A publicação inédita, lançada recentemente, apresenta os principais resultados práticos do projeto pioneiro realizado, nos últimos quatro anos, numa parceria entre a Embrapa Agrobiologia, a Petrobras Un-rnce (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido para revegetação de áreas de extração de piçarra no estado do Rio Grande do Norte.
Dividido em quatro capítulos, o manual pretende ser um balizador para a recuperação de áreas degradadas na Caatinga. O primeiro capítulo faz uma abordagem sobre os principais aspectos geofisiográficos deste bioma e sua degradação.
No quarto e último capitulo, são relatados os principais resultados de um estudo piloto que avaliou, em seis jazidas de piçarra com características distintas, a adaptação e o desenvolvimento de diferentes espécies arbóreas e a adequação da aplicação de solo superficial como possível acelerador do processo de recuperação ambiental.
A equipe responsável pelo projeto acredita que serão necessários estudos adicionais para aperfeiçoamento da tecnologia, como, por exemplo, a seleção de novas espécies vegetais. Mas por outro lado, há um consenso de que com o nível de conhecimento atual, já é possível recuperar essas áreas de extração de piçarra na Caatinga com espécies predominantemente nativas da flora desse bioma.
Aplicação em outras situações na Caatinga
O projeto envolvendo a Embrapa Agrobiologia, Petrobras Un-rnce (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido recuperou aproximadamente dois hectares. A partir de 2011, a Petrobras, iniciará o plantio em maior escala de suas áreas.
Segundo o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Alexander Silva de Resende, inicialmente estão sendo recomendadas 11 espécies florestais nativas da Caatinga, das quais, 7 são leguminosas fixadoras de nitrogênio e que apresentaram resultados muito satisfatórios para as condições avaliadas. Alexander afirma ainda que essa tecnologia precisa ser testada em outras condições, mas apresenta grande potencial para ser replicada em outras situações de degradação na Caatinga.
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