27.8.10

Plantio florestal é destaque em seminário do Programa Agricultura de Baixo Carbono

Hoje, é crescente a conscientização da sociedade em geral com relação à necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais do planeta, tornando-se com isso imprescindível a busca por fontes energéticas renováveis capazes de substituir as fontes não renováveis. O pesquisador Antônio Francisco Jurado Bellote, da Embrapa Florestas (Colombo/PR), participou na última semana do Seminário de Difusão do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento (MAPA). Em sua palestra, o pesquisador tratou do assunto “Plantio de florestas para produção de energia no Brasil: perspectivas e aspectos silviculturais”. O evento, que se propõe a difundir práticas que estimulem um novo enfoque à agricultura sustentável, por meio de ações que reduzam o aquecimento global, aconteceu nos dias 17 e 18 de agosto, no Auditório Assis Roberto de Bem, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (W/5 Norte, final), Brasília/DF. Hoje, é crescente a conscientização da sociedade em geral com relação à necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais do planeta, tornando-se com isso imprescindível a busca por fontes energéticas renováveis capazes de substituir as fontes não renováveis. Neste cenário, a biomassa poderá ser, em um futuro próximo, a base da energia renovável, fundada em biomassa florestal e/ou agrícola, para geração de biocombustíveis e como insumo para a indústria química. No caso da biomassa florestal, originada em plantios florestais, além de ser obtida de fonte renovável, tem balanço nulo no efeito estufa quando usada para produção de energia e é excelente fixadora de carbono quando empregada para outros fins. Segundo Bellote, “o uso da biomassa para seqüestro de carbono é ponto pacífico. Estima-se que entre 60 e 87 bilhões de toneladas de carbono poderão ser estocadas em florestas, entre 1990 e 2050, equivalendo a 12-15% das emissões por combustíveis fósseis no mesmo período”. Bellote afirma ainda que “outra vantagem potencial de emprego de biocombustíveis é a possibilidade de inserção do país no mercado de créditos de carbono”. A idéia central estaria embasada na venda de créditos de CO2 equivalente não emitido ou sequestrado. “Embora se saiba desse potencial, faz-se necessário investigar esta questão com maior detalhamento, mapeando oportunidades e riscos, além de subsidiar a elaboração de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), no intuito de se avaliar o que tais projetos agregariam ao país, não só no que se refere a aspectos econômicos, como de sustentabilidade social e ambiental”, completa. Para que a biomassa florestal possa efetivamente ocupar seu espaço neste cenário, é necessário investir em plantios florestais. O Brasil é um dos líderes na produção de biomassa de florestas plantadas pelo enorme sucesso na silvicultura, no melhoramento genético e na produção de mudas por sementes e processos clonais, sendo o eucalipto o gênero mais utilizado para geração de energia. No entanto, hoje já é observada uma falta de madeira oriunda de plantios florestais para atender a demanda atual. Por isso é necessário uma estruturação para o desenvolvimento de plantios florestais. A estratégia de execução envolve, além de organizações governamentais estaduais, através das Secretarias e suas vinculadas, organizações não governamentais, os setores produtivos, órgãos do governo federal, cooperativas, universidades e unidades da Embrapa. “Tais instituições”, salienta Bellote, “apresentam papel chave no desenvolvimento do setor florestal regional, atuando de forma integrada para desenvolver ações que solucionem os problemas relacionados à inclusão de produtores e dos produtos florestais como componente significativo ao desenvolvimento local”. Fonte: Embrapa Florestas

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