a preocupação com o meio ambiente o homem sempre esquece. O maior predador da natureza somos nós humanos. A conscientização é necessária senão não teremos mais água e em consequência ar puro para respirar.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE E DA AOUVIR/CE

20.4.11

Perigos da agricultura convencional

Escrito por Tatiana Regina Sandy Reis


É sabido que a produção convencional de alimentos é responsável pela contaminação de lençóis freáticos, rios e oceanos, diminui a fertilidade do solo, aumenta a dependência de energia petroquímica, que é não-renovável, e também leva a um círculo vicioso de dependência química de insumos e produtos tóxicos. Um grande perigo de alguns produtos é que eles se acumulam, desenvolvendo tumores que crescem lentamente, não sendo possível a imediata relação com os agentes causadores.

O glifosato, N-(fosfonometil) glicina, princípio ativo do round up®, ofertado sob diversas marcas, é o produto que mais causa intoxicações no Brasil, apesar de ser classificado como faixa verde. Mesmo tendo o marketing de que se trata de um produto seguro, estudos de laboratórios têm encontrado efeitos indesejáveis em praticamente todas as categorias de testes.

Estes efeitos incluem irritação de pele e olhos, dor de cabeça, náusea, vômito, tontura, desmaios, lesões em glândulas salivares, inflamações gástricas, danos genéticos em células sanguíneas, transtornos reprodutivos, carcinogênese, palpitação cardíaca, alterações na pressão arterial, edema pulmonar, alergias, dor abdominal, perda de líquido gastrointestinal, destruição de glóbulos vermelhos no sangue e danos no sistema renal.

A combinação do glifosato com nitratos no solo ou em combinação com a saliva, origina o N-nitroso glifosato, cuja composição também é potencialmente cancerígena e para a qual não há um nível de exposição seguro. O efeito do deste agente químico no organismo humano, segundo o Centro de Controle de Intoxicação da Unicamp, é cumulativo e a intensidade da intoxicação depende do tempo de contato com o produto.

O consumo de glifosato afeta não somente os agricultores, mas toda população, uma vez que a sua presença no meio ambiente, na água (mesmo subterrânea, fato que levou a Dinamarca a tomar medidas severas quanto à restrição ao seu uso) e nos alimentos aumenta seus efeitos. Além de tudo isso, os dessecantes, de maneira geral, causam um engrossamento das raízes das plantas não visadas pelo produto, dificultando a absorção de nutrientes do solo (PRIMAVESI, 2006).

Os produtos organoclorados, como o endossulfan, são derivados do petróleo e têm tido seu emprego progressivamente restringido ou mesmo proibido, por serem de lenta degradação, acumulando-se no meio ambiente e em seres vivos, podendo persistir por até 30 anos no solo, contaminando o ser humano através dos alimentos que ingere ou diretamente. Eles atuam sobre o sistema nervoso central, resultando em alterações do comportamento, distúrbios sensoriais, do equilíbrio, da atividade da musculatura involuntária e depressão dos centros vitais, particularmente da respiração.

O aldicarbe é um dos ingredientes ativos mais tóxicos encontrados entre os defensivos agrícolas no mercado. Este inseticida é absorvido pelo organismo pelas vias oral, respiratória e cutânea e é responsável pela morte de muitas de pessoas.

O princípio ativo carbofurano é encontrado mesmo em água subterrânea e traz riscos à saúde de animais selvagens, animais domésticos e à saúde humana. É proibido na Alemanha e teve sua licença encerrada em 2006 nos Estados Unidos, devido à intervenção de órgão ambiental.

Além dos efeitos nocivos causados pelos produtos discriminados, os fertilizantes químicos utilizados na agricultura convencional agravam os efeitos do aquecimento global, pois liberam óxido nitroso, que é 310 vezes mais eficaz que o dióxido de carbono para aquecer o planeta. Além disso, provocam a eutrofização das águas, tornando-a imprópria para consumo.

Fonte: Apostila do Curso de Ecologia Profunda – Associação Ipê e Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Agricultura Orgânica/Biodinâmica.

Fonte:oartigo.com

18.4.11

Borracha atinge valor recorde


Crescimento do segmento automobilístico pressiona cotação.


Os preços da borracha atingiram alta recorde no mercado interno, onde seguem cotados a R$ 9,71 por quilo do granulado escuro, que é o principal produto do Brasil, usado na indústria de pneus. Os preços se situam em patamares 53% superiores aos registrados em igual período do ano passado.
A alta das cotações é explicada por uma série de fatores. Entre eles, destacam-se a redução da produção de látex na Tailândia, Indonésia e Malásia, devido ao aumento na taxa de renovação nos seringais destes países. "Além disso, ocrescimento industrial da China tem sido muito forte, o que aumentou a demanda mundial pelo produto", avalia Heiko Rossmann, diretor-secretário da Apabor -- Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha. 

De acordo com Rossmann, o aquecimento do mercado automobilístico brasileiro, o quarto maior do mundo, também ajudou a elevar as cotações, que começaram a subir no final do ano passado. "A tendência é de que os preços se mantenham em altos patamares durante este ano", estima o diretor. Isso porque as chuvas registradas na Tailândia -- maior produtor e exportador mundial -- desde o início do ano já estão afetando a oferta mundial. 

No Brasil o reflexo da alta das cotações pode ser verificado no campo. “Os produtores estão buscando expandir a área de cultivo", diz Rossmann. Os investimentos visam ampliar a produção nacional de borracha, que é menor que a demanda. Em 2010 o Brasil produziu 130 mil toneladas e consumiu 385 mil toneladas do produto. Parte da demanda nacional é suprida com compras na Tailândia e Malásia que custaram ao país US$ 790 milhões em 2010. 

Ainda assim, de acordo com cálculos do executivo, para fazer frente à demanda interna, estimada em 627 mil toneladas em 2020 seria necessário cultivar 250 mil hectares de seringueira neste ano. "Os investimentos necessários para implantar essa área seriam da ordem de R$ 2 bilhões, mesmo valor que deve gasto nas compras externas em 2020, caso o cultivo não cresça no país", diz o executivo que defende uma maior aceleração na expansão do plantio.
Hoje o Brasil tem 150 mil hectares cultivados com seringueiras, 57% da produção está concentrada em São Paulo, que conta com 4.300 produtores. Implantar a área de 250 mil hectares significa gerar 40 mil empregos no campo e criar uma demanda de 7 mil sangradores, pessoal que poderia ser absorvido do segmento sucroalcooleiro, que por conta da mecanização da colheita está dispensando pessoal.


Fonte: Globo Rural/ Luciana Franco


14.4.11

Banestes vai investir R$ 200 milhões no Pronaf


O Banestes prevê aplicar, neste ano, um total de R$ 200 milhões no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Os recursos são oriundos do BNDES e dividem-se em duas linhas de crédito: O Pronaf Investimento e o Pronaf Mais Alimentos.


No Pronaf Investimento, os recursos serão destinados, preferencialmente, para a aquisição de máquinas e equipamentos. O valor das operação pode chegar a R$ 50 mil e a taxa de juros fica entre 1% ao ano e 4% ao ano, dependendo do valor a ser financiado. 

No Pronaf Mais Alimentos, as atividades apoiadas são: açafrao, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho, soja, sorgo e trigo, fruticultura, cultura de palmeiras para produção de palmito, olericultura, avicultura, bovinocultura (corte e leite) e suinocultura. O limite de financiamento é de R$ 130 mil, com taxa de 2% ao ano. 

Para aceso ao crédito, o produtor rural deve:
- Ser enquadrado como agricultor familiar, mediante apresentação da   Declaração de Aptidão ao Pronal (DAP): 
- Procurar a agência Banestes mais próxima; 
- Abrir uma conta-corrente. 

Na agência Banestes, o produtor rural será orientado pelo gerente a procurar um consultor do Bandes ou do Banestes que opera na região, para receber orientações quanto à utilização da linha de crédito.


Fonte: Governo do Espírito Santo


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